13.03.2010- A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul recebeu 2.052 notificações de casos de dengue desde o dia 22 de fevereiro, quando o atual surto da doença foi detectado. A cidade mais afetada é Ijuí, no noroeste gaúcho, onde os serviços de saúde já atenderam 1.721 contaminados. Os outros 331 casos ocorreram em 55 municípios da mesma região.
O secretário da Saúde, Osmar Terra, admitiu que o número de infectados pode chegar a cinco mil nos próximos dias, mas acredita que a doença vai começar a regredir em um mês, quando a temperatura começar a cair. A preocupação é evitar que a doença chegue à região metropolitana de Porto Alegre, onde a combinação de focos do mosquito Aedes aegypti com a grande densidade populacional poderia levar a uma explosão do número de casos.
Fonte: G1
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Com 962 casos de dengue, Guarujá SP decreta epidemia
13.03.2010 - A prefeitura de Guarujá decretou epidemia de dengue no município do litoral paulista na sexta-feira, 12. A cidade registrou neste ano 962 casos da doença, com sete mortes. Outras 996 pessoas aguardam o resultado de exames enviados ao Instituto Adolfo Lutz. Um balanço da Secretaria de Saúde divulgado em 27 de fevereiro apontava 7.594 notificações da doença no Estado desde o início do ano.
O bairro que apresenta maior incidência de dengue é o Pae Cará, localizado no distrito de Vicente de Carvalho. Na tentativa de eliminar o mosquito transmissor da doença, caminhões de nebulização foram enviados à região. O Jardim Enseada também apresenta aumento crescente do número de contaminados, com cem casos confirmados.
Para acelerar o atendimento médico, o município decidiu adotar medida semelhante à da prefeitura de Praia Grande. A partir deste sábado, a população contará com tendas instaladas em frente aos prontos-socorros para a realização de diagnósticos. Além disso, enfermeiros e técnicos de enfermagem contratados emergencialmente começarão a trabalhar no posto médico da estação rodoviária, onde as pessoas chegam a se sentar no chão à espera de atendimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: UOL noticias
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Mudanças no clima deixam SP vulnerável a epidemias de dengue
11.03.2010 - Especialistas destacam a importância de preparar o sistema de saúde para diagnosticar e tratar a doença com eficiência
SÃO PAULO - As mudanças no clima da capital paulista nos últimos anos transformaram a cidade em uma “candidata forte” a ter grandes epidemias de dengue, segundo o diretor do Centro de Referência da Dengue de Campos dos Goytacazes, Luiz José de Souza.
"Acho que São Paulo vai ter epidemias futuras graves, pode não ser neste ano, mas nos próximos, porque em São Paulo houve a mudança de temperatura brusca”.
Segundo Souza, quem conhecia São Paulo no passado, “aquele friozinho, aquela chuvinha fininha”, percebe hoje que a cidade passou a ter calor, tempestades uma atrás da outra, com muitos alagamentos. "Ou seja, tudo o que o mosquito gosta tem na capital”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.
Fonte: Hoje em Dia noticias
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Lembrando...
Dengue se espalha rapidamente nos países tropicais de todo o mundo
13.05.2008 - Em uma recente visita ao Camboja, do lado de fora de um hospital infantil a um quarteirão do meu hotel, eu vi um grande aviso vermelho e branco que alertava sobre uma epidemia severa de dengue hemorrágica. Anos atrás, a doença matou o irmão de 5 anos de nosso guia de turismo.
Meus colegas de viagem e eu conseguimos escapar até mesmo da forma mais branda da infecção viral transmitida por mosquito -nós todos dormimos em um hotel com ar condicionado e todo dia aplicávamos repelente com 30% de DEET em nossa pele exposta. Mas fiquei sabendo que podia ter sido infectada em várias viagens anteriores ao exterior e até mesmo em partes dos Estados Unidos.
A dengue está crescendo rapidamente nas áreas tropicais e subtropicais de todo o mundo nos últimos anos, graças a fatores tanto naturais quanto causados pelo homem.
Entre os países que experimentaram epidemias recentes estão Camboja, Costa Rica, Índia, Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã. No Hemisfério Ocidental, surtos também ocorreram em algumas ilhas do Caribe, Cuba, norte do México, Nicarágua, Panamá, Porto Rico e Venezuela.
Neste ano, a dengue atacou o Rio de Janeiro, infectando mais de 75 mil pessoas no Estado brasileiro, incluindo Diego Hypólito, um ginasta campeão mundial e favorito à medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim deste ano. Mais de 80 pessoas no Rio morreram por causa da dengue.
Apesar da maioria dos norte-americanos que foram diagnosticados com dengue ter se infectado enquanto viajava para países onde a doença é endêmica, incluindo o México, ela também atingiu moradores do Havaí e Texas que nunca deixaram o território americano. E no ano passado uma doença transmitida por mosquito, a febre chikungunya, atingiu mais de 100 moradores de uma aldeia na Itália, Castiglione di Cervia.
A doença não é contagiosa; ela é transmitida de uma pessoa para outra pela picada do mosquito portador do vírus.
Epidemiologistas dizem que o aquecimento global está permitindo que o mosquito tigre-asiático, Aedes albopictus, um vetor tanto da chikungunya quanto da dengue, sobreviva em áreas que antes eram frias para ele. Este mosquito agora prolifera no sul da Europa e até mesmo na França e na Suíça. Basta que um viajante infectado traga o vírus da dengue para casa, onde uma picada de um mosquito tigre-asiático local possa transmiti-lo para outros.
O principal vetor da dengue é o Aedes aegypti, um mosquito que pica durante o dia e que é particularmente ativo durante o amanhecer e o entardecer. (Diferente do mosquito Anopheles, que transmite a malária, ele não é ativo à noite.)
Apesar da dengue não ser uma ameaça tão grave quanto a malária, que aflige até 500 milhões de pessoas e mata 1 milhão a cada ano, ambas as doenças aumentaram desde que o DDT, o pesticida que controlava os mosquitos de forma mais eficaz e barata do que qualquer outro, passou a ser repudiado nos anos 60. A urbanização descontrolada e o crescimento populacional que a acompanhou, juntamente com sistemas de gestão de águas inadequados, também tiveram um papel na disseminação da dengue.
A dengue é causada por qualquer uma das quatro variantes de um flavivirus, DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Outros flavivirus causam a febre do Nilo Ocidental, febre amarela e a encefalite japonesa. Apesar da infecção por uma das variantes da dengue conferir imunidade por toda a vida a ela, a pessoa ainda pode ser infectada por qualquer uma das outras três.
A evidência indica fortemente que é a segunda infecção (apesar de não a terceira e a quarta) que pode levar à forma mais séria, a dengue hemorrágica, na qual há rompimento de vasos capilares. Se não tratada rapidamente, a forma hemorrágica pode resultar na perda de um volume fatal de sangue, choque e morte.
Não há vacina para dengue e dificilmente alguma surgirá tão cedo. Em 2003, a Fundação Bill e Melinda Gates dedicou US$ 55 milhões ao longo de seis anos para estimular o desenvolvimento de uma vacina para dengue e impedir sua proliferação global. Testes de vacinas estão em andamento em várias áreas tropicais, mas espera-se que a aprovação de uma vacina eficaz ainda demore cerca de uma década.
A picada de um mosquito infectado é seguida por um período de incubação de 3 a 14 dias, mais normalmente de 4 a 7 dias, antes de surgirem os sintomas.
Muitas pessoas experimentam apenas sintomas brandos como de gripe, ou nenhum. Em outras, os sintomas característicos da dengue são ataques repentinos de febre alta, dor de cabeça severa na testa e dores excruciantes nas juntas e músculos.
A febre geralmente cede em três a cinco dias, mas em 1% dos pacientes a doença progride para a forma hemorrágica. Mesmo se a primeira infecção causar pouco ou nenhum sintoma, uma segunda infecção pode aumentar o risco da forma hemorrágica.
Como nenhuma das drogas antivirais conhecidas é eficaz, o tratamento é sintomático. Paracetamol é dado para reduzir a febre e a dor. Mas drogas como a aspirina, incluindo o ibuprofeno, devem ser evitadas porque podem causar sangramento e piorar ainda mais as coisas. Assim como outras doenças virais, as crianças com dengue que tomam aspirina podem desenvolver síndrome de Reye.
Os pacientes devem descansar e tomar muito líquido. Na maioria dos casos, os sintomas passam em uma semana ou duas. A doença provavelmente progrediu para sua forma mais perigosa quando a febre é seguida por baixa temperatura do corpo, dor abdominal severa, vômitos prolongados e estados mentais como confusão, irritabilidade e letargia. Hospitalização imediata e tratamento com fluidos intravenosos são então essenciais. A recuperação ao estado normal pode levar meses.
Com base nos estudos das forças armadas e de grupos de ajuda humanitária, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) estima que o risco para aqueles que visitam uma área de dengue endêmica é de um doente para cada 1.000 viajantes. Isto provavelmente é uma estimativa exagerada para os viajantes comuns, já que a maioria deles permanece apenas poucos dias em hotéis com ar condicionado e em propriedades bem cuidadas.
Apesar de muitas viagens ao Brasil terem sido canceladas neste ano durante a epidemia no Rio, os viajantes não precisam evitar as áreas de dengue endêmica se estiverem dispostos a tomar as precauções para evitar picadas de mosquito.
Os CDC recomendam permanecer em áreas com telas ou ar condicionado sempre que possível (uma opção não realista para excursionistas e viajantes aventureiros como eu); vestir roupa que cubra todo o corpo, incluindo mangas longas e calças com punhos e bainhas fechadas; e cobrir a pele exposta com repelente de inseto contendo DEET em concentração de 20% ou 30%, aplicado três vezes ao dia. Apesar de nem eu e nem meus colegas de viagem termos tolerado roupa que cobrisse todo o corpo durante os dias úmidos e de mais de 30ºC do Camboja, nós todos nos cobríamos diariamente de repelente.
Em lugares bastante ensolarados o filtro solar deve ser aplicado primeiro, seguido pelo repelente. Também ajuda borrifar a roupa com repelente.
Como o mosquito procria em pequenas quantidades de água limpa, eliminar água parada em lugares como vasos de flores e pneus velhos pode reduzir a exposição ao transmissor da dengue.
Fonte: UOL notícias
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Diz na Sagrada Escritura:
"Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu". (Lc 21,11)