04.02.2010 - No verão carioca de 40º, os raios ultravioleta sempre atingem a intensidade máxima. E dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) fazem um alerta aos cariocas: os raios estão mais fortes e perigosos.
A intensidade, no entanto, depende do horário, do local e também da quantidade de nuvens no céu. A incidência é maior por volta do meio-dia e também em superfícies que refletem a luz, como a areia e a água.
A camada de ozônio funciona como um filtro desses raios, assim como as nuvens. Como no Rio o céu raramente está encoberto, o carioca fica mais exposto.
Posição geográfica do Rio prejudica
De acordo com Isimar dos Santos, do departamento de meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a localização geográfica do Rio é mais um fator prejudicial.
“Há um outro aspecto importante: no hemisfério sul o ultravioleta é mais intenso porque nós estamos mais próximos do buraco de ozônio, que é uma realidade dos últimos 20 ou 30 anos. Tem melhorado, mas ainda temos a dificuldade”.
Em 2008, a orla do Rio de Janeiro ganhou o medidor de raios ultravioleta, que indica qual o fator de proteção solar (FPS) mais adequado para usar no momento da medição.
Barraca não protege
Segundo o médico Luís Fernando Correia, comentarista do RJTV, ficar embaixo da barraca não diminui o risco, já que a areia reflete até 60% dos raios.
Ele diz que o fator de proteção mínimo deve ser o de número 15 e o creme precisa ser aplicado de 20 a 30 minutos antes da exposição ao sol. Além disso, o protetor tem que ser reaplicado a cada duas horas ou após entrar na água.
“Ficar bronzeado é uma reação do corpo humano a uma queimadura causada pelo sol. Fica mais bonito, porém é uma reação orgânica a uma queimadura, porque já aconteceu a lesão na pele”, afirmou.
Fonte G1
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Lembrando...
Buraco na camada de ozônio bate recorde de profundidade e tamanho
19.10.2006 - Washington - O buraco na camada de ozônio no hemisfério sul aumentou em superfície e profundidade em níveis recorde, informou hoje a Administração Atmosférica e Oceânica (Noaa) da Nasa.
"De 21 a 30 de setembro, a superfície média do buraco foi a maior observada até agora, de 27,5 milhões de quilômetros quadrados", afirmou Paul Newman, cientista do Centro de Vôos Espaciais da Nasa.
Esta superfície é maior que Canadá, Estados Unidos e o setor norte do México juntos.
Um comunicado da Nasa indicou que, se as condições do clima estratosférico estivessem normais, se podia esperar uma área de 23 milhões de quilômetros quadrados.
A camada de ozônio protege a vida terrestre ao bloquear os raios ultravioleta do Sol e sua redução tem especial importância nesta época do ano, quando começa o verão no hemisfério sul.
"Atualmente temos o maior buraco de ozônio na história", afirmou Craig Long, do Centro de Previsão Ambiental do Noaa.
À medida que os raios do sol se tornam mais verticais durante outubro e novembro, o buraco de ozônio fará com que a passagem da luz ultravioleta nas latitudes austrais aumente.
O instrumento de medição de ozônio do satélite Aura da Nasa determinou que a profundidade da camada de ozônio se reduziu a 85 unidades Dobson em 8 de outubro em uma região do leste da Antártida.
Em julho deste ano, a profundidade calculada da camada era de 300 unidades Dobson, que são uma medição da quantidade de ozônio sobre um ponto fixo na atmosfera.
O que é mais importante, quase todo o ozônio entre 13 e 20 quilômetros sobre a superfície da Terra estava destruído, afirmou um comunicado da Nasa.
"Estes números significam que o ozônio virtualmente desapareceu nesta camada da atmosfera", afirmou David Hofmann, diretor da Divisão de Vigilância Global de Noaa.
"A camada diluída tem uma desusada extensão vertical, por isso parece que o buraco de ozônio baterá recordes em 2006", acrescentou.
O tamanho e a profundidade da camada de ozônio na Antártida são regulados pelas temperaturas na estratosfera.
As temperaturas mais frias que o normal têm como resultado buracos mais extensos e profundos, enquanto que, quando são menos frias, os buracos são menores, segundo o comunicado da Nasa.
Fonte: UOL notícias
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Lembrando...
Índice de radiação que causa câncer de pele é alto no RS
19.01.2007 - O sol quente e o calor preocupam especialistas do Rio Grande do Sul. O nível de radiação solar em Porto Alegre chegou a 18, no ano passado, na escala que avalia a intensidade dos raios ultravioleta B, que causam câncer de pele. O índice seis já é considerado perigoso à saúde.
A Agência Brasil informa que o alerta foi divulgado na quinta-feira (18) pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Física da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. A orientação é para que as pessoas evitem o sol entre as 11h e as 17h.
"Mesmo com protetor, as pessoas devem evitar se expor aos raios solares quando o Índice UV for igual ou superior a 11", disse a especialista em Física das Radiações, Mara Regina Rizzatti. Ela coordenou uma pesquisa, encerrada em dezembro, onde foi constatado que os índices de raios ultravioleta do componente B (UV-B) _o principal causador de câncer de pele_ atingiram níveis extremamente elevados, no final do segundo semestre de 2006.
"Em medições realizadas em Porto Alegre a partir de 2003, o índice mais alto ocorreu no dia 23 de novembro do ano passado, quando alcançou o nível 18", explicou a especialista. "Acima de 11, como foi verificado em vários dias, a situação é classificada de extremo risco pela Organização Mundial da Saúde (OMS)", destacou.
Mara disse que o quadro se agravou devido à deficiência média de ozônio sobre o hemisfério Sul, "a pior dos últimos 10 anos". Segundo ela, a sensação de sol mais forte desde as primeiras horas da manhã "é verdadeira, já que a pele está recebendo todo o impacto dos raios ultravioleta mais danosos para os seres vivos".
Segundo a assessoria da PUC-RS, a equipe de pesquisadores ainda registrou índice 16, no dia 5 de dezembro e outro 15, no dia 21.
Fonte: Globo.com