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(Se os cristãos anularem seu voto, Dilma Rousseff pode vencer em segundo turno)
09.10.2010 - No final de agosto, os petistas já esperavam a vitória de Dilma Rousseff em primeiro turno. As pesquisas eleitorais noticiavam que ela crescia cada vez mais nas intenções de voto.
Foi então que vários heróis anônimos dobraram os joelhos e invocaram o nome do Senhor. Vigílias, jejuns, sacrifícios, recitação do terço da Misericórdia às três horas da tarde, recitação de um Rosário completo a cada dia... E Deus se compadeceu de nós.
Em 26 de agosto de 2010, os Bispos do Regional Sul 1 da CNBB aprovaram e recomendaram a ampla difusão do “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras”, elaborado pela Comissão de Defesa da Vida do mesmo Regional. O documento relata vários fatos que comprovam a relação entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e sua candidata com a causa pró-aborto e recomenda que os cidadãos “deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalização do aborto”[1].
A denúncia dos Bispos difundiu-se por diversas dioceses do país, incluindo a de Anápolis (GO), onde o Bispo Dom João Wilk fez divulgação. Vários Bispos publicaram na Internet vídeos em que liam ou comentavam o “Apelo” e advertiam os eleitores cristãos sobre o PT: Dom Benedito Beni dos Santos, Bispo de Lorena (SP) e vice-presidente do Regional Sul 1[2], Dom José Benedito Simão, Bispo de Assis (SP) e presidente da Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1[3], Dom Emílio Pignoli, Bispo Emérito de Campo Limpo, São Paulo, SP[4].
Especial sucesso fez o vídeo “Mãe do Brasil”[5], que expõe de forma sucinta e clara documentos que comprovam o envolvimento do Partido dos Trabalhadores, do presidente Lula e da candidata Dilma Rousseff com a promoção do aborto no Brasil.
Na segunda metade de setembro e início de outubro, as pesquisas começaram a indicar uma queda nas intenções de voto em Dilma Rousseff.
No dia 3 de outubro de 2010, primeiro turno das eleições, houve 111.193.747 votos para presidente, dos quais 3.479.340 brancos e 6.124.254 nulos. Excluindo brancos e nulos, houve 101.590.153 votos válidos. Destes, Dilma (PT) obteve 47.651.434 votos (46,91%) contra 33.132.283 votos (32,61%) de José Serra (PSDB) e 19.636.359 votos (19,33%) de Marina Silva (PV). Como nenhum candidato obteve maioria absoluta, os dois mais votados, Dilma e José Serra devem disputar o segundo turno em 31 de outubro.
Em quem votar no segundo turno?
Votar em Dilma é algo absolutamente descartado para um cristão. Mesmo que ela não se houvesse posicionado publicamente em favor da legalização do aborto[6], nem houvesse assinado, juntamente com o presidente Lula, o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, que defende a descriminalização do aborto[7], o simples fato de ela pertencer ao Partido dos Trabalhadores torna-a comprometida com a causa abortista. Com efeito, todo candidato do PT é comprometido com o aborto. E isso se demonstra com os seguintes fatos:
1. Todo candidato do PT é obrigado a assinar o Compromisso do Candidato Petista, que “indicará que o candidato está previamente de acordo com as normas e resoluções do Partido, em relação tanto à campanha como ao exercício do mandato” (Estatuto do PT, art. 128, §1º[8]).
2. Entre as resoluções que todo candidato se compromete a acatar está uma denominada “Por um Brasil de mulheres e homens livres e iguais” aprovada no 3º Congresso do PT (agosto/setembro 2007), que inclui a “defesa da autodeterminação das mulheres, da descriminalização do aborto e regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público”[9].
3. Em 17 de setembro de 2009, dois deputados foram punidos pelo Diretório Nacional. O motivo alegado é que eles “infringiram a ética-partidária ao ‘militarem’ contra resolução do 3º Congresso Nacional do PT a respeito da descriminalização do aborto”. [10]
Votar em Dilma (ou em qualquer candidato do PT) seria trair as promessas do nosso Batismo. Em quem votar, então?
O partido de José Serra (PSDB) não é abortista, como o PT, mas o candidato assinou, em novembro de 1998, quando era Ministro da Saúde, uma Norma Técnica que instituiu a prática do aborto no Sistema Único de Saúde em nível federal, para crianças de até cinco meses supostamente concebidas em um estupro[11]. A introdução oficial do financiamento do aborto pelo SUS é uma mancha no histórico de Serra que escandaliza muitos eleitores.
Sem negar a culpa nem a gravidade de seu ato, Serra conta com os seguintes atenuantes:
1) Serra não foi o autor da Norma Técnica por ele assinada. Ele já a encontrou em sua mesa, elaborada por militantes pró-aborto, quando assumiu o Ministério da Saúde;
2) Por não ser jurista, Serra deixou-se enganar pela falácia de que no Brasil o aborto é “legal” quando a gravidez resulta de estupro, confundindo assim a não aplicação da pena (“não se pune...”) com a licitude da conduta (art. 128, II, CP). Segundo essa interpretação (falsa), haveria da parte das gestantes um “direito” ao aborto e da parte do Estado o “dever” de financiá-lo em caso de violência sexual[12].
3) Em sua carreira política, antes ou depois da assinatura da terrível Norma Técnica, Serra nunca se destacou como um militante abortista. Nunca se comportou como o atual Ministro da Saúde José Gomes Temporão, que faz da promoção do aborto sua idéia obsessiva.
Dom Manoel Pestana Filho, Bispo emérito de Anápolis, considera Serra um “incêndio limitado”, que deve ser preferido à “catástrofe incontrolável” representada por Dilma. Ele crê que as raízes cristãs de Serra “não o deixarão ir tão longe e tão fundo”.
A tentação do voto nulo
Para o eleitor cristão, não é tarefa fácil nem agradável escolher entre dois candidatos maus. A repugnância pelo aborto leva-nos à tentação – à qual devemos resistir – de anular o próprio voto, num gesto de desdém.
Essa atitude, apesar de trazer alguma satisfação psicológica, acaba por contribuir para o aumento do mal que se quereria evitar. Os votos nulos, assim como os brancos, não são computados (art. 77, §2º, CF). Mas eles acabam contribuindo para eleger o candidato mais popular.
Para exemplificar: se dentre 1000 pessoas, nenhuma tiver votado branco ou nulo, todos os votos serão válidos e ganhará o candidato que receber mais de 50% dos votos, ou seja, 501 votos. Mas se dentre essas 1000 pessoas, 50 tiverem votado branco ou nulo, significa que teremos apenas 950 votos válidos. Portanto, o mesmo candidato será eleito se alcançar 476 votos. [13]
Dilma, portanto, só tem a ganhar com aqueles pró-vida que, desgostosos de José Serra, resolverem votar em branco ou anular seu voto.
Esta é uma hora crítica, em que precisamos imitar a conduta de Deus, que tantas vezes tolera um mal a fim de evitar um mal maior.
Em vez de arrancar o joio (por causa do perigo de arrancar com ele também o trigo), o Senhor manda deixar que joio e trigo cresçam até a hora da colheita (Mt 13,29). Em seu desejo de salvar tudo o que pode ser salvo, Ele não quebra a cana já rachada nem apaga a mecha que ainda fumega (Mt 12,20).
No dia 31 de outubro, antes de entrar na cabine eleitoral, talvez seja conveniente rezar “não nos deixeis cair em tentação (de anular o voto)”. Na hora de pressionar as teclas, talvez seja preciso prender a respiração antes de digitar “45” e “CONFIRMA”[14]. Mas o amor a Deus e à pátria exige de nós esse sacrifício.
Anápolis, 9 de outubro de 2010.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis
Fonte: http://www.providaanapolis.org.br
[6] Cf. Dilma Rousseff defende legalização do aborto. 28 mar. 2009, Diário do Nordeste, in: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=626312.
[8] Estatuto do Partido dos Trabalhadores, Versão II, aprovada pelo Diretório Nacional em 5 out. 2007, in: http://www.pt.org.br/portalpt/dados/bancoimg/c091003181315estatutopt.pdf
[9] Resoluções do 3º Congresso do PT, p. 80. in: http://old.pt.org.br/portalpt/images/stories/arquivos/livro%20de%20resolucoes%20final.pdf
[10] DN suspende direitos partidários de Luiz Bassuma e Henrique Afonso. Notícias. 17 set. 2009, in: http://www.pt.org.br/portalpt/documentos/dn-suspende-direitos-partidarios-de-luiz-bassuma-e-henrique-afonso-254.html
[11] Ministério da Saúde. Prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra mulheres e adolescentes: normas técnicas. Elaboração: Ana Paula Portela e outros. Brasília, DF: [s.n], 1999.
[12] Um estudo detalhado sobre a falácia dessa argumentação encontra-se no livro “Aborto na rede hospitalar pública: o Estado financiando o crime”, de Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz, Anápolis: Múltipla Gráfica, 2007.
[13] Cf. Votos brancos ou nulos interferem no resultado da eleição? Canção Nova Notícias, 28 set. 2010, in http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=278070
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Lembrando...
Bispo da Diocese de Lorena SP: Legalizar o aborto é legalizar o crime
08.10.2010 - Só Deus é o Senhor da vida.
Não se pode legalizar “o assassinato como medida de saúde pública” no Brasil, esclareceu Dom Beni.
SÃO PAULO - Na última matéria da série “Vida: direito de todos” da TV Canção Nova, o especial trouxe uma entrevista com Dom Benedito Beni dos Santos, bispo da diocese de Lorena e Vice-presidente do CONSER-SUL 1, para falar da dignidade e do valor da vida humana. Nela, Dom Beni assinala que nenhuma pessoa, instituição ou legislação, têm o direito sobre a vida de um ser, sobretudo aquele que ainda não nasceu. “Legalizar o aborto é legalizar o crime”, destacou o prelado.
“Toda vida tem um valor em si mesmo”, é um dom sagrado, afirmou Dom Beni, quem acrescentou que
“destruir uma vida inocente que está ainda no sei da própria mãe este é o maior dos crimes”.
Por isso o prelado assinala que legalizar o aborto é legalizar um crime.
“Só Deus é o Senhor da vida. Não existe nada que justifique a prática do aborto, porque o aborto é a destruição de uma vida inocente.”, explica o bispo de Lorena.
Dom Beni disse que “legalizar o aborto é legalizar o crime”. E desmentiu o argumento de que o aborto deveria ser legalizado no Brasil e estar disponível para as mulheres pobres porque estas morrem ao realizá-lo clandestinamente , ao contrário das mulheres ricas, que abortam com em clínicas privadas.
“Ora, não é com o mal que nós vamos sanar o outro mal”, esclareceu o bispo.
Então o governo tem que criar possibilidades para aquelas mulheres que concebem e que por um motivo ou outro que existe, não quer o filho, então que o filho nasça!”. Há instituições, especialmente dentro da Igreja que acolherão estas crianças, “de braços abertos”, disse Dom Benedito.
Não se pode legalizar “o assassinato como medida de saúde pública”, enfatizou.
“Legalizar o aborto como uma questão de saúde publica é uma contradição” declarou o prelado.
“Nós temos direito ao corpo no sentido de cuidar dele, mas ninguém tem o direito de destruí-lo. Por outro lado, nós sabemos que a criança em gestação não é parte do corpo da mulher, é uma nova vida que surge em seu seio e, portanto, um novo ser de direitos que a própria mãe precisa respeitar. De modo algum a criança é um membro do corpo da mãe”, explica dom Beni.
Fonte: ACI
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Segundo turno: Orientaçöes aos Católicos sobre näo votar nos Herodes do Brasil
04.10.2010 - Nota de www.rainhamaria.com.br
Pode-se votar em candidatos que defendem o aborto, a união entre pessoas do mesmo sexo, a eutanásia, ou qualquer outra coisa contrária à moral cristã?
Acesse os links: (divulgue urgentemente)
Não ao aborto e aos Herodes de nosso tempo, exorta sacerdote brasileiro
A Força do Santo Rosário contra a ascensão do disfarçado comunismo petista
Campanha de Oração pela salvação do Brasil
Artigo do Padre Silvio: Acorda Brasil, Terra de Santa Cruz!
Dom Antonio Gil Moreira recorda que não se pode aceitar partidos ou políticos que defendam o aborto
Professor Hermes Rodrigues Nery: Carta ao povo católico (Escolhe, pois, a Vida!)
Nossa Pátria é mãe gentil e não pode matar os seus filhos, afirma campanha da RCC contra o aborto
Eleições: Não Matar, Bispo denuncia agenda abortista do PT
Dom Odilo Scherer pede posicionamento claro de candidatos sobre aborto
Veja também:
Defesa da Vida: Parabéns Padre José Augusto, por dizer a verdade que acreditas
Homilia maravilhosa de Padre Paulo Ricardo. Em quem votar?
Video do Bispo Dom Emílio Pignoli: Vida, aborto e eleições 2010
[14] “45” é o número do candidato José Serra (PSDB).