02.10.2010 - Grupos críticos do papa Bento XVI estão ultimando os preparativos para as mobilizações que serão realizadas na cidade espanhola de Barcelona durante os dias prévios a visita do Pontífice em novembro.
O movimento laico e progressista convocou uma manifestação para o dia 4 de novembro, três dias antes da visita do pontífice a Barcelona, para reivindicar "o Estado laico" e protestar pelas "muitas vantagens que ainda desfruta a Igreja Católica", explicou à Agência Efe o secretário-geral dessa associação, Jofre Villanueva.
"Por um Estado laico" e "Eu não te espero" são dois dos lemas do protesto, ao qual já tornaram público o apoio diversos sindicatos.
A manifestação pretende denunciar "a homofobia da hierarquia católica", que, na opinião destes setores, incentiva "outras discriminações igualmente contrárias aos valores democráticos, como a contra as mulheres".
Organizações católicas críticas ao Vaticano anunciaram que participarão da manifestação de 4 de novembro, mas que convocarão um ato próprio dois dias depois.
Trata-se de uma oração coletiva em Barcelona que finalizará com a leitura de um manifesto, no qual pedirão que as mulheres possam chegar ao sacerdócio e que a Igreja acolha em seu seio aos homossexuais.
Além disso, denunciará "o sistema piramidal da hierarquia católica" e reivindicará uma forma de Governo "mais horizontal e democrática", explicou a Efe a presidente de um sindicato que defende a presença das mulheres na igreja, Montserrat Biosca.
Fonte: Terra noticias
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Lembrando...
Espanha: grupo parlamentar pede ao Governo que agilize apostasia legal da fé católica
08.06.2006 - Madri - Em uma insólita iniciativa, o grupo parlamentar de Esquerda Unida los Verdes solicitou uma reforma de lei que acelere os trâmites para apostatar a fé católica. Conforme informou a agência Servimedia, a congressista Isaura Navarro, porta-voz deste bloco parlamentar, exigirá que o Poder Executivo fixe um procedimento "sem travas" para abandonar a pertença à Igreja.
Navarro recordou que "a apostasia é a renúncia à fé cristã recebida por meio do batismo, o abandono explícito e voluntário dos dogmas e crenças da Igreja que se assumem por este sacramento" e segundo ela, "os bispos espanhóis negam seus direitos aos cidadãos e cidadãs que expressam, de maneira inequívoca, sua vontade de abandonar toda relação de pertença à Igreja Católica".
O jornal LaRazón recolheu as acusações e mentiras da parlamentar que "qualificou que ‘lentos’ e ‘incertos em sua resolução’" os trâmites para apostatar. A porta-voz "exige que o Governo ‘atue legalmente contra a Igreja Católica’ porque, em opinião do grupo catalão, ‘impede’ e ‘obstaculiza’ estes processos".
Questão de moda
Fontes da Igreja consultadas por La Razón asseguram que estas acusações "são falsas e carecem de fundamento. Só procuram fazer mal aos católicos e possibilitar que o abandono da fé se converta em um jogo, em uma moda, em algo supérfluo. Além disso, quando alguém solicita apostatar não lhe atrasam o processo. Só se seguem os passos necessários. Eles pedem algo impossível: nós só recolhemos que se levou a cabo um fato, algo histórico, e isso não se pode eliminar".
O bloco esquerdista reclama, além disso, que se apague o nome dos batizados que constam nos livros de batismo de cada diocese e Navarro acusou à Igreja Católica de obter supostos benefícios com estes dados porque "graças aos registros de batismo fazem aumentar artificialmente seu número de fiéis em determinadas estatísticas, para obter maiores privilégios sociais e econômicos, sem lhes preocupar a integridade das crenças desses fiéis".
O jornal sustenta que "a proposta da esquerda se mostra especialmente beligerante com a Igreja Católica" mas "não se limita a reclamar que se agilize o abandono da fé cristã" mas sim exige um sistema "rápido, direto e eficaz" para "deixar de pertencer de maneira expressa às confissões religiosas".
Fonte: Aci Digital
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Lembrando...
Arcebispo denuncia que laicismo pretende fazer da Espanha uma sociedade de ateus
29.03.2007 - MADRI - Em sua última carta semanal, o Arcebispo de Valência, Dom Agustín García-Gasco, denunciou que "o laicismo radical que nos encontramos atualmente na Espanha constitui uma utilização do poder do Estado para fundar uma sociedade como se todos os cidadãos fossem ateus, sem aceitar a realidade da liberdade religiosa e suas repercussões na vida social e pública".
Conforme informou a agência AVAN, em sua carta intitulada "Liberdade para crer", o Prelado explica que "na Espanha de hoje se detecta o interesse por estender um modo de vida onde a referência a Deus seja considerada como uma deficiência na maturidade intelectual e no pleno exercício da liberdade".
O Arcebispo de Valência considera "necessária e urgente" a tarefa de "desmascarar o `nacional-laicismo que tratam de impor", pois não deixa de ser "um fundamentalismo que nada tem que ver com a sã laicidade".
Dom García-Gasco assinalou que o laicismo radical "avança com freqüência pela falta de consistência dos próprios fiéis, que às vezes, somos atraídos pela tentação de ocultar nossa fé na vida pública".
Segundo o Prelado "resulta-nos mais fácil deixar de ser cristãos quando se chega ao trabalho, ao entrar na política, ao procurar as diversões com os amigos". Entretanto, "quem nega a Jesus Cristo e oculta sua condição cristã na vida pública, dificilmente pode acreditar que ama a Deus com sinceridade e com toda sua pessoa".
"Acreditar -ou deixar de fazê-lo- é um ato pessoal no que cada um utiliza sua liberdade para aceitar ou rechaçar a iniciativa de Deus sobre sua própria vida", adverte e esclarece que "o ato de fé é uma expressão elevada da dignidade do ser humano e da liberdade de cada pessoa" embora "tampouco tomamos esta decisão de um modo isolado".
O Arcebispo afirma que a Igreja, "que recebeu como missão própria a custódia do dom da fé", sabe que "ali onde se promove o engano, a mentira, a manipulação, a malícia, o ódio, o ressentimento, a chantagem, a coação, a fealdade, o descaramento, a injustiça, a opressão, a exploração ou qualquer tipo de violência se dificulta, até o extremo, que o ser humano possa descobrir sua própria dignidade, seu incomensurável valor e o dom do amor de Deus".
Em sua carta, anima a fomentar "uma reta compreensão da sã laicidade" que encontra "incompatíveis o exercício da coação e o ato de fé". A sã laicidade "protege quem não aceita a Deus, mas ao mesmo tempo reconhece o direito à liberdade religiosa com todas suas conseqüências que inclui o respeito de quem livremente deseja praticar sua religião de forma congruente".
Fonte: ACI
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Ninguém de modo algum vos engane. Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniqüidade, o filho da perdição," (2Ts 2,3)
"Proclamam que conhecem a Deus, mas na prática o renegam, detestáveis que são, rebeldes e incapazes de qualquer boa obra". (Tt 1,16)
"Achegai-vos a ele, pedra viva que os homens rejeitaram, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus;" (1Pd 2,4)
"Por isso lê-se na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida, preciosa: quem nela puser sua confiança não será confundido " (Is 28,16)
"Sabei antes de tudo o seguinte: nos últimos tempos virão escarnecedores cheios de zombaria, que viverão segundo as suas próprias concupiscências". (2Pd 3,3)
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Lembrando também...
Cardeal Cañizares recorda a 40 milhões de bebês abortados na Espanha
27.05.2009 - O novo Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Antonio Cañizares, expressou sua preocupação pela eventual liberalização do aborto no país e recordou aos 40 milhões de bebês que sofreram uma morte violenta por esta prática na Espanha.
Em declarações a “'Els matins” de TV3, o Cardeal Cañizares indicou que vê com preocupação “que se elimine violentamente um ser humano inocente, débil e indefeso, porque sempre é um mal muito grande para a humanidade”.
“Mais de 40 milhões de seres humanos se destruíram legalmente quando a legislação teria que dar apoio aos direitos e à justiça. Foram destruídos mais de 40 milhões de vidas através da medicina, quando a medicina tem que curar”, indicou.
Do mesmo modo, advertiu que o Governo “pretende levar a cabo uma mudança social e cultural muito grande, fazer uma sociedade e uma cultura totalmente novas” e “procuram como ponto de referência fomentar o aborto por causa do desconhecimento da verdade do homem, o desconhecimento da dignidade da pessoa e o desconhecimento dos direitos humanos.
O Cardeal Cañizares acrescentou que “estes são os princípios nos quais se assenta a sociedade cristã-romana. Podemos deixar estes princípios, mas depois teremos deixado de ser o que somos”.
Fonte: ACI