19.02.2011 -
Sabemos que os membros da Igreja de Cristo devem manifestar unidade de credo. As verdades em que cremos foram dadas a conhecer pelo próprio Cristo; são verdades que procedem diretamente de Deus. Não há verdades mais “verdadeiras” que a mente humana possa conhecer e aceitar do que as reveladas por Deus. Deus é a verdade; sabe tudo e não pode errar; é infinitamente verdadeiro e não pode mentir. É mais fácil crer, por exemplo, que não existe sol em pleno dia do que pensar que Jesus tenha podido enganar-se ao dizer-nos que existem três Pessoas num só Deus.
Por este motivo, consideramos o princípio do “juízo privado” como absolutamente ilógico. Há pessoas que estendem o princípio do juízo privado às questões religiosas. Admitem que Deus nos deu a conhecer certas verdades, mas dizem que cada homem tem de interpretar essas verdades de acordo com o seu critério. Que cada um leia a sua Bíblia, e aquilo que chegue a pensar que a Bíblia significa, esse é o significado para ele. Não está em nossas mãos escolher a acomodar a revelação de Deus às nossas preferências ou às nossas conveniências.
Essa teoria do “juízo privado” levou, naturalmente, a dar um passo a mais: a negar toda a verdade absoluta. Hoje, muita gente pretende que a verdade e a bondade são termos relativos. Uma coisa será verdadeira enquanto a maioria dos homens pensar que é útil, enquanto parecer que essa coisa “funciona”. Se crer em Deus ajuda você, então creia em Deus; mas, se você pensa que essa crença dificulta a marcha do progresso, deve estar disposto a afastá-la. E o mesmo se passa com a bondade. Uma coisa ou uma ação é boa se contribui para o bem-estar e a felicidade do homem. Mas se a castidade, por exemplo, parece que refreia o avanço de um mundo que está sempre evoluindo, então a castidade deixa de ser boa.
Em resumo, bom ou verdadeiro é apenas o que, aqui e agora, é útil para a comunidade, para o homem como elemento construtivo da sociedade, e é bom ou verdadeiro somente enquanto continua a ser útil. Esta filosofia tem o nome de pragmatismo. É muito difícil dialogar com um pragmático sobre a verdade, porque minou o terreno que você pisa começando por negar a existência de qualquer verdade real e absoluta. Tudo o que um homem de fé pode fazer por ele é rezar e demonstrar-lhe com uma vida cristã autêntica que o cristianismo “funciona”.
- Padre Leo J. Trese, A Fé Explicada,
edição em PDF, pp. 123-124
Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/