21.10.2010 - A Paraíba e o Espírito Santo também confirmaram casos de contaminação pela superbactéria KPC, segundo levantamento realizado pela Agência Brasil com as secretarias de Saúde de oito Estados e do Distrito Federal (DF). Na quarta-feira, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que há casos também no Paraná e em São Paulo. As primeiras contaminações foram confirmadas no Distrito Federal, onde há 183 casos.
A Secretaria de Saúde da Paraíba confirmou 18 casos de contaminação pela superbactéria. No Espírito Santo, foi notificado um caso. No Paraná, foram registrados 21 casos em Londrina e três na capital, Curitiba, sendo que uma morte está sob investigação, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
O Distrito Federal tem o maior número de contaminações e mortes. São 183 casos registrados em 17 hospitais - um aumento de quase 70% em menos de duas semanas - e 18 mortes. Dos pacientes infectados pela bactéria no DF, 46 tiveram quadro de infecção e 61 continuam internados em hospitais públicos e privados.
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo informou na quarta-feira que não há surto da KPC. Segundo o órgão, os casos isolados em hospitais não são registrados, porque a notificação não é obrigatória. Mas dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contabilizam 70 casos no Estado.
A questão da obrigatoriedade de notificar casos envolvendo bactérias resistentes a antibióticos, como a KPC, será discutida na sexta-feira em reunião entre técnicos da Anvisa e especialistas em infectologia e microbiologia. Segundo a Anvisa, a legislação atual não expressa, de forma clara, a necessidade do registro obrigatório pelos Estados para esse tipo de caso, o que permite interpretações diferenciadas da norma.
O aumento de casos relacionados à KPC colocou o governo federal em alerta. A mortalidade por causa da bactéria é de 30% a 40% maior em comparação à mortalidade provocada por infecção hospitalar, segundo informações do diretor da Anvisa, Dirceu Barbano. O encontro com os especialistas visa identificar onde estão as falhas que provocaram a contaminação pela superbactéria e a adoção de medidas para conter e prevenir novos casos.
A Agência Brasil procurou também as secretarias de Saúde da Bahia, do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, que não informaram casos da infecção. Em Pernambuco, foi registrado um caso, em 2005, conforme as autoridades locais.
A KPC é um tipo de enzima que tem provocado resistência de algumas bactérias aos antibióticos mais usados. Ela atinge principalmente pessoas hospitalizadas com baixa imunidade, como pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A bactéria pode ser transmitida por meio do contato direto, como o toque, ou pelo uso de objetos. A lavagem das mãos é uma das formas de impedir a disseminação da bactéria nos hospitais.
Fonte: Terra noticias
Enviado pela colaboradora Cinthia C L Caliari
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Cientistas: Superbactéria é bomba relógio e exige resposta global
13.09.2010 - BOSTON, EUA -A nova superbactéria, originária da Índia e que demonstra ser resistente a quase todos os antibióticos conhecidos, representa uma ameaça mundial, advertiram cientistas esta segunda-feira.
"Temos a necessidade urgente de, em primeiro lugar, estabelecer um sistema de vigilância internacional nos próximos meses e, em segundo lugar, examinar todos os pacientes que derem entrada a qualquer sistema de saúde" em tantos países quanto for possível, disse Patrice Nordmann, do Hospital Bicetre, da França.
"Por enquanto não sabemos quão rapidamente o fenômeno está se espalhando (...). Pode levar meses ou anos, mas o certo é que se espalhará", disse à AFP, destacando que já foram tomadas medidas na França e que outras estão em discussão no Japão, em Cingapura e na China.
"É um pouco como uma bomba relógio", explicou.
Nordmann participa da 50ª Conferência Intercientífica sobre Agentes Antimicrobianos e Quimioterapia (Interscience conference on Antimicrobial Agents and Chemotherapy), que reúne 12.000 especialistas em doenças infecciosas em Boston (Massachusetts, nordeste dos Estados Unidos).
O cientista, que é chefe do departamento de bacteriologia e virologia do hospital francês, disse que a bactéria encontrará terreno fértil na população de 1,3 bilhão de pessoas da Índia.
A "superbactéria", chamada NDM-1 (metalo-beta-lactamase 1 de Nova Délhi) e suas variações parecem ter se originado na Índia. Ela foi detectada pela primeira vez em 2007, na Grã-Bretanha.
A NDM-1 resiste a quase todos os tipos de antibióticos, inclusive os carbapenemas, geralmente reservados às emergências e ao tratamento de infecções multirresistentes.
Fonte: UOL noticias
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Lembrando...
Bactéria resistente a antibiótico está se deslocando do Sul da Ásia para os EUA
14.08.2010 - Uma nova mutação perigosa, que torna algumas bactérias resistentes a quase todos os antibióticos, está se tornando cada vez mais comum na Índia e no Paquistão e está sendo encontrada em pacientes no Reino Unido e nos Estados Unidos que receberam atendimento médico naqueles países, segundo novos estudos.
Especialistas em resistência a antibióticos chamaram o gene em mutação, o NDM-1, de “preocupante” e “ominoso”, e disseram temer que ele se espalhe pelo mundo.
Mas eles também o colocaram em perspectiva: há várias cepas de germes resistentes a antibióticos, e apesar de matarem muitos pacientes em hospitais e asilos, nenhuma ainda se mostrou à altura da hipérbole de “superbactéria” e “bactéria comedora de carne” com que a descoberta de cada uma é recebida.
“Todas elas são ruins”, disse o dr. Martin J. Blaser, chefe de medicina do Centro Médico Langone da Universidade de Nova York. “O NDM-1 é mais preocupante do que o MRSA? É cedo demais para avaliar.” (O MRSA, sigla em inglês para Staphylococcus aureus resistente a meticilina, é uma bactéria de difícil tratamento que costumava causar problemas apenas em hospitais, mas agora é encontrada em academias, presídios e asilos, e ocasionalmente é contraída por pessoas saudáveis por meio de cortes e arranhões.)
Bactérias com o gene NDM-1 são resistentes até mesmo aos antibióticos chamados carbapenemas, usados como último recurso quando os antibióticos comuns fracassam. A mutação foi encontrada no E. coli e na Klebsiella pneumoniae, uma frequente culpada por infecções respiratórias e urinárias.
“Eu não gostaria de estar trabalhando em um hospital onde isso fosse introduzido”, disse o dr. William Schaffner, chefe de medicina preventiva da Universidade Vanderbilt. “Poderia levar meses para se livrar dela e o tratamento de pacientes individuais com ela poderia ser muito difícil.”
Um estudo rastreando a disseminação da mutação da Índia e Paquistão para o Reino Unido foi publicado online na terça-feira na revista “Lancet”.
Em junho, os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) apontaram os primeiros três casos de resistência NDM-1 nos Estados Unidos e orientaram os médicos a ficarem atentos para ela em pacientes que receberam atendimento médico no Sul da Ásia. As iniciais significam metalo-beta-lactamase1 de Nova Déli.
O “turismo médico” para a Índia para muitas cirurgias – cosméticas, odontológicas e até mesmo transplante de órgãos – está se tornando mais comum à medida que cirurgiões experientes e hospitais de primeira classe oferecem atendimento por uma fração dos preços ocidentais. Os pesquisadores da “Lancet” encontraram dezenas de amostras de bactérias com o gene resistente NDM-1 em duas cidades indianas que pesquisaram, o que eles dizem sugerir “um problema sério”.
Também preocupante foi o fato do gene ter sido encontrado em plasmídeos –pedaços de DNA móveis que podem saltar facilmente de uma cepa de bactéria para outra. E é encontrada em bactérias gram-negativas, para as quais não estão sendo desenvolvidos muitos novos antibióticos. (O MRSA, por sua vez, é uma bactéria gram-positiva, e há muitas drogas candidatas em desenvolvimento.)
O dr. Alexander J. Kallen, um especialista em resistência a antibióticos dos CDC, o chamou de “uma das várias bactérias sérias que estamos monitorando”.
Mas ele notou que, há uma década, os hospitais de Nova York eram o epicentro de infecções por outras bactérias resistentes aos antibióticos carbapenemas. Aquelas bactérias, que tinham uma mutação diferente, eram perturbadoras, mas não explodiram em uma emergência de saúde pública.
Bactérias resistentes a drogas como estas, com a mutação NDM-1, geralmente são uma maior ameaça em hospitais, onde muitos pacientes estão sendo tratados com um amplo espectro de antibióticos, que eliminam as bactérias normais que podem conter aquelas resistentes aos antibióticos.
Além disso, os pacientes de hospitais geralmente apresentam sistemas imunológicos mais fracos e mais ferimentos para infeccionar, e são examinados com mais sondas e cateteres que permitem a entrada das bactérias.
Fonte: UOL noticias
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"E vi aparecer um cavalo esverdeado. Seu cavaleiro tinha por nome Morte; e a região dos mortos o seguia. Foi-lhe dado poder sobre a quarta parte da terra, para matar pela espada, pela fome, pela peste e pelas feras". (Ap 6, 8)