29.04.2010 - A possível erupção do Vesúvio, vulcão próximo a Nápoles, é uma fonte de preocupação para a Defesa Civil italiana, que estuda ampliar a zona considerada de risco e organiza novos planos de evacuação.
Os problemas gerados pela erupção do vulcão islandês Eyjafjallajokull fizeram a Itália lembrar o perigo sempre latente de uma erupção do Vesúvio, no sul do país.
"O Vesúvio é o maior problema da Defesa Civil", explicou o chefe do organismo, Guido Bertolaso, que tem uma ampla experiência em catástrofes naturais, como o terremoto que devastou a região dos Abruzos em abril do ano passado.
O vulcão está agora no que os vulcanólogos chamam "ciclo de repouso", o que não quer dizer que não possa despertar de uma hora para outra.
Em março de 1944 o Vesúvio mostrou novamente a sua pior cara, com uma forte erupção que felizmente não causou vítimas, assim como a 1906, as duas únicas erupções registradas no século XX.
Em 1631 a atividade do vulcão causou mais de mil vítimas, embora a pior erupção tenha sido a do ano 79, que deixou dois mil mortos e sepultou as localidades de Pompéia e Ercolano.
Mas a situação mudou desde a última erupção nas bordas do Vesúvio. Em 60 anos a área, chamada de "zona vesuviana" passou de quase desértica para uma das áreas de maior densidade populacional da Europa, devido, sobretudo, à construção em massa de imóveis ilegais.
Bertolaso denunciou que muitas pessoas construíram com o dinheiro público que ganharam para fixar residência em uma área longe da "zona vermelha", mas alugaram sua casa anterior na encosta.
Na atual "zona vermelha" - sinalizada pela Defesa Civil e que tem um raio de 9,12 km - há 18 municípios com cerca de 700 mil habitantes.
Atualmente, revelou Bertolaso, se estuda ampliar a área de perigo, por isso que um eventual plano de evacuação poderá incluir cerca de um milhão de pessoas.
O chefe do organismo assegurou que não há porque se alarmar, "que se trata apenas de prevenção". No último documento da Defesa Civil, do dia 2 de abril, se afirma que "não se registram fenômenos precursores de início de uma possível atividade eruptiva em breve".
No entanto, a descrição do principal responsável da Defesa Civil da possível erupção do Vesúvio não para por aí: "a explosão do vulcão provocaria uma coluna de fumaça e lixo de 20 quilômetros de altura e a queda das cinzas afetaria uma área que chegaria inclusive ao Lácio", região do centro da Itália pertencente a Roma.
Além disso, acrescentou, a nova erupção seria acompanhada de terremotos "com consequências comparáveis ao que acontece em L'Aquila ano passado".
Para a evacuação das pessoas que vivem nas margens do vulcão dormente "teríamos como máximo de tempo à disposição uma semana, talvez menos, três ou quatro dias", antes que a erupção se transformasse em uma catástrofe.
Há algumas semanas, os cientistas do Observatório Vesuviano e da Universidade Federico II de Nápoles, assim como o pessoal da Comissão de Grandes Riscos, estudam novos planos de emergência.
No documento do dia 2 de abril, a Defesa Civil descreve passo a passo e hora a hora como comportar-se em caso de erupção e como ir evacuando as diferentes zonas: vermelha, amarela e azul.
Também descreve quais serão as localidades dispostas a acolher às centenas de milhares de habitantes que teriam que ser desalojados.
Bertolaso explicou que o órgão também segue prestando atenção à atividade dos 12 vulcões subterrâneos, localizados nos mar Tirreno e no Canal da Sicília.
No entanto, embora o Vesúvio seja o mais conhecido dos vulcões, Bertolaso adverte que o que tem "a escopeta carregada" é o monte Epomeo na ilha de Isquia, no golfo de Nápoles, cuja última erupção foi em 1300, "mas se observou que nestes séculos o cone cresceu 800 m e está carregando a câmara magmática".
Fonte: Terra noticias
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Lembrando...
Vulcão Vesúvio não está livre de uma erupção como a de Pompéia
10.09.2008 - O Vesúvio, que não entra em erupção desde 1944, pode voltar a explodir da mesma forma como ocorreu na destruição da cidade de Pompéia no ano 79 d.C, ameaçando agora 700.000 pessoas, afirmam um geólogo francês e outro italiano na revista Nature publicada nesta quarta-feira.
"Para saber se uma hipótese como esta, tão catastrófica, é possível, é muito importante que o tipo de magma armazenado a 8-9 km de profundidade seja convenientemente identificado", disseram os cientistas que analisaram o aumento do magma do Vesúvio no decorrer dos anos.
"Se este magma for parecido com o produzido pela erupção que destruiu Pompéia, pode-se esperar no futuro uma erupção extremadamente explosiva, ou seja, perigosa", explicou à AFP Bruno Scaillet, cientista no Instituto de Ciências da Terra, em Orleans, e um dos três autores do estudo.
"Em contrapartida, se o magma tem uma composição mais basáltica, como na erupção de 1944, a erupção seria mais do tipo efusivo com rios de lava, e isto geraria destroços muito menores", acrescentou o pesquisador.
O Vesúvio é um vulcão particular, que ao longo de sua história teve erupções de tipo explosivo tão devastadoras como a de Krakatoa, na Indonésia, em 1883, ou de Pinatubo (Filipinas) em 1991, e também erupções efusivas de rios de magma, freqüentes hoje principalmente no Havaí ou na ilha de La Reunion.
Desde cerca de 20.000 anos de nossa era até a grande erupção do vulcão em Pompéia, o Vesúvio liberou um magma mais viscoso, produziu erupções explosivas com fumaça tóxicas. De 1631 a 1944, foram registradas centenas de erupções efusivas associadas a rios de lava, como ocorre atualmente com o Stromboli, na Sicília.
"Mas não porque esta evolução leva 2.000 anos podemos eliminar a possibilidade de uma nova composição mais ácida, que possa desencadear erupções explosivas", disse Scaillet. Além disso, "não porque isto tenha parado em 1944 podemos dizer que terminou", acrescentou.
A falta de atividade há 64 anos pode ser explicada porque a bolsa de magma parou de encher, mas também pode indicar que a chaminé do vulcão está obstruída.
"A pressão pode subir e acabar gerando uma explosão? Esta hipótese não pode ser descartada", disse Scaillet.
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
Aquecimento global pode levar a um aumento das erupções de vulcões
13.09.2007 - O aquecimento global pode levar a um aumento nos próximos anos das erupções de vulcões, alertou nesta quinta-feira um especialista britânico em mudanças climáticas.
De acordo com o especialista em clima da University College em Londres, Bill McGuire, o derretimento das camadas polares estaria aumentando o nível do mar e, conseqüentemente, a pressão sobre a superfície terrestre.
"Já há sinais de que terremotos no Alasca estão sendo provocados pelo derretimento do gelo. Também há sinais de que o vulcão Pavlov, no Alasca, deve entrar em erupção no inverno, quando o nível do mar se eleva em cerca de 30 centímetros, devido a condições climáticas", disse McGuire em um evento de cientistas na cidade britânica de York.
"Portanto, se nós observamos um aumento de um ou dois metros no nível do mar neste século, acompanhado de perdas em massa nas regiões polares, podemos esperar uma resposta da superfície terrestre nas próximas décadas, eu acredito." McGuire disse que 60% de todos os vulcões são ilhas localizadas próximas a litorais e são suscetíveis a mudanças na pressão terrestre decorrentes do aumento do nível do mar.
Ele também avalia que pode haver um aumento em terremotos e tsunamis, devido ao mesmo fenômeno.
Fonte: UOL notícias
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Profecia de Nossa Senhora de La Salette, aparição na França em 1846, reconhecida pela Igreja em 1851.
"As estações serão mudadas, a terra não produzirá senão maus frutos, os astros perderão os seus movimentos regulares, a lua não refletirá senão uma luz avermelhada; a água e o fogo causarão ao globo terrestre movimentos convulsivos e horríveis terremotos, que farão tragar montanhas, cidades...
Chegou o tempo. O sol se escurece; somente a fé viverá".