Brasil: Não dá para obrigar mulher a ter filho, diz nova ministra de Dilma


27.12.2010 - “Não vejo como obrigar alguém a ter um filho que ela não se sente em condições de ter. Ninguém defende o aborto, é respeitar uma decisão que, individualmente, a mulher venha a tomar.” Essa é a posição pessoal declarada pela atual deputada federal pelo PT do Espírito Santo e futura ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, 54. (marquem este nome)

A informação é de entrevista de Johanna Nublat publicada na edição desta segunda-feira da Folha

Iriny tem histórico de militante dos direitos humanos e sua declaração toca num dos pontos mais explorados durante a disputa eleitoral. Para ela, o papel do governo federal na questão é cumprir a lei, e cabe ao Congresso definir políticas públicas.

O tema consta em programa do PT do início do ano. A futura presidente Dilma Rousseff, porém, se disse contrária a mudanças na legislação que prevê o aborto apenas em caso de estupro ou risco à saúde materna.

Leia trechos da entrevista:

A sra. fala sobre o aborto?

Sim. Temos a responsabilidade no zelo da saúde pública, dentro da lei, de não permitir nenhum risco às mães.

A sra. tem uma posição pessoal sobre o assunto?

Minha posição é que temos que ter muitas políticas de prevenção e de esclarecimento. Agora, eu não vejo como obrigar alguém a ter um filho que ela não se sente em condições de ter. “Ah, é defesa do aborto…”

Ninguém defende o aborto, trata-se de respeitar uma decisão que, individualmente, a mulher venha a tomar.

***

Meu Deus do céu, respeitar uma decisão pessoal que DESRESPEITA o direito anterior ao direito à liberdade pessoal, que é o direito a vida, é inaceitável!

Não me iludo, a batalha em defesa da vida está apenas começando e vamos vê como a nova presidente vai lidar com esse tema.

A opinião da nova ministra ultrapassa inclusive a questionável questão da saúde pública e adentra no “direito” da mulher de fazer o que quiser, inclusive matar já “que ninguém é obrigado a ter filho”.

A vida é um direito básico e é INEGOCIÁVEL.

Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/

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