10.06.2010 - O papa Bento XVI celebrou hoje uma vigília para 15 mil padres de todo o mundo no Vaticano, na maior concentração de sacerdotes da história da Igreja, devido à conclusão, amanhã, do Ano Sacerdotal.
A maioria dos participantes eram italianos, mas também assistiram à cerimônia representantes do Brasil, Espanha, Colômbia, Argentina, Bolívia, Costa Rica, Cuba, Equador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai, Venezuela, Brasil e Portugal.
Durante a vigília, o cardeal brasileiro dom Cláudio Hummes disse que este Ano Sacerdotal serviu para promover "o compromisso de renovação interior de todos os sacerdotes, para um testemunho evangélico mais forte e incisivo no mundo atual".
Hummes agradeceu ao papa "por tudo o que está fazendo pelos sacerdotes, "inclusive pelos desorientados", disse, em referência aos casos de pedofilia.
Bento XVI considera que a Igreja tem uma profunda necessidade de voltar a aprender a penitência, de aceitar a purificação, de aprender o perdão, "mas também a necessidade de justiça, já que o perdão não substitui a justiça", afirmou em várias ocasiões sobre os casos de abusos de menores por parte dos clérigos.
A cerimônia foi encerrada com alguns minutos de silêncio e preces pessoais e a bênção eucarística dada pelo papa.
Bento XVI abriu no dia 19 de junho de 2009 o Ano Sacerdotal em uma solene cerimônia realizada na basílica de São Pedro, durante a qual disse que "nada faz a Igreja sofrer mais" do que os pecados de seus pastores, principalmente aqueles que prejudicam as pessoas que devem cuidar.
Por ocasião deste Ano Sacerdotal, Bento XVI escreveu uma carta a todos os sacerdotes na qual afirmou que a "infidelidade" dos sacerdotes "jamais é suficientemente deplorável" e também ressaltou a "valente fidelidade" de tantos outros que entre dificuldades e incompreensões seguem sendo fiéis à sua vocação.
Fonte: Terra noticias