15.05.2010 - ROMA.- Dois marroquinos muçulmanos que cursavam estudos em uma universidade na cidade italiana de Perugia foram expulsos do país o mês passado logo depois que se descobriu que planejavam um atentado para assassinar ao Papa Bento XVI.
Conforme informa o jornal italiano Panorama, a interceptação de algumas conversas entre ambos levou à prisão dos extremistas e sua conseguinte expulsão. Um deles, Mohammed Hlal, assinalou que queria "a morte da cabeça do Vaticano" e que "estava preparado para assassiná-lo para ganhar um lugar no Paraíso".
Este universitário de 27 anos falava por telefone com seu companheiro, de 22 anos de idade, Ahmed Errahmouni, quando o conteúdo da conversa atraiu a atenção da polícia local.
Panorama assinala que foram assinalados como "uma ameaça à segurança nacional" no documento do Ministro do Interior da Itália de data 29 de abril.
Segundo a investigação que começou em outubro do ano passado por parte da polícia italiana anti-máfia, ambos os estudantes têm uma visão extremista do Islã e procuravam material explosivo. Hlal estudava comunicações internacionais enquanto Errahmouni se formava em física e matemática na Universidade de Perugia.
Uma fonte do Ministério do Interior, assinala a agência Reuters, confirmou que "durante as investigações foram encontrados elementos que levam a pensar que os dois tramavam um atentado contra o Papa".
Fonte: ACI
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Lembrando...
Milhares de muçulmanos protestam contra Papa dizendo: "Conquistar Roma é a solução".
22.09.2006 - Milhares de muçulmanos foram às ruas de Jerusalém, da Cisjordânia e de Gaza nesta sexta-feira para protestar contra o papa Bento 16. O pontífice causou indignação no mundo muçulmano na semana passada, após citar trechos de um texto medieval que critica o profeta Maomé e diz que o islamismo foi disseminado pelo mundo por meio "da violência".
Posteriormente, o papa disse que não pretendia criticar o islã, mas a comunidade muçulmana em todo o mundo exige um pedido formal de desculpas de Bento 16. No início desta semana, extremistas atacaram sete igrejas na Cisjordânia e em Gaza, sem causar danos nem feridos.
Nesta sexta-feira, Bento 16 anunciou que receberá na próxima segunda-feira (25) embaixadores dos países muçulmanos reconhecidos na Santa Sé, assim como os líderes da comunidade muçulmana de Roma, anunciou nesta sexta-feira a imprensa italiana.
Na terceira principal mesquita islâmica, a Al Aqsa, em Jerusalém, centenas de muçulmanos balançavam bandeiras pretas e cartazes com frases como: "Conquistar Roma é a solução".
Manifestantes gritavam: "O Exército do islã retornará. O protesto se dispersou pacificamente".
Na cidade de Nablus, na Cisjordânia, membros do Hamas tomaram as ruas, gritando slogans contra o papa e trazendo bandeiras verdes do Hamas. Levantando as mãos para os céus, mais de 2.000 manifestantes gritavam: "Nós agüentamos a fome, a prisão e a ocupação, mas não toleramos ofensas ao profeta. Nós sacrificaremos nossas vidas pelo profeta".
Marchando pelas ruas de Nablus, alguns chamaram o papa de "covarde" e "agente dos EUA".
No norte de Gaza, mais de 1.000 membros do grupo extremista Jihad Islâmico gritavam e carregavam bandeiras pretas. Khader Habib, um líder do grupo disse à multidão que os comentários do papa "indicam que ele não compreende o islã nem o profeta".
Em Ramallah, centenas de partidários do Hamas marcharam pelas ruas do centro da cidade.
Fonte: UOL notícias