02.04.2010 - Um padre da diocese de Rouen (80 km de Paris), suspeito de agressões sexuais contra menores em 1992 e 1993, reconheceu os fatos e aceitou ser processado como forma de "libertação", afirmou nesta sexta-feira seu advogado, Pierre Houpe.
O advogado afirmou que seu cliente, o padre Jacques Gaimard, diretor da Rádio Cristã da França (RCF) para a região da Normandia, esperava o indiciamento como uma "libertação".
Em relação aos fatos, o advogado afirmou que uma denúncia foi apresentada contra seu cliente, assim como quatro indícios "de casos que datam de mais de 20 anos atrás e que hoje estão prescritos".
Também destacou que o padre está "arrependido há muito tempo" e que se sente "responsável a ponto de ser seu próprio carrasco".
O advogado afirmou que seu cliente advertiu pessoalmente o arcebispo de Rouen, Jean-Charles Descubes, das suspeitas que pesavam contra ele "antes da prisão preventiva" decretada contra ele na segunda-feira.
Ao investigar o caso, a polícia colocou em evidência outros fatos que poderão ser imputados a outro padre, Philippe Richir, de uma localidade vizinha a Rouen.
Este religioso foi notificado na quarta-feira da qualidade de "testemunha assistida" - situação própria da Justiça francesa que representa uma etapa anterior ao processo judicial - por suspeitas de "posse de imagens de caráter pedófilo-pornográfico".
Fonte: Terra noticias
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Lembrando...
Destacam mão firme do Papa Bento XVI frente aos casos abusos
19.03.2010 - VATICANO.- Em um boletim de imprensa em espanhol intitulado "A Igreja, entre a confiança e a desconfiança", a arquidiocese mexicana de Acapulco destacou a mão firme do Papa Bento XVI quem sempre rechaçou os casos de abusos sexuais cometidos por alguns membros do clero. Deste modo condenou a campanha da parte de alguns na mídia que só procuram agredir a Igreja Católica.
O texto assinala que "os casos de pederastia de alguns sacerdotes em diversas regiões do mundo, sobre tudo na Europa e nos Estados Unidos provocaram muita vergonha e dor. O Papa Bento XVI qualificou esta repugnante conduta como crime atroz que deve ser condenado em toda ocasião, sobre tudo quando é cometido por clérigos".
Depois de reconhecer que somente uns poucos dirigiram a informação nos meios adequadamente, o boletim adverte que "abundaram aqueles que magnificam os fatos com uma intenção dolosa de promover o desprestígio da Igreja e de semear a confusão em muitos dos fiéis".
Logo depois de comentar que a cifra total de abusos em diversos países é muitíssimo maior que o número daqueles cometidos por alguns membros do clero, precisando ainda que isto não os justifica absolutamente, a arquidiocese de Acapulco assinala que "não faltaram personagens públicos que se unissem a uma estratégia orientada a golpear a autoridade moral da Igreja com o fim de desqualificar suas ações e opiniões em campos como a defesa da vida, o respeito à família, a luta contra a corrupção pública e o trabalho pela justiça. Inclusive há quem apregoa que a Igreja deveria calar e argumentam que já não tem qualidade moral para isso".
Esta campanha, prossegue, parece não ter tido "êxito", pois uma recente pesquisa mostra que "a Igreja Católica ocupa o primeiro lugar na confiança dos mexicanos, quando o ano passado ocupava o terceiro lugar".
"Este fato revela que, apesar dos esforços impetuosos de alguns por enterrar a confiança na Igreja, esta se mantém como confiável ante muitos mexicanos de boa fé e que conhecem e valoram o trabalho dos laicos, os sacerdotes e as religiosas na vida cotidiana e em todos os rincões do país", conclui.
Fonte: ACI