Cristianismo e Socialismo são incompatíveis


23.09.2010 - Os católicos têm discutido entusiasmadamente a licitude da presença de políticos católicos em partidos socialistas, abortistas e outros cujo programa político contempla propostas contrárias aos princípios cristãos.

Políticos como Molon (PT) e Chalita (PSB) têm se desdobrado para convencer o laicato católico, de onde tiram seus votos, de que sua presença num partido abortista como o PT ou num partido socialista não se opõe às suas convicções de católicos.

Os candidatos católicos que mantêm a insustentável filiação a partidos como o PT, PSB e assemelhados deveriam desfazê-la imediatamente, antes que seja questionada a sinceridade de sua fé católica. Lamentável é reconhecer que muitos foram induzidos ao erro pelo apoio dado por altos eclesiásticos a partidos socialistas, no Brasil e no exterior.

Se vale a experiência de outros, leiam com atenção o trecho de uma entrevista dada pela senadora Mercedes Aroz, fundadora do Partido de los Socialistas de la Cataluña, convertida ao cristianismo em 2007.

Em 2009, depois de 33 anos de militância, [a senhora] decide deixar o socialismo, entre outras razões, devido à decisão do governo de despenalizar o aborto. Como [a senhora] viveu esta ruptura e que outros elementos incidiram em sua decisão?

Minha ruptura com o socialismo culmina com a decisão do governo de despenalizar o aborto, o que manifesta com clareza o conflito entre o compromisso cristão e a ideologia socialista. Minha convicção é que cristianismo e socialismo não são compatíveis e, por esta convicção, abandonei a política e o partido socialista depois de uma militância de 33 anos.

O socialismo tem valores positivos no âmbito da justiça social, mas se baseia em uma concepção materialista do ser humano, e a pessoa e sua dignidade não estão no centro do projeto; nele estão uma séria de valores coletivos, está a ideologia. Por isso, quando o socialismo faz valer, na ação política e legislativa, seu sistema de valores sobre tal concepção do ser humano, a incompatibilidade do cristianismo com esta ideologia se manifesta com toda clareza, e torna impossível a colaboração com seu projeto.

O político católico deve, antes de tudo, representar e defender os valores fundamentais do ser humano, sendo sinal e salvaguarda da transcendência da pessoa; e este é um princípio em que não se pode claudicar sem produzir um grave prejuízo ao testemunho da fé cristã, mas também ao próprio sistema democrático, já que sem o respeito aos direitos e liberdades fundamentais não existe uma verdadeira ordem democrática.

No meu caso, o conflito foi resolvido da única forma possível quando a fé sustenta toda a vida e a disposição de seguir a Cristo é completa.

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http://oblatvs.blogspot.com/2010/09/cristianismo-e-socialismo-sao.html

Enviado por Alex Borges

 


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