21.01.2010 - Lemos no Antigo Testamento que, quando os israelitas ofereciam seus sacrifícios, nos que somente se imolavam touros, cordeiros e outros animais, admirava ver a atenção, o silêncio e veneração com que assistiam àquelas solenidades. Mesmo que o número de assistentes fosse imenso e os ministros e sacrificadores chegassem a setecentos, parecia, no entanto, que o templo estava vazio, tanto era o cuidado com que cada um procurava não fazer o menor ruído. Pois bem; se tanta era a veneração com que se celebravam esses sacrifícios que, no fim, não eram mais que uma sombra, uma simples imagem do nosso, com que respeito, com que devoção e silêncio não devemos assistir à celebração da Santa Missa, onde o Cordeiro sem mancha, o Verbo Divino se imola por todos nós?
Santo Ambrósio compreendia muito bem isso. Quando celebrava o Santo Sacrifício, (…) e incluído o Evangelho, se voltava para o povo, e depois de ter exortado os fiéis a um recolhimento profundo, os ordenava que guardassem o mais rigoroso silêncio, e assim conseguiu que não somente pusessem um freio à sua língua, não pronunciado a melhor palavra, mas também, o que é mais admirável, que se abstivessem de tossir e de mover-se com barulho. Essas prescrições eram cumpridas com exatidão, e por isso todos os que assistiam à Santa Missa sentiam-se como apreendidos de um santo temor e profundamente comovidos, de maneira que conseguiam muitos frutos e graças.
São Leonardo de Porto-Maurício
O tesouro escondido na Santa Missa (em espanhol), Capítulo II, §1, 2
Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/