Cristãos no Iraque são assassinados como ovelhas, denuncia Patriarca


01.03.2010 -

O Patriarca Sírio (católico) da Antioquia Ignatius Joseph III Younan, declarou sua preocupação pela violência contra os cristãos e denunciou que no Iraque os estão assassinando "como ovelhas" e se referiu à sua missiva enviada ao Primeiro ministro na que pede que se proteja a esta comunidade minoritária.

"Ponham fim às operações criminais contra cristãos em Mosul, ou dêem-lhes meios ou protejam-nos para que possam defender-se", urgiu o Patriarca em entrevista com a agência italiana SIR. Os cristãos "são assassinados como ovelhas, e isto já não é passível", continuou.

"Não quero incitar ao aumento de armas no mais mínimo. Os cristãos são gente pacífica sem armas nem tropas; entretanto, quero que se defenda e proteja a comunidade cristã", disse.

O Patriarca pediu em suas cartas ao governo local e nacional que tome medidas sobre o aplainamento às casas dos cristãos por parte dos extremistas muçulmanos que só procuram agredi-los. "Como cristãos nos é pedido ter esperança e procurar a paz, mas devemos denunciar a injustiça. Se quiserem que os cristãos deixem Mosul, que nos digam isso", clamou.

"Em minha carta ao Primeiro ministro, pedi que se estabelecesse uma comissão investigadora para pôr um fim a este massacre", afirmou o Patriarca. "Todos os grupos políticos prometeram comprometer-se a encontrar os assassinos e a acautelar futuros atos de violência", continuou.

O Patriarca não acredita que a razão detrás do massacre seja política. "Os cristãos não possuem oleodutos, não têm tropas e nunca ameaçaram a ninguém, além disso não têm uma significativa influência política".

"Pedimos à Europa que defenda os direitos humanos e que não deixe passar por cima este intolerável massacre de pessoas inocentes, que ademais estão desarmadas", finalizou.

Fonte: ACI

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Lembrando...

Bispos do Iraque pedem ao governo que detenha a matança de cristãos

24.02.2010 - Diversos bispos do Iraque denunciaram em uma recente mensagem a contínua onda de violência islâmica contra os cristãos neste país, que cobrou a vida de cinco pessoas na última semana. Os prelados exigem ao governo que tomem ações concretas para deter esta matança.

Em entrevista concedida à agência vaticana Fides, o Arcebispo Siro-Católico de Mosul, Dom Georges Casmoussa, assinalou que "as autoridades devem assumir plenamente a responsabilidade de proteger a presença cristã em Mosul. É necessária uma intervenção internacional que obrigue o governo central e o local a atuarem imediatamente".

Há dois dias, a quinta e mais recente vítima em uma semana foi um cristão ortodoxo de 57 anos, quem havia sido raptado na semana anterior.

É por isso que os Bispos de Mosul e alguns líderes cristãos escreveram e entregaram ao governo local uma exortação para deter esta matança. Dom Casmoussa ilustrou à Agência Fides os disputados de dita mensagem assinada por Dom Gregorios Saliba, Arcebispo Siro-ortodoxo, por Dom Nona Emile, Arcebispo Caldeu-católico de Mosul, e por ele mesmo.

A mensagem denuncia a violência contra "nossos filhos cristãos na cidade de Mosul", com o assassinato de pessoas pacíficas e inocentes, evidenciado "um plano premeditado para pressionar às Iglesias cristãs, para poder levar adiante certa agenda". Todos os esforços dos líderes religiosos da cidade, cristãos e muçulmanos, não puderam parar a violência contra os fiéis de Cristo, afirma o texto: "estes contínuos atos nos levam a pensar que não somos desejados nesta cidade, que é nossa pátria".

Os Bispos recordam que "os cristãos participaram diretamente e com grande eficácia na edificação da civilização em Mosul", na cidade e em toda a região, oferecendo um fecundo aporte à arte, à cultura, ao pensamento e à criatividade, além da economia e a sociedade. Os cristãos são reconhecidos por todos como "elementos pacíficos e construtivos da sociedade".

Diante disto os bispos questionam: "É desta maneira que somos recompensados? Com a expulsão de nossa cidade, com a marginalização da vida pública, sendo expulsos de nossa terra? O Estado permanecerá indiferente?".

Os bispos solicitam ao governo de Mosul e ao governo central em Bagdá que "assumam plenamente sua responsabilidade de trabalhar pela segurança dos cidadãos, especialmente pelos fiéis das minorias cristãs, que são os mais vulneráveis e os mais pacíficos entre os pacíficos."

A mensagem conclui: "exigimos que os homens do governo dêem prioridade ao respeito da lei e do estado, tutelem a segurança e a confiança dos cidadãos". "Pedimos aos governantes que não desperdicem suas forças lutando entre eles pelo poder e a hegemonia", senão que "persigam as ações criminais para que sejam levados ante a justiça os executores e os mandantes" da violência.

Fonte: ACI

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Lembrando...

Iraque virou uma praça de morte anti-cristiã, alerta sacerdote

14.10.2008 - O Pe. Philip Najim, Procurador do Patriarcado de Babilônia dos Caldeus, alertou que com a violenta perseguição anti-cristã que os fundamentalistas islâmicos realizam no Iraque, este país se converteu "em uma praça de morte, um país aonde se industrializa e se programa a morte com danos de pessoas indefesas".

Em uma entrevista concedida a L'Osservatore Romano realizada por Francesco Recupero, o sacerdote iraquiano explicou que com esta onda de violência quem paga as conseqüências "são sobre tudo as comunidades cristãs de Mosul que nos últimos dias sofreram a perseguição. Só na jornada de domingo, mil pessoas deveram abandonar suas casas porque tinham sido ameaçadas por grupos terroristas sem escrúpulos".

Depois de precisar que "não se pode sair adiante deste modo", Dom Najim advertiu que em relação a estes fatos "há muito silêncio a respeito. Um silêncio que parece aproximar-se da destruição da esperança do povo iraquiano que busca a paz e a fraternidade".

Logo depois de detalhar o trabalho da ajuda da Igreja para estas pessoas, como lhes oferecer refúgio em monastérios e conventos, o sacerdote descreveu como grupos armados muçulmanos fizeram explorar três casas de cristãos e como a cidade de Mosul "é agora presa de forças escuras, de bandas criminais que querem a toda costa postergar e bloquear o processo de paz que os iraquianos querem alcançar".

Dom Najim comentou logo que depois do brutal assassinato do Arcebispo doeMosul, Dom Rahho, "certamente em Mosul a situação piorou, há um escuro interesse por eliminar aos cristãos desta cidade. Esta é uma política negra, que não favorece ao homem, não é uma política que procure melhorar a situação e levar a democracia ao país. Não se pode criar a paz quando não se respeita a vida humana que é um direito natural e sobre tudo um dom de Deus".

Seguidamente denunciou que o Governo "não faz nada" para pôr fim à violência e que "com muita freqüência se registram episódios de violência e o governo não o impede". O mesmo acontece com a comunidade internacional, assinala.

"Há um silêncio ensurdecedor por parte de muitos países e isto preocupa. Também as forças de ocupação do Iraque contribuem a desestabilizar o país, porque não conseguem garantir a paz. Ninguém se preocupa por nós nem do Iraque. Graças a esta entrevista queria chamar a atenção de todos para que intervenham e possam pôr fim à violência e respeitar a vida" de todos, insistiu o presbítero.

Finalmente o Pe. Najim descreveu que uns milhares de iraquianos vivem fora do país em situações complicadas, às vezes na clandestinidade. Na Europa, onde há 80 mil, disse, "estamos procurando graças à ajuda da Comissão dos Episcopados da Comunidade Européia, criar um programa de acolhida e integração porque estas são pessoas que perderam sua dignidade".

Fonte: ACI

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim antes que a vós". (Jo 15,18)

"Então sereis entregues aos tormentos, matar-vos-ão e sereis por minha causa objeto de ódio para todas as nações". (Mt 24,9)

"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada?" (Rm 8,35)

"Pois todos os que quiserem viver piedosamente, em Jesus Cristo, terão de sofrer a perseguição". (2Tm 3,12)

"Somos perseguidos, mas não ficamos desamparados. Somos abatidos, mas não somos destruídos". (2Cor 4,9)


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