14.04.2010 - Uma equipe de pesquisadores britânicos foi surpreendida por uma rachadura gigante no gelo logo abaixo de uma das barracas de seu acampamento, no Ártico. Os três integrantes da equipe Catlin Arctic Survey estão na região para uma pesquisa anual que avalia os efeitos das mudanças climáticas.
Os pesquisadores Ann Daniels, Martin Hartley e Charlie Paton, estavam acampados no gelo quando ele começou a rachar. "Ouvimos um estalido, alguns estrondos e, de repente, o gelo começou a se romper. Tudo aconteceu muito rápido", disse Charlie Paton.
A pesquisadora Ann Daniels conta que os pesquisadores já tinham observado o gelo se movimentando. Na manhã seguinte, depois dos barulhos, o gelo começou a se abrir de repente. "O gelo começou a se romper do lado de fora (do acampamento). Então o gelo começou a se romper cada vez mais perto das barracas e então, embaixo das barracas. Martin (Hartley) e eu começamos a tirar tudo (das barracas) e empacotar tudo o mais rápido que podíamos."
"Estávamos retirando todo o equipamento quando Charlie (Paton) gritou: ''Saiam agora''", relatou a pesquisadora à BBC. "Tivemos que decidir rapidamente em lado da rachadura iríamos ficar e resgatar rapidamente todo o equipamento para evitar danos."
Apesar do susto, nenhum dos equipamentos ficou danificado e os pesquisadores não se feriram. A equipe de pesquisadores britânicos também está tendo que enfrentar outras dificuldades na região, como grandes extensões de águas abertas, gelo se movimentando rapidamente e placas de gelo deslizando umas sobre as outras.
A missão da equipe britânica é coletar dados para investigar qual o impacto do dióxido de carbono no Oceano Ártico. Além de caminhar na região, os pesquisadores estão perfurando o gelo para fazer medições, além de coletar amostras de água do mar de diferentes profundidades.
Fonte: Terra noticias
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Lembrando...
Cientistas estão surpresos com a extensão do degelo na Antártida e na Groenlândia
23.09.2009 - Cientistas estão surpresos com a extensão do degelo na Antártida e na Groenlândia, mostrou um estudo nesta quarta-feira que pode ajudar a prever o tamanho do aumento do nível do mar associado à mudança climática.
Análises de milhões de imagens a laser de satélites da Nasa revelaram que a maior perda de gelo foi causada pela aceleração do fluxo das geleiras em direção ao mar, de acordo com cientistas do Grupo Britânico de Pesquisas Antárticas (BAS, na sigla em inglês) e da Universidade de Bristol.
"Estamos surpresos em ver um padrão tão forte de diminuição de espessura das placas de gelo por áreas tão grandes da costa - é um fenômeno amplo e em alguns casos se estende por centenas de quilômetros em terra", disse Hamish Pritchard, do BAS, que liderou o estudo. "Nós acreditamos que as correntes oceânicas aquecidas que atingem a costa e derretem o gelo são a causa mais provável da aceleração do fluxo das geleiras", afirmou em comunicado.
"Esse tipo de derretimento do gelo é tão pouco compreendido que continua sendo a parte mais imprevisível do aumento futuro do nível do mar", acrescentou. O BAS afirma que o estudo deu o "quadro mais amplo" até aqui do derretimento do gelo. O aumento do nível do mar causado pelo degelo de grandes quantidades de gelo na Antártida e na Groenlândia pode ameaçar ilhas do Pacífico, áreas litorâneas em todo o mundo e cidades como Londres e Buenos Aires.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse neste mês que o aquecimento global, provocado principalmente pela queima de combustíveis fósseis, pode aumentar o nível do mar de 0,5 a 2 m neste século - mais do que a maioria dos especialistas tem antecipado. Entre as conclusões, o estudo desta quarta-feira mostra que 81 das 111 geleiras com degelo rápido na Groenlândia têm diminuído a uma velocidade duas vezes mais rápida que áreas de degelo mais lento na mesma altitude.
Fonte: Terra notícia
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Diz na Sagrada Escritura:
"Haverá sinais no céu na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angustia apoderar-se-ão dos homens e das nações, pelo bramido do mar e das ondas". (Lc 21, 25)