22.02.2010 - A mudança climática está acabando com as plataformas flutuantes de gelo em torno da Península Antártica, permitindo que os cientistas prevejam o que poderia acontecer se outras plataformas de gelo do continente desaparecerem, disse na segunda-feira o Departamento de Pesquisas Geológicas dos EUA (USGS).
O gelo já apresentou tamanho recuo que a ilha Charcot, durante muito tempo conectada à península por uma ponte de gelo, voltou a ficar realmente ilhada no ano passado, segundo uma cientista do USGS.
"Esta é a primeira vez desde que as pessoas vêm observando a área, desde o século 19, que essa plataforma de gelo não une a ilha Charcot à península", afirmou a cientista Jane Ferrigno por telefone.
A Península Antártica é uma protuberância do continente circular na direção da América do Sul, e é mais quente do que o restante da Antártida.
O USGS foi o primeiro instituto a provar que todas as frentes de gelo na parte sul da península recuaram no período de 1947 a 2009, sendo que as mudanças mais dramáticas se deram desde 1990.
Um estudo do fenômeno pelo USGS, em colaboração com o Departamento Britânico de Pesquisas Antárticas e com assistência do Instituto Scott de Pesquisas Polares e do Instituto Federal de Cartografia e Geodésia da Alemanha, foi publicado em fevereiro no endereço http://pubs.usgs.gov/imap/i-2600-c/; uma nota à imprensa foi divulgada na segunda-feira.
As plataformas de gelo funcionam como represas que impedem as geleiras continentais de fluírem desimpedidas para o mar. Se todo o gelo sobre a terra antártica derreter, os cientistas estimam que o nível global do mar subiria de 65 a 73 metros, segundo o estudo. Se apenas o gelo da Antártida Ocidental derreter, a elevação dos mares seria de cerca de 6 metros, já suficiente para ameaçar localidades litorâneas e ilhas baixas.
Segundo Ferrigno, o gelo que está sobre a Península Antártica não é suficiente para elevar perceptivelmente o nível do mar. Mas o desaparecimento dramático das plataformas de gelo poderia dar uma pista sobre o que acontecerá se as geleiras puderem escorrer para o mar. De acordo com Ferrigno, a capa de gelo da Antártida contém 91 por cento do gelo de geleiras da Terra.
Ao contrário do que acontece no continente antártico, o gelo que cobre grande parte do oceano Ártico não contribuiria com a elevação do nível dos mares se derretesse, da mesma forma que o derretimento de um cubo de gelo num copo d''água não faz o copo transbordar.
Tanto o Ártico quanto a Antártida, no entanto, têm grande impacto sobre o clima em partes temperadas do planeta.
Fonte: Terra noticias
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Degelo na Antártida inundaria Washington e Nova York, diz estudo
06.02.2009 - O aquecimento global pode derreter o manto de gelo da região ocidental da Antártida que seria capaz de causar grandes inundações em cidades como Washington e Nova York e na costa da Califórnia, informa um estudo publicado na revista científica Science. Os efeitos aumentariam o nível do mar entre seis e sete metros, atingindo também as nações do oceano Índico, além da costa da América do Norte, avaliou o artigo. As informações são do Terra Espanha.
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram cálculos para converter o volume total da placa de gelo em água, supondo que a distribuição fosse igual em todo o planeta. Segundo os cientistas, a estimativa é "muito simplificada" e não leva em conta outros efeitos fundamentais que influenciariam na elevação do nível do mar.
Em primeiro lugar, quando o manto de gelo se derrete, perde a força gravitacional no oceano e provoca o espalhamento da água. "Se o gelo da Antártida Ocidental se fundir, reduzirá o nível do mar nos arredores do continente antártico, aumentando muito mais a quantidade estimada no hemisfério norte", explicou o artigo.
O desaparecimento total da camada de gelo também resultaria na mudança do eixo de rotação da Terra de 500 m em relação à posição atual. De acordo com o estudo, a variação produziria um movimento dos oceanos Atlântico e Pacífico desde o sul até o norte, levando uma grande quantidade de água a afetar a América do Norte e o oceano Índico, principalmente Washington, Nova York e a costa da Califórnia.
"O trabalho demonstra que a elevação do nível do mar registrada em muitas zonas costeiras povoadas seria muito maior que uma simples distribuição estimada de degelo uniforme", completou o artigo.
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
Depois de 3.000 anos, geleira do Ártico se separa de ilha canadense
01.01.2007 - Uma geleira de 65 metros quadrados que se sobressaiu do Oceano Ártico por 3,000 anos da costa norte do Canadá se partiu abruptamente no verão de 2005, aparentemente solto por temperaturas severamente quentes, ventos e ondas, cientistas disseram sexta-feira.
A geleira Ayles, como a antiga placa grossa de 30m era chamada, foi levada por um golfo pela costa norte da Ilha Ellesmere quando a geleira que pressionava a costa lá, mesmo no verão, foi substituída pelo mar aberto devido ao aquecimento da temperatura, disseram os cientistas.
A mudança foi primeiramente anunciada por Laurie Weir do Serviço Canadense de Gelo, quando ela examinou imagens de satélite tiradas de Ellesmere e ao redor depois de 13 de agosto de 2005. Em menos de uma hora por volta do meio dia desse dia, uma larga fenda se abriu e foi a caminho do mar.
A geleira é uma das poucas restantes de uma ampla expansão de geleiras flutuantes que antes se projetavam pela costa de Ellesmere, algo parecido com a aba do chapéu.
Tais geleiras são muito mais grossas e velhas do que as capas de gelo que andam pelo Oceano Ártico. Elas consistem em massas de gelo flutuantes variando de 90cm á 2m de espessura que cresceram em poucos anos.
O gelo do mar Ártico experimentou agudos recuos no verão por várias décadas, acrescentando como uma evidência de aquecimento significante próximo ao Pólo Norte. (Nem geleiras derretendo ou mar de gelo contribuem para o aumento do nível do mar porque eles já estão no mar, como cubos de gelo em uma bebida).
Aproximadamente 90% de 6,280 metros quadrados de geleiras que existiam em 1906 quando o explorador do Ártico Robert Peary pesquisou a região, de acordo com Luke Copland, o diretor do laboratório da Universidade de Ottawa para pesquisas.
Em um evento resumindo o evento, mas ainda não publicado, Copland e outros pesquisadores disseram que a transformação da geleira Ayles de uma geleira para uma ilha de gelo flutuante parece ser o resultado de um aquecimento estranho em 2005 no topo de uma tendência de aquecimento de longo prazo.
Fonte: New York Times
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Diz na Sagrada Escritura:
"Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações pelo bramido do mar e das ondas". (Lc 21,25)