26.03.2010 - Embora se preocupe muito com o risco de o Irã adquirir armas nucleares, Israel jamais sugeriu que poderia usar o seu próprio arsenal atômico para conter essa suposta ameaça.
Mas agora uma respeitada instituição de Washington disse que ogivas "táticas" de baixa radiatividade seriam uma forma de os israelenses destruírem as usinas iranianas de enriquecimento de urânio, em fortificações remotas e subterrâneas.
Apesar do tabu existente há 65 anos contra o uso - ou mesmo a ameaça - de armas nucleares, o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês) diz em um novo relatório que "alguns acreditam que as armas nucleares sejam as únicas armas que podem destruir alvos subterrâneos profundos ou em túneis."
Mas outros especialistas independentes são citados alertando que tal cenário se baseia no "mito" de um ataque nuclear limpo, e que seria politicamente difícil de justificar.
No estudo intitulado "Opções para Lidar com o Programa Nuclear do Irã", os analistas Abdullah Toukan e Anthony Cordesman anteveem a possibilidade de Israel "usar essas ogivas como substitutas de armas convencionais", devido à dificuldade de fazer com que caças façam incursões consistentes no Irã.
Mísseis balísticos ou mísseis de cruzeiro lançados por submarinos poderiam servir para os ataques nucleares táticos de Israel, sem interferências das defesas antiaéreas do Irã, diz o relatório de 208 páginas. Ogivas capazes de penetrar na terra causariam ainda mais danos.
Presume-se que Israel tenha o único arsenal nuclear do Oriente Médio. Líderes do país não comentam o assunto senão para salientar o papel dissuasório dessas armas. O presidente Shimon Peres tem dito repetidamente que "Israel não será o primeiro a introduzir armas nucleares na região".
Uma veterana fonte oficial de defesa de Israel afirmou, sob anonimato, que ataques nucleares preventivos são alheios à doutrina nacional. "Tais armas existem para não serem usadas", afirmou.
Mistura de arsenais da Otan e soviéticos, as armas nucleares táticas são feitas para promover uma devastação mais concentrada, com menos contaminação do que em bombas preparadas para destruir cidades inteiras, como foi o caso de Hiroshima e Nagasaki depois do ataque norte-americano de 1945.
O fato de os danos com as armas táticas serem restritos em tese atenuaria o impacto negativo, do ponto de vista diplomático, para o país que as usar.
Fonte: Terra noticias
--------------------------------------------------------------------------------
Lembrando...
Miniguerra nuclear já causaria rombo na camada de ozônio, diz pesquisa
08.04.2008 - Cientistas avaliam impacto de possível conflito entre Índia e Paquistão.
Confronto, ainda que local, ameaçaria a humanidade em escala global.
a década de 1980, em plena Guerra Fria, foi comum discutir os efeitos de um confronto de escala mundial travado com armas nucleares. Isso levou ao consenso universal de que ninguém poderia realmente sair "vencedor" de um conflito assim. Mas e quanto a uma guerrinha nuclear em pequena escala? Também não é uma boa idéia, segundo um grupo de cientistas da maior potência nuclear do mundo, os Estados Unidos. E uma das maiores vítimas de um conflito assim seria a camada de ozônio da Terra.
Os pesquisadores liderados por Michael Mills, da Universidade do Colorado em Boulder, conduziram uma simulação climática e química detalhada do que aconteceria caso duas potências nucleares emergentes (o grupo cita Índia e Paquistão, rivais no sul da Ásia que vivem trocando farpas, como potenciais adversários) travassem um conflito nuclear.
Eles especularam um uso "modesto", de 100 dispostivos atômicos do mesmo porte do usado em Hiroshima, no Japão, pelos Estados Unidos, em 1945 -- mais ou menos metade de cada lado.
Isso, como já se sabe, levantaria uma quantidade brutal de fuligem para a alta atmosfera. E aí a simulação da equipe entrou em ação, para ver o que acontecia.
Os resultados mostraram que os efeitos de uma guerra nuclear local estão longe de ficar circunscritos aos países envolvidos. Na alta atmosfera, a poluição produzida causa imensa destruição à camada de ozônio. O buraco hoje existente na Antártida seria fichinha perto do resultado -- um rombo em escala global nesse cobertor que serve de proteção contra os raios nocivos emitidos pelo Sol. Sem ela, as taxas de câncer se elevariam brutalmente no mundo todo e os ecossistemas sofreriam modificações radicais.
"As reduções em escala global do ozônio previstas aqui por injeções relativamente pequenas de fumaça e fuligem na troposfera superior e na estratosfera inferior indicam uma sensibilidade inesperada associada a perturbações desse tipo e sugerem que certos eventos -- como conflitos nucleares regionais -- podem apresentar um perigo sem precedentes para a biosfera", escreveram os autores do estudo, num artigo publicado pela "PNAS", revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
"A ameaça potencial ao ozônio global, e portanto ao biota terrestre, merece análise cuidadosa pelos governos do mundo, aconselhados pela comunidade científica", concluem os cientistas.
Fonte; G1
----------------------------------------------------------------------------------
Lembrando...
Irã acusa Israel de preparar guerra, israelenses desmentem
16.02.2010 - Israel se prepara para lançar uma guerra em breve, afirmou nesta terça-feira o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, acusação rejeitada em Moscou pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
"Segundo nossas informações, os israelenses se preparam para lançar uma guerra na primavera ou no verão, mas ainda não tomaram uma decisão definitiva", disse Ahmadinejad, sem indicar contra quem seria o ataque.
"Mas, se esse regime impostor começar alguma coisa, a resistência e os países da região o esmagarão", acrescentou o presidente iraniano.
"Não planejamos nenhuma guerra. Os iranianos se dedicam a diversas manipulações", declarou Netanyahu na capital russa, onde está em visita oficial.
A tensão entre Israel e Irã se intensificou desde que Ahmadinejad assumiu a presidência da República Islâmica, em 2005.
Fonte: UOL noticias
---------------------------------------------------------------------------
Lembrando...
Bush diz que Irã nuclear pode levar à Terceira Guerra Mundial
17.10.2007 - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou nesta quarta-feira (17) que os líderes mundiais devem evitar que o Irã obtenha armas nucleares, "se quiserem evitar a Terceira Guerra Mundial".
Temos um líder que anunciou que deseja destruir Israel. Então digo às pessoas que, se vocês estiverem interessados em evitar uma Terceira Guerra Mundial, me parece que vocês devem impedir que (os iranianos) tenham conhecimento necessário para fabricar a arma nuclear", afirmou.
Bush também descartou estar preocupado com os crescentes nexos entre o Irã e a Rússia e afirmou que continuará trabalhando com seu colega russo, Vladimir Putin, para encontrar maneiras de desativar o programa nuclear de Teerã.
"Putin reconhece que não é do interesse do mundo que o Irã tenha capacidade de fabricar armas nucleares, e manteve um firme apoio às Nações Unidas", afirmou Bush.
Fonte: G1
------------------------------------------------------------------------------
Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerra. Atenção: que isso não vos perturbe, porque é preciso que isso aconteça. Mas ainda não será o fim". (Mt 24,6)
"Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão". (1Ts 5,3)
"E uma terça parte dos homens foi morta por esses três flagelos (fogo, fumaça e enxofre) que lhes saíam das narinas". (Ap 9,18)