Reportagem da Revista ISTOÉ: Além das portas do mosteiro


Adicionado ao  www.rainhamaria.com.br  wm 26.09.2010 -

Revista ISTOÉ, ediçäo de Setembro 2010.

Monges beneditinos circulam pela cidade e frequentam cinema, praia e teatro, num regime mais flexível de clausura.

Os sinos do imponente relógio de fabricação alemã da igreja de São Bento acabam de anunciar nove horas da manhã. A poucos metros dali, um guia turístico cercado por uma dezena de pessoas aponta para a onipresente construção fincada no centro da capital paulista desde 1598 e diz: “Aquele é o Mosteiro de São Bento. Ali vivem monges enclausurados que nunca saem.” Dez minutos mais tarde, o alagoano João Baptista Neto, 28 anos, monge beneditino desde 2006, passa o crachá na catraca de acesso do complexo católico, formado ainda pelo colégio e pela faculdade de São Bento, e deixa o local caminhando tranquilamente pelas ruas da região central de São Paulo. Não fosse esse pequeno intervalo, o grupo de turistas teria a chance de presenciar que a rotina monástica dos religiosos de São Bento vai muito além do isolamento. “A vida de clausura e a externa não se confrontam para nós”, afirma o abade Mathias Tolentino Braga, 44 anos, há quatro à frente do mosteiro.

O irmão João Baptista sabe bem disso. Naquela manhã ensolarada na capital paulista, ele havia deixado as dependências do mosteiro em direção a um charmoso café na esquina das ruas São Bento com a Boa Vista. Uma segunda-feira por mês acontecem ali palestras filosóficas organizadas pelos monges, que se misturam a outras cerca de 100 pessoas e, entre uma xícara de café e outra, colocam o papo em dia. Esses religiosos, que costumam vestir pesados hábitos pretos, podem, ainda, ser vistos em outros endereços da cidade, além do largo de São Bento (onde está o mosteiro) e o café filosófico mensal. “Interagir com o mundo é fundamental para que o monge conheça a si próprio. E uma das maneiras mais ricas de fazer isso é por meio da arte – do cinema, do teatro, da pintura...”, afirma dom Mathias.

Com a licença prévia do abade, os 40 monges que vivem no complexo religioso de São Paulo têm a liberdade de atravessar os muros do mosteiro e frequentar o efervescente circuito cultural paulistano. A intenção dessa incursão ao mundo exterior é, segundo o superior beneditino, complementar a formação desses religiosos, que já é bastante sólida – a ordem de São Bento é conhecida mundialmente pela invejável estatura intelectual de seus membros. Quando saem para atividades nas quais representam a Igreja, como ocorreu, recentemente, numa abertura de exposição de arte barroca, na qual entoaram o famoso canto gregoriano, eles optam por usar o hábito. Mas nas saídas extraoficiais, ou menos formais, podem até circular à paisana.

O irmão João Baptista, que já teve a oportunidade de assistir a uma ópera no Teatro Municipal, conta que os beneditinos conservam a tradição católica com sutis inovações. Abrir as portas do belíssimo mosteiro para que 150 pessoas desfrutem um brunch preparado pelos religiosos – evento que ocorre uma vez por mês – é uma delas. “Temos de acompanhar a mensagem dos tempos”, diz ele. Bibliotecário do local, João Baptista é a prova de que optar pelo monastério não significa fechar os olhos para a vida fora do clausura.
Há um ano e meio ele criou o blog da biblioteca do mosteiro e, desde então, o administra – recebe, diariamente, 450 visitas. O monge também possui outro blog, no qual posta fotos do claustro. “Imagens do mosteiro que você nunca viu” é a mensagem que consta na página inicial. Viver em sociedade, praticando atividades comuns a qualquer civil, não significa para os beneditinos rezar fora da cartilha católica. Dentro do São Bento, os monges acordam religiosamente às 5h, produzem o pão que comem, cuidam do jardim, limpam os quartos e param para rezar até sete vezes ao dia. Fazem as vezes de mordomo, ecônomo, alfaiate, arquivista e, assim, administram a casa. Dessa forma, conservam a tradição do claustro, respeitam o silêncio e se dedicam à contemplação. Porém, o atual grupo religioso de São Paulo vive um período de renovação que há muito não acontecia.

Nos últimos 17 anos, 21 beneditinos com mais de 80 anos faleceram. Hoje, a média de idade dos cerca de 40 que lá vivem é de 30 anos. E apenas um é octogenário. Em um grupo jovem, portanto, muitos deixam o mosteiro pela manhã para estudar. E completam a formação humana e intelectual frequentando eventos culturais. Claro, sempre com moderação. “Domingo é para se guardar ao Senhor, quando se intensifica a vida litúrgica. Então, não dá para a gente sair, ir ao cinema. É para ficar em casa”, explica dom Mathias.
Sábado, contudo, é dia do passeio comunitário, quando 15 monges sobem numa van rumo a uma das casas de propriedade dos beneditinos – uma de campo, em Itu, no interior paulista, e outra de praia, em Itanhaém, no litoral sul. Nelas, eles reproduzem a rotina da clausura, com a possibilidade, porém, de assistir à tevê, ir à piscina ou fazer passeios. Aos 23 anos, o irmão Lourenço Palata Viola elege a caminhada na praia seu programa predileto nesses momentos. “É bom ver o mar, contemplar em frente a ele”, diz. De volta a São Paulo, Viola responde pela manutenção da sacristia. Fora do mosteiro, costuma frequentar livrarias, principalmente católicas, pelo menos uma vez por semana. E lança mão do computador para pesquisar, escrever e atender pessoas por e-mail.

Esse trabalho intelectual extramuros é fundamental para a missão do beneditino, religioso de quem sempre se espera um conselho, explicam. Afinal, o monge precisa saber o que está no coração do seu semelhante, estar antenado com as questões que o afligem, para melhor orientá-lo. “Erroneamente, muitos pensam que estamos dentro do mosteiro e fora do mundo que nos cerca. Não! Estamos em diálogo com o que está acontecendo, mas com a missão de transformar esse mundo com a palavra do nosso senhor Jesus Cristo”, finaliza o irmão João Baptista. Para evangelizar e servir, eles sabem que precisam atravessar portas e ultrapassar muros. (fim)

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Lembrando...

Em tempos de apostasia, religiosos de batina e tudo comparecem ao show de rock dos Rolling Stones.

Notícia do Portal Terra, 18/02/2006

Frei comparece à área vip do show dos Stones

Uma pessoa chama atenção no meio da multidão que se aglomera em Copacabana para ver o show dos Rolling Stones, é o frei Francisco Alves Barbosa.

De batina, o religioso conseguiu lugar para uma das áreas vips do evento.

Barbosa trabalha na Matriz de Santana, na praça XI, e contou que se interessou pelo show após passar em Copacabana na sexta-feira.

"Fui ao posto da Prefeitura e dei meu cartão. Ela me deu uma pulseirinha vip e aqui estou eu", contou o frei, que se referia ao lugar onde as pessoas poderiam se cadastrar para ganharem lugares privilegiados.

O frei, no entanto, afirmou que não é fã da banda e não pretende ficar até o final do show.

"Gosto das músicas, pena que não sei inglês. Não conheço muito bem os Rolling Stones, mas sei que são muito alegres. Mas tenho que ir embora mais cedo".

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18.02.2006 - Nota de  www.portalanjo.com   - por Dilson Kutscher

Antes que os “costumeiros” católicos modernistas e afins comecem a enviar e-mails dizendo que não há nada demais em religiosos assistirem shows de rock, vamos a uma pequena reflexão.

Como eu li certa vez no saudoso jornalzinho Atualizando Medjugorje: "Satanás ataca em todos os lugares, a toda hora, de variadas formas, contanto que encontre uma porta aberta, um convite."

A defesa, portanto, não é tão difícil quanto o possa parecer, basta que fechemos, para Satanás e suas tentações, a porta de nosso coração, usando o cadeado de Deus para mantê-la fechada.

E como tenta Satanás penetrar em nós, em nosso espírito, no coração e na mente?

São vários os meios que ele usa. Todavia, um dos principais e, aparentemente, o mais inofensivo meio, é algo que nos parece banal: a música. Claro que não estamos generalizando, referimo-nos ao rock, e ao "Heavy Metal" (rock pesado) e às suas conseqüências danosas (e comprovadas), tais como suicídios, drogas, violência, sexo livre, rebeldia, loucura e até satanismo.

A maior vitória de Satanás sobre os homens, em nosso século, foi convencê-los de que ele não existe, é apenas imaginação dos bobos ou historinhas para atemorizar crianças. NINGUÉM SE DEFENDE DO QUE NÃO EXISTE.

Certa vez um Sacerdote amigo meu ouviu de um jovem a seguinte declaração:

“Padre... o senhor me desculpe, mas eu não acredito no diabo.”

E este Sacerdote respondeu:

“Meu jovem, você pode não acreditar nele, mas saiba que o diabo acredita em você e vai fazer o possível para ter a sua alma junto com ele no inferno.”

E o jovem surpreso disse:

“Mas Padre, o senhor me dizendo tal coisa?”

E o Sacerdote disse:

“Dói-me muito ter que lhe falar assim, mas é melhor lhe avisar agora, do que depois ser cobrado por Deus quando for chamado a prestar contas.”

Voltando a notícia acima, que um religioso estava chamando atenção das pessoas, por estar de batina no meio da multidão, acho que o frei em questão é livre para ir, assistir ou participar de qualquer evento. Mas os católicos a “moda antiga”, tradicionais, conservadores e zelosos dos valores cristãos, não são obrigados a aprovar este tipo de comportamento de um religioso. Ainda mais indo prestigiar uma banda de rock, com músicas dizendo que tem “simpatia pelo demônio”.
Bem, pelo menos sabemos que os Rolling Stones acreditam no demônio.

Vamos a uma parte da tradução desta música, pode ser que pelo menos alguns cristãos moderninhos, que possam estar indignados com este artigo, mudem um pouco de idéia.

 

Sympathy for the Devil

The Rolling Stones

Composição: Jagger/ Richards

 

Simpatia pelo Demônio (tradução)

Por favor, deixe-me apresentar
Sou um homem rico e de bom gosto
Estive por aí por muitos anos
Roubei a alma e destino de muitos homens.

Estava lá quando Jesus Cristo
Teve seu momento de indecisão e dor.
Fiz de tudo para que Pilatos
Lavasse suas mãos e selasse Seu destino.

Prazer em conhecê-lo
Espero que adivinhe meu nome.
Mas o que está o intrigando
É a natureza de meu jogo.

Assisti com alegria
Enquanto seus Reis e Rainhas
Lutaram por dez décadas
Pelos Deuses que criaram..

Assim como todo policial é um criminoso
E todos os pecadores são santos
E cabeças são caudas.
Simplesmente chame-me de Lúcifer
Porque preciso de algum nome.

Então, se você me encontrar
Tenha um pouco de cortesia
Tenha um pouco de simpatia, e um pouco de gosto
Use toda sua boa cortesia
Ou eu vou jogar sua alma no lixo...

Grato por te encontrar
Espero que você tenha adivinhado meu nome, oh sim
Mas o que está te intrigando?
Essa é a natureza do meu jogo, disponha, desça

Oh sim, continue descendo
Oh sim
Oh sim

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Vamos somente examinar algumas frases da música “dedicada” ao diabo.

“E todos os pecadores são santos.” (pecadores agora são santos)

“Tenha um pouco de simpatia.” (pelo diabo é claro)

“Prazer em conhecê-lo.” (o diabo parece ser bem educado)

”Grato por te encontrar” (chega a agradecer)

“Eu vou jogar sua alma no lixo.” (realmente o inferno é um lixo)

“Oh sim, continue descendo.”

 

Continue descendo para onde? Só se for em direção ao inferno !

Como podem avaliar, é apenas uma música, mas infelizmente não serve de exemplo para nenhum cristão comprometido com as coisas Sagradas de Deus. Você não vai sair cantando que tem um pouco de simpatia pelo diabo, e que “ele” tem prazer em conhece-lo e está grato por isto, ou vai?

Por Dilson Kutscher   -  www.portalanjo.com

 


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