Nossa época está se acostumando aos ataques à vida


07.11.2010 - “Poucos temas se manifestam, hoje em dia, tão urgentes. Apesar da sensibilidade da civilização moderna em questões de direitos humanos – dos quais o direito à vida é um dos mais sagrados -, nossa época está, paradoxalmente, se acostumando em demasia aos ataques à vida e à sua dignidade.”

“O homem moderno tem chegado a níveis de progresso que há um século sequer eram imagináveis, mas, ao mesmo tempo, lhe acomete a dúvida acerca do valor do progresso material. Na verdade, estes avanços – perguntamos – ajudam a viver profunda e autenticamente a vida própria do ser humano, ajudam a ser mais humano; ou, pelo contrário, sufocam as possibilidades genuinamente humanas da vida? E como se pode entender que o referido progresso seja privilégio dos que, em uma análise geral, constituem porção limitada da humanidade, enquanto vastos setores da mesma vivem em condições de existência subumanas?”

- Papa Paulo VI, Ao Congresso Mundial da FIAMC
25 de janeiro de 1978

Muitos tentaram reduzir o aborto ao plano secundário nessas eleições. Para essas pessoas, haveria outras prioridades, coisas mais importantes a ser discutidas. Um artigo de um pároco paulista refletia justamente essa opinião: “Estamos discutindo propostas e projetos para uma boa administração do Brasil. Aborto (…) não é prioridade do momento.” As palavras de Paulo VI emitem posição diferente: “Poucos temas se manifestam, hoje em dia, tão urgentes”. Poucos temas são tão importantes quanto a preservação do direito à vida. Ao pensar no que a prática do aborto realmente representa, se torna praticamente impossível continuar indiferente diante de crime tão hediondo, cruel e desumano.

Poderíamos inclusive tomar como exemplo a humilde declaração de uma missionária albanesa mundialmente conhecida por seus trabalhos de caridade no século XX. Madre Teresa de Calcutá afirmava que o maior inimigo da paz era o aborto. Essa beata católica trabalhou durante anos na Índia em favor dos doentes, dos miseráveis e dos mais necessitados. E, por mais que convivesse dia a dia com a pobreza daquele povo sofrido, não ousou dizer que seria ela o maior inimigo da paz. Teresa foi para a Índia durante um período conturbado da história do país. Apesar dos intentos de Gandhi para a satisfação dos anseios do povo indiano através de métodos pacíficos, ele não conseguiu impedir que a violência que adveio da guerra religiosa cessasse no país. Madre Teresa conviveu com tudo isso. E mesmo assim insistiu em afirmar que o maior inimigo da paz era o aborto. “[O aborto] é uma guerra contra a criança – um assassínio direto à criança inocente – assassínio pela própria mãe. Se nós aceitarmos que uma mãe pode matar o seu próprio filho, como é que se pode dizer que os outros não devem matar?

Nossa época está se acostumando aos ataques à vida. Com exceção de Malta, todos os países europeus já aceitaram descriminalizar esse terrível inimigo da paz. A mesma Europa que cresceu nos alicerces do pensamento cristão hoje se entregou às satânicas políticas de controle de natalidade defendidas e promovidas mundialmente por poderosas organizações internacionais.

Ora, de que serve tanto “progresso”, tantos “avanços”, se, ao mesmo tempo, estamos deixando de lado o dom precioso da vida humana? É essa a pergunta que Paulo VI faz. É essa a pergunta que a Igreja não vai deixar de fazer ao homem moderno. Em consonância com um pensamento de dois mil anos, a Igreja, fiel ao Evangelho do qual é guardiã, continuará denunciando o totalitarismo do aborto e repudiando esta terrível desumanidade. E ela não teme a impopularidade. É preciso repetir com São Paulo: Se quiséssemos ainda agradar aos homens, não seríamos servos de Cristo (cf. Gl 1, 10).

Sigamos defendendo a sacralidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural. E que Nossa Senhora da Conceição Aparecida livre o Brasil do flagelo do comunismo e da maldição do aborto.

Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!

Por Everth Queiroz Oliveira

Fonte: http://beinbetter.wordpress.com

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Nota de  www.rainhamaria.com.br

Família: beneficiária, refém ou vítima de políticas públicas?

01.03.2009 - A visão que se tem no Brasil hoje acerca do papel do Estado é que sua existência é útil para a sobrevivência da família e que também a família tem necessidade fundamental do Estado. É por isso que existe uma variedade inumerável de leis sobre a família.

Algumas dessas leis realmente beneficiam a família brasileira, mas outras mais ameaçam do que ajudam. E o número de leis que representam perigo está aumentando. Algumas dessas ameaças legais são:

Demolição da definição dos papéis sexuais normais. Estão surgindo tentativas legais de mutilar, adulterar e perverter as diferenças fundamentais onde homem e mulher são iguais em valor, mas exercem funções importantes e distintas, principalmente em seus papéis de complementação dentro do casamento.

Permissões legais para que dois homossexuais obtenham o reconhecimento de sua vida homossexual em comum como “casamento”. Reconhecer a união sexual pervertida de dois homens como casamento é desfigurar a família natural e corromper o papel do Estado como protetor da família.

Permissões legais para que dois homossexuais adotem crianças. Casais estéreis ou não em busca de adoção são a única solução para resolver o problema de crianças sem pais. Entregá-las a dois homens que vivem no homossexualismo é violentar o futuro delas e usurpar da família natural seu direito exclusivo de ter e criar filhos.

Permissões legais para abortar bebês em gestação. Toda iniciativa de aborto é uma ataque contra a família, pois família é lugar de acolhimento, não destruição. Família é lugar onde a vida nasce, não onde se destrói a vida. Políticas de aborto atendem a interesses estatais desumanos, porém interesses legítimos da família tornariam irrelevantes todos os argumentos a favor da destruição de bebês em gestação.

Educação sexual pornográfica. O direito de determinar a educação moral das crianças é exclusivamente dos pais, não do Estado. O papel do Estado é apenas respeitar a decisão dos pais e protegê-los nessa decisão. Ninguém — nem mesmo o Estado —protege melhor as crianças do que a família.

Disciplina física. Há um esforço estatal de se igualar a disciplina física com violência contra as crianças. Esse esforço é deliberado e visa erradicar da sociedade a tradição da surra — nos momentos necessários — como instrumento de correção. Um pai ou mãe que faz uso da vara corretiva para lidar com o mau comportamento de um filho se arrisca a ser denunciado a um Conselho Tutelar, onde ele ou ela será tratado como criminoso. Muitas vezes, os Conselhos Tutelares funcionam como a Vara Estatal contra os pais e sua autoridade. Enquanto isso, estupradores e assassinos menores de idade cometem crimes impunemente, debaixo de proteção estatal.

Educação escolar. Os pais têm o direito exclusivo de escolher o melhor meio de educar seus filhos. Os pais podem, se assim quiserem, optar por uma escola particular ou pública para seus filhos. Ou então podem, de acordo com suas capacidades e valores particulares, adotar a educação escolar em casa. No entanto, por intervencionismo socialista, famílias evangélicas do Brasil que decidiram dar a seus filhos aulas em casa são perseguidas como criminosas, sendo ameaçadas pelo Estado com perda da guarda dos filhos e até prisão. É a Vara Estatal em ação.

Divórcio. Leis e políticas socialistas no Brasil estão fomentando uma facilitação cada vez maior do divórcio, transformando o casamento em mero produto descartável e abalando completamente o papel da família como alicerce da sociedade — e quem está usurpando cada vez mais esse papel é o Big Brother estatal. Já ouviu falar do ditado “dividir para reinar”? O pensamento do Estado é sem dúvida: “Divorciem à vontade para eu reinar à vontade”.

Como foi que a família brasileira chegou a esse ponto de ameaça, onde em vez de cumprir seu papel como protetor das famílias, o Estado institui e fortalece leis e políticas que colocam em perigo a estrutura familiar? Como foi que a família brasileira chegou ao ponto em que sua liberdade de tomar decisões é limitada pelo poderio legal estatal? Como foi que se perdeu o reconhecimento da família natural e sua primazia na manutenção da sociedade?

As aparências da moda, com toda a sua superficialidade e inutilidade social, vêm ganhando espaço e reconhecimento por causa da força das leis. Por exemplo, quando um indivíduo reivindica um direito artificial de casar com outro indivíduo do mesmo sexo, ele quer que sua união sexual seja igualada, respeitada e legalmente beneficiada como se tivesse tanto valor quanto um homem e uma mulher que vivem em compromisso e fidelidade conjugal tendo, criando e educando filhos. Tal reconhecimento por parte das autoridades implica em dividir os escassos recursos sociais, que deveriam ser exclusivamente destinados às necessidades legítimas das famílias, para investimentos e gastos em dispendiosos, bizarros e pervertidos experimentos sexuais.

Um interesse legítimo pelo bem-estar das famílias se refletiria em concretas atitudes estatais apoiando a unidade familiar. Por exemplo, quando esposas decidem permanecer trabalhando em seus lares para cuidar do desenvolvimento de suas crianças pequenas, o Estado tem a obrigação de reduzir a sobrecarga de impostos sobre o marido, a fim de que ele tenha condições de sustentar sua esposa no importante trabalho de educação dos filhos. Assim é a família natural. Se o Estado não conseguir protegê-las e aliviá-las de cargas — até mesmo de cargas que ele próprio cria com impostos exagerados —, como as famílias e conseqüentemente a sociedade se desenvolverão de forma saudável?

O Brasil tem uma das maiores cargas de impostos do mundo, tornando os brasileiros escravos que trabalham para sustentar um Estado exigente, negligente e rabugento. Maridos sobrecarregados de impostos não conseguem manter adequadamente suas famílias. Daí, suas esposas precisam trabalhar fora para ajudar os maridos. Daí, eles precisam enviar os filhos pequenos para as creches…

O mais trágico é que essas creches são sustentadas pelo Estado com o dinheiro do próprio cidadão-trabalhador-escravo. Um Estado justo daria para as famílias a escolha de mandar os filhos para a creche ou usar esses mesmos recursos de impostos para ajudar as esposas a criar os filhos em casa. Afinal, quem paga as creches são exatamente as famílias trabalhadoras.

Contudo, o Estado não dá liberdade nem escolha. Tal falta de opção envia a mensagem clara de que o melhor lugar para criar criança não é no lar, junto com mamãe e papai, mas em frias instituições estatais. Sem dúvida, há interesses tenebrosos por trás da cortina.

A pergunta fundamental é: quem faz as leis que estão inchando o Estado brasileiro de prerrogativas e esvaziando e limitando os direitos legítimos das famílias? Os políticos. Quem os elege? As próprias famílias.

Um político não fala por si. Ele chega ao poder representando os eleitores que o escolheram — inclusive milhares ou até milhões de famílias. Se os eleitores não o escolherem, ele não se elege. Todas as leis que ameaçam e violentam a liberdade e os direitos das famílias foram criadas por políticos eleitos por uma vasta população a favor dos direitos da família.

No Rio de Janeiro uma conhecida militante feminista do Partido Comunista do Brasil fez campanha para se tornar senadora em 2006. Ela sempre venceu em suas campanhas políticas passadas, porque é fácil iludir os eleitores em época de eleição. Quando vencia e chegava ao Congresso como deputada federal, ela trabalhava em favor do aborto e outras políticas anti-família, mas em épocas de eleição sua campanha evitava falar de aborto, por motivos óbvios. São políticos como ela que forçam sobre o Brasil leis que adoecem a nação e prejudicam as famílias.

No entanto, a sua ambição de se tornar senadora desabou, porque grupos católicos pró-família distribuíram folhetos apenas mostrando ao público a militância pró-aborto da candidata comunista. Resultado: os eleitores, que não aceitam o aborto e outras maldades, a rejeitaram, e ela perdeu a eleição.

Se ela não fosse desmascarada, o Congresso Nacional teria hoje mais uma senadora para jogar leis ímpias sobre o país. Mas muitos outros deputados e senadores nunca foram desmascarados por suas convicções pró-aborto, pró-homossexualismo e anti-família. Se fossem, sua derrota seria inevitável e necessária, para o bem-estar das famílias do Brasil.

Isso significa que em cada eleição precisamos aguardar que os maus políticos sejam desmascarados a fim de que más leis não sejam estabelecidas? Não. A maioria dos moralmente corruptos jamais é exposta.
O que então as famílias podem fazer?

Conhecer bem o histórico dos candidatos que ambicionam seu voto e conhecer o que durante longo tempo eles andaram fazendo e pregando. Se eles passaram anos defendendo o aborto, é improvável que tenham uma conversão pró-vida na hora da eleição.

Um candidato verdadeiramente pró-família tem posições claras na questão de:

Células-tronco embrionárias. Todo embrião faz parte da família humana. Ele é vida e merece respeito.

Aborto. Destruir um bebê na barriga da mãe é simplesmente assassinato. A defesa da vida deve ser compromisso inegociável de um político.

Homossexualismo. Esse comportamento é uma séria ameaça social e só é possível apoiá-lo à custa do bem-estar das famílias e da sociedade. Um candidato pró-homossexualismo é indigno de ocupar qualquer cargo.

Educação escolar: A formação educacional das crianças não deve ser monopólio estatal. Tanto o nazismo quanto o comunismo, com seu controle total sobre a educação escolar das crianças, fornecem exemplos suficientes das conseqüencias da invasão e controle do Estado sobre a área da educação. O Estado tem a obrigação de respeitar as decisões dos pais com relação à educação escolar de seus filhos.

Educação sexual. Todo tipo de educação envolvendo moralidade ou interferindo nos valores morais da família (sob a capa de conceitos científicos) deve ser totalmente submetido à aprovação dos pais.

Disciplina física. É direito dos pais cristãos (e não cristãos), não do Estado, estabelecer limites no mau comportamento dos filhos e reforçar esses limites com o uso da vara corretiva.

Se você tem dúvidas acerca dos posicionamentos éticos de um candidato, incentive sua família a anular o voto. É melhor não arriscar do que escolher um homem anti-família para representar você na política.

Muitas leis e políticas públicas hoje fazem das famílias reféns e vítimas dos caprichos ideológicos impostos por um Estado controlado por políticos inescrupulosos eleitos pelos brasileiros. Leis que beneficiam as famílias só podem ser elaboradas por homens bons. Por isso, é fundamental ter certeza de que o candidato escolhido pelo eleitor tenha as qualidades de um defensor da vida e da família. Na dúvida, é melhor anular o voto.

Não havendo nenhuma alternativa política — como normalmente é o caso no Brasil —, você mesmo pode entrar na luta e se candidatar. Se o propósito é defender a família, vale a pena entrar na política.

Blog Julio Severo: www.juliosevero.com

Fonte: Revista Casal Feliz
 


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