15.06.2010 - LONDRES, Inglaterra, 18 de maio de 2010 (Notícias Pró-Família) — Pesquisadores estão se gabando que dentro dos próximos dez anos, a tecnologia de fertilização in vitro (IVF) terá avançado tanto que “será melhor do que a natureza” e o sexo não mais será necessário para a reprodução humana.
“Não estamos exatamente nessa fase ainda, mas é para onde estamos caminhando”, disse o Dr. John Yovich, co-autor do estudo “Embryo culture: can we perform better than Nature?” (Cultura do embrião: será que faremos melhor do que a natureza?), conforme citação no jornal inglês Daily Mail. O estudo foi publicado na edição de abril de 2010 da revista Reproductive BioMedicine.
“A reprodução humana natural é na melhor das hipóteses um processo consideravelmente ineficiente”, disse Yovich. Ele e o co-autor Gabor Vajta, ambos veterinários australianos, disseram ao Mail que considerando que no gado a IVF é 100 vezes mais “eficaz” do que a reprodução natural, o mesmo pode ser possível com seres humanos. “Dentro dos próximos cinco a dez anos, os casais que se aproximarem dos 40 anos acessarão a indústria da IVF primeiro quando quiserem ter um bebê”.
A ideia de normalizar o sexo e a procriação como duas atividades completamente separadas foi predita na novela “Brave New World” (Admirável Novo Mundo) de 1932, escrita por Aldous Huxley, onde as crianças são concebidas e criadas em Centros de Criagem e Condicionamento, antes de passarem pelo processo final de “decantação” que substituiu o nascimento.
De acordo com Vicki Thorn, fundadora e diretora executiva do Projeto Raquel e da Organização Nacional de Cura Pós-Aborto e Reconciliação, e especialista nos efeitos negativos da fertilização in vitro, os cientistas que estão promovendo a IVF estão perigosamente ignorantes das repercussões que tal violência contra a natureza certamente terá.
“A sociedade está tentando passar por cima de situações que ocorrem naturalmente”, Thorn disse para LifeSiteNews.com na terça-feira.
Thorn descreveu vários passos no processo de formar uma criança que a IVF sinistramente não tem: por exemplo, ela apontou, quando o espermatozóide e o óvulo se encontram no corpo de uma mulher, o espermatozóide passa por uma mudança biológica que o ajuda a penetrar o óvulo, e o óvulo passa por um processo de seleção por causa do espermatozóide que será aceito.
Nenhum desses elementos sobrevive no processo da IVF, onde o espermatozóide é simplesmente injetado à força no óvulo. A criança então cresce num estéril prato Petri, roubada da química hormonal natural dentro do corpo da mãe que foi projetada para dar apoio ao desenvolvimento do bebê, disse Thorn.
Além disso, disse ela, preocupações estão sendo levantadas sobre as sérias complicações do sistema imunológico que surgem com a barriga de aluguel (quando uma mãe leva em seu útero bebês que não são dela), uma prática comum na IVF.
“É excitante — olhe o que eles conseguem fazer: eles conseguem fazer papel de Deus”, disse ela. “Mas, a pergunta séria é: será que vamos estar produzindo tipos totalmente diferentes de pessoas? Sim, eles estarão fazendo exatamente isso. Essas crianças que não tiveram o benefício da química de ser concebidas no útero conforme a natureza projetou que acontecesse”.
Thorn avisou que os cientistas estão apenas começando a descobrir os danos de longo prazo feitos às crianças concebidas em IVF: um estudo envolvendo jovens concebidos em IVF publicado na edição de fevereiro de 2010 da revista Fertility and Sterility revelou que tais indivíduos tinham 11 vezes mais probabilidade de serem diagnosticados com certas desordens psicológicas tais como depressão clínica e desordem de falta de atenção, e muitas vezes têm outras enfermidades como problemas visuais, asma e alergias.
“É bacana que médicos queiram fazer o papel de Deus, mas essa é uma questão séria. Estamos colocando crianças em risco”, disse ela.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesite.net/ldn/viewonsite.html?articleid=10051805