25.11.2010 - “Podemos entender porque Catarina, embora consciente das carências humanas dos padres, sempre teve uma grandíssima reverência por eles: dispensam, através dos Sacramentos e da Palavra, o poder salvador do Sangue de Cristo.”
- Papa Bento XVI, Catequese sobre Santa Catarina de Sena
24 de novembro de 2010
Nós, cristãos, assim como Santa Catarina, temos consciência das carências humanas dos sacerdotes. Mas elas não devem jamais constituir-se barreiras que impeçam o devido respeito para com eles. E por quê? Porque são eles que “dispensam, através dos Sacramentos e da Palavra, o poder salvador do Sangue de Cristo”. E não é um poder simbólico, não é um poder no sentido “figurativo”. Ora, Cristo, ceando com seus discípulos, ordena-lhes que celebrem a Eucaristia em sua memória. E a Eucaristia é a celebração do próprio Sacrifício de Cristo, do Cordeiro que é imolado por cada um de nós. Com efeito, a mensagem da Cruz não acaba com a crucificação de Nosso Senhor. Nos altares de nossas igrejas o próprio Jesus é novamente vítima da expiação pelos nossos pecados. E é o sacerdote – “alter Christus” – que celebra este grandiosíssimo mistério. É também o ministro ordenado que recebe do próprio Filho de Deus o poder de perdoar pecados. “Recebei o Espírito Santo”, diz Nosso Senhor. “Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados” (Jo 20, 23). Com efeito, não é uma missão confiada “a qualquer um”. Jesus, quando institui os sacramentos da Eucaristia e da Penitência, está reunido com os seus discípulos mais próximos, com os apóstolos.
Por isso, diz Santo Ambrósio, “a dignidade sacerdotal é neste mundo a mais alta de todas as dignidades”. São Francisco de Assis afirma: “Se eu visse um padre, primeiro ajoelharia diante do padre, e depois diante do anjo”. Quanta reverência para com os sacerdotes os santos nos ensinam a cultivar! E quantas vezes temos ousado dizer que o ofício sacerdotal é um como qualquer outro, ou que o padre é um ser humano comum, como qualquer um de nós e que, por este motivo, não seríamos obrigados a respeitar-lhe e reverenciar-lhe. “Ó venerável dignidade a dos sacerdotes, entre cujas mãos o Filho de Deus encarna como encarnou no seio da Virgem!”, exclama o piedoso Santo Agostinho. Quanta tolice deixar de considerar a grandeza deste ofício, pelo qual nós, os pecadores, recobramos a graça de Deus e nos alimentamos do Pão da imortalidade!
Demos graças todos os dias a Deus pelo sacerdócio, dom de cuja riqueza toda a Igreja se nutre. E que a Santíssima Virgem Maria seja modelo de humildade, obediência e fidelidade para os sacerdotes do nosso século.
Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!
Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/
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