Incêndios afetam todos os municípios de Roraima


19.02.2010 - Roraima tem 332 focos de incêndio; todos os municípios foram afetados pela ação do fogo.

Em razão do clima seco e do hábito de produtores rurais de provocar queimadas para limpar a terra, Roraima enfrenta a pior onda de incêndios desde 2003. O último balanço feito pelo Corpo de Bombeiros, que atua no combate ao fogo em parceria com órgãos estaduais e federais, apontou 332 focos de incêndio no Estado.

Todos os 15 municípios de Roraima foram afetados pela ação do fogo: em cinco deles foi decretado estado de calamidade pública - Iracema, Mucajaí, Pacaraima, Alto Alegre e Amajarí; nos 10 restantes, os prefeitos decretaram situação de emergência por conta dos incêndios, que se acentuaram a partir do início de fevereiro.

Diferente do que ocorre nas regiões Sul e Sudeste, que entre dezembro e março costumam ser atingidas por chuvas, em Roraima, cuja maior parte do território está no hemisfério norte, este período é caracterizado por longas estiagens. A época de chuvas só começa no final de abril e termina em meados de julho.

“A estiagem começa em meados de janeiro e atinge o auge em fevereiro. Levamos aos agricultores alternativas ao uso do fogo. Fizemos uma campanha para que os produtores só utilizassem a técnica das queimadas para limpar o solo na época de chuvas (a partir de abril), mas muitos colocaram fogo mesmo na época de seca”, afirma Elmo Monteiro, coordenador do Centro Nacional de Prevenção e Combate os Incêndios Florestais (Prevfogo), órgão vinculado ao Ibama.

A área mais afetada corresponde ao conjunto de municípios batizado de “Arco do Fogo”, formado por Cantá, Iracema, Mucajaí, Alto Alegre, Amajari e Pacaraima, região onde se concentra a maior parte dos assentamentos rurais. Todos fazem divisa territorial com a capital Boa Vista e estão numa área caracterizada pela floresta de transição entre a mata de cerrado (conhecido em Roraima como lavrado), que ocupa o leste e parte do nordeste do Estado, e a floresta Amazônica, típica das porções noroeste, oeste e sul de Roraima.

Iracema atualmente é o município mais afetado, com 129 focos de incêndio, seguido por Mucajaí (51 focos), Amajari (25) e Alto Alegre (16). Nestes locais, a maior parte dos focos está na beira da reserva Ianomâmi, a maior do Estado. Há também uma concentração de incêndios entre os municípios de Rorainópolis, São Luiz e São João da Baliza, e pequenos focos de fogo nas reservas indígenas Raposa/Serra do Sol e São Marcos.

Embora não haja um número oficial, a estimativa é que entre 50 mil e 100 mil hectares de terra já tenham sido atingidos pelo fogo. “Aproximadamente 90% da área queimada está em regiões que já sofreram a ação do homem, como em áreas de desmatamento. Os 10% restantes estão em áreas de floresta fechada”, estima o coronel do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro Wanius de Amorim, que trabalha no gabinete do ministro Carlos Minc e coordena as ações de combate ao fogo em Roraima.

Combate aos incêndios
Nos últimos anos, Roraima teve dois grandes incêndios. O pior deles, ocorrido em 2008, devastou uma área equivalente a um quarto do Estado. Já em 2003, o fogo atingiu 10% de Roraima, inclusive causando estragos nas reservas indígenas Ianomâmi e São Marcos e em unidades de conservação.

Para evitar que as tragédias recentes se repitam em 2010, foi montado, no início deste mês, em Boa Vista, um centro integrado de combate aos incêndios, formado pelo Corpo de Bombeiros de Roraima, Defesa Civil Estadual, Fundação Estadual do Meio Ambiente, Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e Instituto Chico Mendes, além de órgãos municipais.

Integram o grupo 300 bombeiros de Roraima, 77 brigadistas do Instituto Chico Mendes (ligado ao MMA) e 25 brigadistas do Prevfogo. Hoje (19), desembarcam em Boa Vista 35 bombeiros da Força Nacional de Segurança e 40 bombeiros do Distrito Federal, além de equipamentos enviados do Rio de Janeiro.

Ainda no combate aos incêndios estão sendo utilizados um avião do Corpo de Bombeiros do DF, dois helicópteros com reservatórios de água do Ibama e dois aviões-tanque do Instituto Chico Mendes. As equipem atuam também em bases avançadas, situadas nos pontos críticos, e no monitoramento aéreo diário para fiscalizar incendiários e localizar novos focos.

Não há registros de desabrigados ou desalojados por conta dos incêndios, tampouco de imóveis e benfeitorias destruídos. Segundo Paulo Sérgio Santos, comandante do Corpo de Bombeiros e coordenador estadual da operação Roraima Verde, o prejuízo maior foi causado na pecuária e na agricultura, sobretudo em razão da falta de água.

“Até o fim de janeiro nosso trabalho se focou em construir bebedouros e poços artesianos e utilizar carros-pipa para levar água para o consumo humano e animal. A partir de fevereiro, com o aumento das queimadas, priorizamos o combate aos incêndios”, diz.

Fonte: UOL noticias

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Lembrando...

ONU prevê seca e falta de água para mais de 1 bilhão

06.04.2007 - Depois de uma semana de reuniões em Bruxelas, os mais de 400 cientistas que participaram da segunda parte de um relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) concluíram que mais de 1 bilhão de pessoas poderão sofrer com a falta de água em um futuro próximo e que as populações mais pobres do mundo serão as mais afetadas pelo aquecimento global.

A principal causa será o derretimento precoce da camada de gelo de grandes cadeias de montanhas, como o Himalaia e os Andes, causado pelo aumento da temperatura na Terra.

Elas funcionam como reservatórios, acumulando água em forma de gelo durante o inverno para liberá-la gradualmente com o derretimento no verão - um processo natural fadado a terminar, pois, segundo os cientistas, o derretimento já começou.

De acordo com eles, até o final do século, 75% do gelo dos Alpes poderão ter desaparecido. Com a aceleração também do derretimento do gelo polar, as regiões costeiras e baixas serão inundadas, obrigando comunidades inteiras a se deslocar.

Biodiversidade
O relatório também prevê que, se a temperatura global subir mais de 1,5º C em relação aos índices de 1990, os ecossistemas regionais mudarão a ponto de levar à extinção de cerca de um terço das espécies de animais e plantas do planeta.

O rendimento dos cultivos agrícolas e da pecuária também será afetado, principalmente na América do Sul, África e Ásia. Isso aumentaria a fome e a ocorrência de doenças nas regiões mais pobres do mundo.

Por outro lado, um aumento limitado a 1º C na temperatura global beneficiaria a agricultura da Nova Zelândia, Rússia e América do Norte.

Segundo os cientistas, o aquecimento global já está mudando o cenário mundial e as sociedades deverão enfrentar grandes dificuldades para se adaptar aos impactos da mudança climática, afirma um relatório da ONU divulgado nesta sexta-feira em Bruxelas.

Tomar medidas para a adaptação das sociedades - como sistemas de proteção contra doenças, cheias ou secas, até então consideradas eficientes - já "não serão suficiente para fazer frente a todos os impactos esperados do aquecimento global", alerta o documento.

Relatório
A segunda parte do relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) analisa as implicações do aumento de temperatura da Terra em diversas áreas, como economia, ecossistema e saúde humana.

O documento é resultado de uma semana de debates entre 400 especialistas sobre 28 mil dados científicos copilados sobre todo o planeta.

O documento está sendo lançado em quatro partes ao longo deste ano. Na primeira parte, divulgada em fevereiro em Paris, os cientistas projetaram um aumento de até 4º C na temperatura da Terra até o fim deste século e culparam o homem pelo aquecimento global.

Em maio, na Tailândia, o IPCC divulgará a terceira parte, que abordará as formas de impedir o aumento da concentração de gases nocivos ao ambiente.

Fonte: Terra notícias

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Profecia de Nossa Senhora de La Salette, aparição na França em 1846, reconhecida pela Igrreja em 1851.

"As estações serão mudadas, a terra não produzirá senão maus frutos, os astros perderão os seus movimentos regulares, a lua não refletirá senão uma luz avermelhada; a água e o fogo causarão ao globo terrestre movimentos convulsivos e horríveis terremotos, que farão tragar montanhas, cidades..."
 


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