27.02.2010 - Dois famosos líderes neonazistas compraram um palácio do século 18 caindo aos pedaços num vilarejo do leste da Alemanha. Os moradores locais parecem não se importar com a perspectiva de ter vizinhos de extrema direita, mas as autoridades regionais temem que a propriedade se transforme num centro de treinamento neonazista.
O palácio de Trebnitz, uma mansão com aspecto austero do início do século 18, já teve melhores dias. A hera cresce em sua fachada de pedra cinza, muitas de suas janelas estão quebradas e a escada de pedra da entrada principal está se despedaçando.
Manifestantes neonazistas em passeata de protesto contra exposição que acusa o Exército alemão de participar das atrocidades praticadas pelos nazistas durante a 2º Guerra Mundial
A antiga morada da família aristocrata Rauchhaupt estava vazia no vilarejo de Trebnitz, a cerca de 30 quilômetros a sudoeste da cidade de Leipzig, no leste da Alemanha. Houve um tempo em que ela funcionou como asilo. Em breve, pode ser que jovens neonazistas se mudem para lá, depois que dois líderes do movimento de extrema direita da Alemanha compraram a propriedade por apenas 80 mil euros (R$ 198,3 mil) num leilão há alguns dias.
Os novos donos são Thomas Wulff e Axel Schunk. Wulff foi condenado várias vezes por incitar o ódio racial e ostentar símbolos nazistas proibidos. Ele se autodenomina “Steiner” em homenagem a um ex-funcionário da temível unidade Waffen SS de Hitler, e é membro da executiva do Partido Nacional Democrata de extrema-direita. Ele era amigo íntimo de Jürgen Rieger, o famoso neonazista que morreu no ano passado.
A antiga morada da família aristocrata Rauchhaupt estava vazia no vilarejo de Trebnitz, a cerca de 30 quilômetros a sudoeste da cidade de Leipzig, no leste da Alemanha. Houve um tempo em que ela funcionou como asilo. Em breve, pode ser que jovens neonazistas se mudem para lá, depois que dois líderes do movimento de extrema direita da Alemanha compraram a propriedade por apenas 80 mil euros (R$ 198,3 mil) num leilão há alguns dias.
Os novos donos são Thomas Wulff e Axel Schunk. Wulff foi condenado várias vezes por incitar o ódio racial e ostentar símbolos nazistas proibidos. Ele se autodenomina “Steiner” em homenagem a um ex-funcionário da temível unidade Waffen SS de Hitler, e é membro da executiva do Partido Nacional Democrata de extrema-direita. Ele era amigo íntimo de Jürgen Rieger, o famoso neonazista que morreu no ano passado.
Schunk foi um dos líderes da organização jovem de extrema-direita “Wiking”, que foi banida. Questionados pela Spiegel Online sobre o que eles planejam fazer com a propriedade, ambos recusaram-se a comentar.
Universidade nazista?
Há rumores de que Wulff e Schunk planejam usar o Palácio de Trebnitz como uma espécie de centro de treinamento neonazista. As autoridades e os partidos políticos locais estão preocupados. O ministro de interior do Estado da Saxônia-Anhalt suspeita que eles queiram transformar Trebnitz num local de “importância nacional para os extremistas de direita”, inclusive por causa de sua localização próxima da rodovia A14. A região parece ser um ponto de concentração de neonazistas. A organização jovem do PND “Junge Nationale” mudou recentemente sua sede para a cidade vizinha de Bernburg, e alguns líderes extremistas do leste da Alemanha moram na área.
Os neonazistas tentaram comprar propriedades em outras cidades de todo o país nos últimos anos, mas suas tentativas foram em geral frustradas pela resistência local.
Os moradores de Trebnitz, entretanto, não parecem muito preocupados com seus novos vizinhos. Muitas se recusaram a falar com os jornalistas. Um homem que caminhava com sua filha pequena pela rua afirmou que extremistas de direita já foram donos do palácio.
Burocracia e vigilância das autoridades podem acabar com os planos
Steffen Hupka, um neonazista da região, quis transformar o palácio num centro de extrema-direita em 2001 e tentou fazer amizade com os moradores locais oferecendo uma grande festa. Mas o plano não deu em nada e o palácio ficou abandonado nos últimos anos. Os moradores acreditam que serão necessárias centenas de milhares de euros para tornar o local habitável.
Mesmo que os novos donos tenham dinheiro, Wulff e Schunk terão de enfrentar alguns obstáculos administrativos antes que possam concretizar seus planos, quaisquer que sejam. O palácio é um monumento tombado, e eles terão que apresentar um projeto detalhado para seu uso se quiserem ter esperanças de conseguir uma permissão para reformá-lo. Isso pode levar muito tempo na Alemanha, principalmente se houver antipatia em relação aos donos. O Ministério de Interior e o serviço interno de inteligência da Alemanha prometeram ficar de olhos abertos em relação a quem entra e sai do palácio.
Fonte: UOL noticias
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Lembrando...
Neonazistas argentinos organizam um show de rock em homenagem a Hitler
21.04.2008 - Duas organizações neonazistas argentinas organizaram um show clandestino de rock and roll em homenagem ao aniversário de Adolf Hitler. Os convites foram distribuídos através da internet, causando preocupação no governo.
"Vamos desfrutar de nossa própria música, com camaradagem, cervejas e, principalmente, comemorando o aniversário de Adolfo Hitler", é o que afirma o site neonazista 'La revuelta va', que mantém o local do show em segredo. O tirano nazista, responsável pela morte de mais de seis milhões de pessoas, nasceu no dia 20 de abril.
O concerto foi organizado pelos grupos clandestinos Legião Pretoriana e D.O.S, que habitualmente convocam atos públicos em defesa do período da ditadura (1976-1983) onde desapareceram cerca de 30 mil pessoas.
"Estamos investigando a questão e já sabemos onde aconteceu e quanto custou as entradas", informou o ministro da Justiça, Aníbal Fernández, destacando que o mais preocupante é o "que implica o pensamento dessa gente".
O site neonazista proclama que "o fascismo é liberdade".
A Argentina foi um dos países sul-americanos escolhidos como refúgio para centenas centenas de nazistas acusados de genocídio depois da queda do Terceiro Reich na Alemanha e a derrota do nazismo na 2ª Segunda Guerra Mundial.
Fonte: Último Segundo
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Lembrando...
Papa diz que sua adolescência foi arruinada pelo nazismo
20.04.2008 - O papa Bento XVI disse hoje, no festivo e espontâneo encontro com cerca de 20 mil jovens no seminário de St. Joseph, em Nova York, que sua adolescência foi "arruinada por um regime funesto", em referência ao nazismo.
Bento XVI afirmou hoje aos jovens que seus anos de adolescência foram arruinados por "um regime funesto, que pensava que tinha todas as respostas".
O Papa tinha naquela época 17 anos, e nos últimos meses da Segunda Guerra Mundial foi chamado para os serviços auxiliares antiaéreos do Exército alemão.
Bento XVI disse aos jovens que agora muitos deles podem aproveitar a liberdade que surgiu graças à expansão da democracia e do respeito aos direitos humanos.
No entanto, advertiu, que "o poder destruidor permanece. Dizer o contrário será enganar a si mesmo", mas acrescentou que "este jamais triunfará".
A cerimônia, que aconteceu na esplanada diante do Seminário de St. Joseph, esteve caracterizada pela espontaneidade e entusiasmo dos jovens, que não deixaram de cantar e de gritar "viva ao Papa" durante todo o ato.
O entusiasmo dos jovens contagiou o Papa, que chegou a quebrar o protocolo desse tipo de cerimônia para se levantar e beijar cada um dos jovens que discursaram.
Os jovens ofereceram ao Papa vários tipos de pão, milho, arroz, símbolos da "riqueza das culturas e tradições" representadas nos Estados Unidos.
Bento XVI também falou dos problemas da juventude, "como o abuso das drogas, a falta de casa e a pobreza, o racismo e a violência, e a degradação que sofrem, principalmente, muitas mulheres".
Afirmou que todos esses problemas são produto de "uma atitude mental envenenada, que se manifesta em tratar as pessoas como meros objetos". Além disso, advertiu que o mundo suporta o peso "da avidez consumista e da exploração irresponsável", e os convidou a "rejeitar qualquer tentação de ostentação ou de vaidade, e a viver com caridade, castidade e humildade".
A cerimônia foi concluída com a Ave Maria de Franz Schubert, interpretada pela cantora americana Kelly Clarkson, 25 anos.
Fonte; Terra notícias