Hospital nos EUA perde estatuto católico por prática abortista


25.12.2010 - O hospital de St. Joseph, em Phoenix, EUA, viu ontem ser-lhe retirado o apoio da diocese local depois de uma disputa que dura há meses e teve na sua origem a prática de um aborto.
O bispo Olmsted lamentou ter que tomar a decisão: “Devíamos estar a trabalhar em conjunto, e não uns contra os outros”, disse, mas prosseguiu afirmando que era seu dever retirar o apoio ao hospital uma vez que este não se compromete a seguir os ensinamentos da Igreja Católica.

Com esta decisão o hospital deixa de se poder referir a si próprio como católico. O bispo adiantou ainda que não serão celebradas mais missas no local e que a Santíssimo Sacramento será retirado da sua capela.

No centro da questão está um aborto que foi praticado em 2009. O hospital decidiu prosseguir uma vez que foi considerado que a vida da mãe estava em risco. Contudo, essa explicação não satisfez a diocese que avisou que uma das freiras envolvidas na decisão se encontrava automaticamente excomungada.

A Igreja não permite o aborto direto em qualquer caso, nem para salvar a vida da mãe. Contudo, há situações nas quais o aborto é uma consequência indireta de um outro procedimento médico que pode ser indispensável para salvar a vida de uma doente. É o caso da remoção das trompas no caso de uma gravidez ectópica, ou do útero no caso de cancer.

Nestes casos deve ser claro que a intenção não é fazer um aborto para salvar outra vida, dando assim a ideia de que se está a valorizar mais uma vida que outra mas que o aborto é uma consequência indesejável mas inevitável de um procedimento médico necessário.

Contudo, este não terá sido o caso do aborto praticado em 2009, pelo que o bispo Olmsted, de Phoenix pediu explicações ao hospital, acabando por decidir cortar qualquer ligação entre ela e a Igreja depois de ter percebido que não havia da parte dos responsáveis do hospital qualquer arrependimento ou desejo de seguir os ensinamentos católicos em futuras ocasiões.

O bispo Olmsted referiu, contudo, que os fiéis católicos são livres de procurar assistência no hospital, mas que não podia garantir que os cuidados prestados fossem “totalmente compatíveis com os ensinamentos católicos.”

Fonte: Rádio Renascença   e   http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/


Rainha Maria - Todos os direitos reservados
É autorizada a divulgação de matérias desde que seja informada a fonte.
https://www.rainhamaria.com.br

PluGzOne