O relativismo moral de mãos dadas com a ditadura


17.02.2011 - Pouca gente entende a ligação que existe entre um relativismo moral e um governo tirânico. Mas uma coisa vai junto com a outra. (…) Quando eu tenho o relativismo moral, não existe algo que é errado em si mesmo. As coisas são erradas pra mim ou erradas pra você. “Pra mim o homossexualismo não é pecado; é só uma opção”. “Pra mim é pecado”. “Tudo bem, você fica na sua opinião e eu fico na minha opinião…” Só que acontece o seguinte: quando não existe um parâmetro moral objetivo, quando cada um faz a sua lei moral, chega um governo e diz: “Já que tudo é relativo e cada um tem a sua lei moral, nós precisamos pôr ordem na casa. Então, a lei moral vai ser a nossa. Nós ditamos. Nós fazemos”. E eles impõem uma ditadura.

Porque o normal de um governo seria o seguinte: o governo entender que ele não é Deus, Criador do Céu e da Terra, que ele não faz o bem e o mal, mas que ele deve obedecer uma Lei que vem de Deus. Por exemplo, não matarás. Ora, os seres humanos têm direito à vida. Isto é uma realidade. Isso é um direito humano objetivo. O Congresso Nacional não pode, amanhã, decretar e dizer que as pessoas não têm mais direito à vida, porque este direito as pessoas têm objetivamente. (…) Ora, se existe uma norma objetiva, se existem leis que vêm de Deus, qualquer governo deverá obedecer e, portanto, existe uma autoridade que está acima do governo. Mas, se não existem leis que vem de Deus, o governo fará as leis, o governo se torna deus. Então, vejam como a moral relativista gera um governo ditatorial. A coisa é consequência evidente uma da outra. E é assim que funciona.

Ora, se nós continuarmos distribuindo “kit gay”, cartilha das coisas importantes, que ensina as crianças a se masturbarem, a fazer sexo, a colocar camisinha no pênis etc., se nós continuarmos distribuindo por aí camisinhas nas máquinas que estão nos pátios das nossas escolas (…), as novas gerações não terão moralidade. Eles não vão ter limites morais. A moralidade vai ser uma coisa relativa. “Eu gosto de mulher, você gosta de homem, o outro gosta de bezerro, de hipopótamo, de tartaruga… Cada um faz sexo com o que quiser”. Então, tudo é relativo.

Quando tudo é relativo, quando não existe uma Lei que vem de Deus à qual eu devo obedecer, então o governo também não obedecerá. O governo fará as leis que ele quiser.

- Padre Paulo Ricardo
Trecho do podcast Parresía, 31 de janeiro de 2011

Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/

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