18.03.2010 - Paris- Um documentário exibido na noite de quarta-feira na TV francesa expôs os riscos do poder e da autoridade que a televisão é capaz de exercer ao recriar um concurso no qual os participantes punem com descargas elétricas aqueles que não respondem corretamente às perguntas.
"Le Jeu de la Mort" ("O jogo da morte", em tradução literal) teve como inspiração o programa "La Zone Xtrême". Nele, os participantes, que não sabem que fazem parte de uma encenação e não concorrem a nenhum prêmio em dinheiro, dão choques de até 460 volts em outro competidor, que, neste caso, é um ator.
O documentário mostra como, apesar de ouvir os gritos da vítima - supostamente real -, oito em cada dez participantes cumprem até o fim as ordens da apresentadora e chegam a dar descargas elétricas de até 460 volts em seus oponentes, momento em que a pessoa que recebe o choque simula não dar sinais de vida.
A simulação é uma nova versão do famoso experimento feito pelo professor Stanley Milgram, da universidade americana de Yale. Nos anos 1960, o acadêmico pesquisou como as pessoas comuns são capazes de obedecer a uma autoridade - nesse caso, científica - e cumprir ordens que vão contra sua moral.
A pesquisa foi feita após julgamento de Adolf Eichmann, no qual este nazista disse que cometeu crimes de guerra porque cumpria ordens superiores, argumento que já tinha sido utilizado por outros figurões do regime de Adolf Hitler.
No experimento do professor Milgram, 62% das pessoas 'viraram' torturadores, percentagem inferior à aferida no documentário "Le Jeu da Mort".
"Hoje em dia, é possível conceber um programa televisivo que apresente a morte ao vivo", advertiu, na sinopse repassada à imprensa, o diretor da atração, Christophe Nick.
Ele explica que, para isso, só são necessários quatro elementos: "candidatos (não psicopatas, gente totalmente normal), um público que aplauda e encoraje, uma emissora que se atreva a exibir o programa e espectadores que o assistam".
"Le Jeu de la Mort" contou com a participação de 40 homens e mulheres de classe média que nunca antes tinham estado em programa de TV.
"Tendemos a achar que os atos infames são cometidos por pessoas infames", mas isso "é um erro crasso de atribuição", assegurou o especialista em psicologia social Jean-Leon Beauvais.
Segundo o profissional, Milgram mostrou que é "possível fazer pessoas totalmente normais cometerem coisas horríveis colocando-as em situações horríveis".
Outras fontes de inspiração do documentário foram o reality-show "Le Maillon Faible" ("O adversário mais fraco") e programas similares produzidos pela TV japonesa.
Como trilha sonora, "Le Jeu de la Mort" utilizou canções do filme "Laranja Mecânica".
O principal objetivo da atração, segundo seus produtores, é apresentar a hipótese de que, atualmente, quem exerce a verdadeira autoridade nas sociedades é a televisão.
Fonte: UOL noticias
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"E, ante o progresso crescente da iniqüidade, a caridade de muitos esfriará". (Mt 24,12)
"Apesar de conhecerem o justo decreto de Deus que considera dignos de morte aqueles que fazem tais coisas, não somente as praticam, como também aplaudem os que as cometem". (Rm 1,32)
"Nota bem o seguinte: nos últimos dias haverá um período difícil.
Os homens se tornarão egoístas, avarentos, fanfarrões, soberbos, rebeldes aos pais, ingratos, malvados, desalmados, desleais, caluniadores, devassos, cruéis, inimigos dos bons, traidores, insolentes, cegos de orgulho, amigos dos prazeres e não de Deus, ostentarão a aparência de piedade, mas desdenharão a realidade. Dessa gente, afasta-te!" (2Tm 3, 1-5)