20.09.2010 - Encerrada mais uma Visita Apostólica do Santo Padre o Papa Bento XVI (sua 11º a um país europeu e sua 17º Internacional), resta-nos agradecer profundamente a Deus por um tão magnífico presente dado a nós e a toda a Igreja espalhada pelo vasto campo de missão, o mundo, onde, em nossos dias, não menos urgente é a tarefa evangelizadora à qual todos os cristãos são chamados. Não obstante os constantes desafios, a Igreja convida-nos a fazermos cumprir o desejo do Senhor, que, ainda que perpassados dois mil anos, torna-se cada vez mais veemente e necessário, sobretudo em uma sociedade tomada por ideologias consumistas, capitalistas e ateístas, que tendem a fazer desaparecer os verdadeiros valores do Evangelho.
O Papa leva a todos esta mensagem de renovado ardor missionário. Onde já não mais há esperança ele anuncia que ainda existe uma Esperança intrépida, que os homens podem confiar sempre, mesmo diante das adversidades; mesmo diante das tempestades, que por muitas vezes parecem incensáveis. Criticado foi o Papa, e criticada é a Igreja, mas nunca desanimarão por investidas satânicas que contra eles se ergam.
O Papa leva o Evangelho de Cristo, e este Evangelho muitas vezes comporta mensagens duras, para alguns inaceitáveis. Mas é preciso que o mundo saiba que a santificação só virá quando, obediente aos ensinamentos de Cristo, cumprirmos os “duros” preceitos que Ele apresentar-nos-á no decorrer da história salvífica da humanidade.
Quem espera ouvir do Papa e da Igreja palavras fáceis para o seguimento a Cristo, não crie esta esperança. Digo isto porque dura é a mensagem do Evangelho, e por vezes ela não agrada a muitos.
A Igreja não quer, e nem pode, ceder em assuntos que, muitas vezes, a humanidade vê como algo a ser “diplomaticamente discutido”. A vida humana, por exemplo, não é questão de diplomacia, mas de direito, ao qual todo o homem é chamado, e jamais, ninguém, poderá dizer o contrário.
No início da viagem a imprensa dizia que poucos iriam comparecer às celebrações do Papa, pois ele, com suas idéias, não agradava a muitos ingleses. Ora, vemos que tudo o que a imprensa “premeditou” com suas cargas d’água foi abaixo. O povo esperava ansiosamente a chegada do Papa. Milhares de pessoas foram às ruas para vê-lo e escutá-lo. Ainda que pareçam duras as palavras do Papa são também as de Cristo. Ele trás uma mensagem de esperança, para todos os homens, independente de qual seja a raça, nacionalidade ou credo. Todos aqueles estavam em busca de uma resposta, e garanto que todos a encontraram. Esta mensagem tornar-se-á presente em Jesus, filho de Deus feito homem, que, por esta ação, demonstra seu incomensurável amor pela humanidade, ainda que sejamos indignos. E isto agrada os fiéis.
Ao contrário da imprensa, que divulga ideologias que buscam desvalorizar e destruir a família, a Igreja é a única que levanta-se e põe-se em favor da vida, dos verdadeiros direitos humanos, de uma valorização da família que se torna indispensável na sociedade hodierna.
Nesta viagem realizou-se a beatificação do Cardeal John Henry Newmann, que por meio dos estudos introduz-nos, com seus ensinamentos, em um intrínseco relacionamento com Deus. E com suas palavras gostaria de encerrar este breve artigo:
“Praise to the Holiest in the height and in the depth be praise; In all his words most wonderful, most sure in all his ways! – Seja louvado o Santíssimo no céu, seja louvado no abismo; em todas as suas palavras, o mais maravilhoso, o mais seguro em todos os seus caminhos” (“O sonho de Gerontius“).
Rezemos sempre mais pela missão do nosso Guia visível e sinal de unidade. Peçamos que o Senhor e a Santíssima Vigem fortaleçam-no sempre mais. E que possam vir tantas outras viagens, demonstrando que a Palavra de Deus é para todos e que o Santo Padre não teme anunciá-la.
Viva o Santo Padre!
Ut in omnibus glorificetur Deus!
Fonte: http://beinbetter.wordpress.com