23.01.2011 - “Penso que o futuro em longo prazo da raça humana está no espaço. Será difícil evitar uma catástrofe no planeta Terra nos próximos cem anos, sem falar dos próximos mil anos, declarou o doutor em cosmologia, o renomado físico teórico inglês Stephen HawKing”(1).
Há apenas vinte anos, não existia comprovação da existência de planetas fora do sistema solar. Com o avanço da tecnologia de observação do espaço, os astrônomos já conseguiram descobrir quase 500 deles no universo. São os chamados exoplanetas.
“Seu tamanho, força de gravidade e variação de temperatura na superfície fazem dele um astro muito parecido com o planeta que habitamos”, disse o astrônomo Steven Vogt, da Universidade da Califórnia, um dos autores da descoberta (2).
Que tipo de ser humano teremos no futuro com a alta tecnologia, dos supercomputadores, da robótica, da engenharia genética e da morada no espaço?
A Via Láctea será o paraíso do Jardim do Éden espacial.
Enquanto a Terra for habitável, seus moradores serão considerados “lixo humano”, o resto de experimentos fracassados, depósito para reposição de peças-membros para elite dominante.
As superclínicas de engenharia genética, com o avanço da ciência e o progresso tecnológico jamais visto na face da Terra, irão consumir e desconsumir o gênero humano.
Tudo será realizado para o bem de poucos, os detentores do poder, e a maioria só vai existir para seu beneficio e prazer bizarro.
A radicalidade narcisista, hedonista e do mal vão existir de forma cultual e cultural na dinâmica eletrônica. Tudo vai além da perversidade já conhecida, tudo será ultrapassada a megalomania humana e da robótica.
O direito e a justiça andarão de mãos unidas para legitimar novas formas megalomaníacas de terror. O egocêntrico, o excêntrico, o esquisito, o enigmático, o misterioso e o bizarro não serão nada diante do “normal” monstruoso, descomunal do que é terrível.
Para o domínio dos poderosos nada de sobrenatural, tudo é claro e respondido pela ciência da computação. O homem é a máquina da sua própria resposta. Satisfação e glória para si e seu grupo de poder. Os demais padecem porque são desprovidos de todo maquinário e de futuro. Aqui se cumprir o que muita gente diz: “O inferno é aqui mesmo”. Na verdade, essa é a realidade do prefácio do que será o inferno eterno.
A classe dominante, capitaneada pelas doze famílias tradicionais de controle mundial, vai viver muito, devido o poder econômico e a vantagem tecnológica. Em parte, o corpo humano terá o aparato eletrônico e o monitoramento computadorizado. A seleção da genética será fundamental para tais famílias. Essa é a característica da perpetuação de liderança.
O controle de padrão de qualidade gente-eletrônica-computador terá do Estado todo favorecimento. E o Estado terá reserva de sobra para o sustento desse tipo de gente e a sua proteção em prol da classe dominante.
Haverá fé, amor e religião transcendental no único Deus verdadeiro?
Para os “ditos” intelectuais da ciência e da tecnologia, da oligarquia administrativa familiar, dos chefes de Estados iníquos, dos legisladores e executores das leis em favor da elite, assunto como: alma, espírito, Deus, diabo, céu, inferno e eternidade são contos de fadas que só servem para a mente terrena do lixo humano.
A classe dominante sempre fingiu ser religiosa para dominar a massa, na era espacial não será mais precioso usar a crença como ferramenta de alienação e escravidão, porque a máquina tecnológica e a engenharia genética vão fabricar pessoas para seus interesses particulares e sociais. A indústria do gênero humano será controlada pelo espaço habitável do Estado.
O sistema do Estado Via Láctea desconhece sentimentos, fraternidade, liberdade e caridade. Tudo são elétrico, andróide e imagem sideral.
A classe dominante se compreende como sendo seres superiores com vida longa e tem ciência de um fim definitivo de sua existência. Tudo será feito pelo gozo da vivência no tempo espacial.
A cultura desse sistema elimina consciência de culpa, de eternidade e de saudade. A vida curta do lixo humana é porque não vive em cadeias públicas e em presídios de segurança máxima, e sim em depósito clínico para reprodução e manutenção do sistema. Saindo com defeito de fábrica será eliminado. Não há espaço para Hospital Eletrônico de lixo humano, é desintegração máxima da raça inferior.
O Estado Espacial existe para o domínio e o serviço da classe superior. Tendo um líder com uma inteligência jamais visto na História da humanidade. Seu poder de conquista e de destruição será monstruoso. Será o primeiro e último conquistador da catástrofe do gênero humana.
O grande intelectual inglês Gilbert K. Chesterton (1874-1936) afirmou: “Quando as pessoas param de crer em Deus, elas não passam a acreditar em nada, mas em qualquer coisa”.
“Manifesta-se, com efeito, a ira de Deus, do alto céu, contra toda injustiça e impiedade dos homens que matem a verdade prisioneira da injustiça. Jactando-se de possuir a sabedoria, tornaram-se tolos e trocaram a glória de Deus incorruptível por imagens de homem corruptível, de aves, quadrúpedes e répteis” (Rm 1, 18-22). “Quando se revelar o Senhor Jesus, vindo do céu, com os anjos do seu poder, no meio de uma chama ardente, para vingar-se daqueles que não conhecem a Deus, e que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. O castigo deles será a ruína eterna, longe da face do Senhor e do esplendor de sua majestade, quando ele vier, naquele Dia, para ser glorificado na pessoa dos seus santos, e para ser admirado na sua pessoa de todos aqueles que creram e vos acreditastes em nosso testemunho!” (2Ts 1, 6-10).
Para quem tem fé e amor no Criador, à verdadeira habitação será em um NOVO CÉU e uma NOVA TERRA e tudo e todos serão novos e eternos (Ap 21, 1-5).
Pe. Inácio José do Vale
Escritor e Conferencista
Professor de História Geral e da Igreja
Especialista em Ciência Social da Religião
E-mail: [email protected]
NOTAS
(1) Yahoo notícias, 09/08/2010.
(2) Veja, 06/10/2010, p. 99.
O Globo, 29/10/2010, p. 35.
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