10.01.2010 - Reportagem da revista Época, ediçäo de Janeito 2010.
O que leva pessoas aparentemente normais a adotar em casa, com seus filhos, formas de adestramento recomendadas por um treinador de cachorros? Nas últimas semanas essa pergunta vem sendo feita por veículos como o jornal americano The New York Times e o britânico The Guardian. Por meio de blogs, Twitter e redes sociais, a mídia anglo-saxã detectou uma onda de seguidores do programa de televisão O encantador de cães que dizem ter adotado técnicas de adestramento canino no cotidiano de seus filhos. No Brasil, o programa, apresentado pelo mexicano radicado nos Estados Unidos Cesar Millan, é veiculado no canal Animal Planet e, aparentemente, ainda não teve o mesmo efeito – ao menos por enquanto não se sabe de brasileiros que resolveram tratar seus filhos com a pedagogia pavloviana de esfregar o nariz sobre as poças de urina ou premiar com biscoitos as manifestações de obediência.
Bem, não são ordens como senta, levanta, deita ou dê a patinha que os pais americanos e europeus adeptos da canisterapia estão esbravejando para os filhos. Basicamente, o treinador Millan se apoia em três elementos para a “educação” de um cão: exercício, disciplina e afeto. Para ele, o mais importante é demonstrar quem está no comando. Se o cão não obedece, é porque ele não sabe quem é o chefe da matilha. Se ele é agressivo, a agressividade está diretamente ligada ao excesso de energia de seu dono. Com algum senso de humor, é possível perceber nas ideias de Millan as linhas gerais de um novo freudianismo, capaz de explicar, simultaneamente, a psicologia do animal e de seu cuidador.
A psicoterapeuta de crianças americana Brenna Hicks, autora do blog The Kid Counselor (A Conselheira de Crianças), afirma que adotou as ideias centrais de Millan, mesmo sabendo que um Canis lupus familiaris é muito diferente de um filhote de Homo sapiens. Em seu texto Raising kids: wisdom from the dog whisperer (Educando crianças: sabedoria de um encantador de cães), Brenna conta que, depois de assistir ao programa por causa de seus dois cachorros da raça beagle (Toby e Daisy), conseguiu encontrar aspectos em comum no comportamento de crianças e cachorros. Um deles seria a percepção sentimental. Ela diz que animais e pessoas são capazes de perceber como realmente nos sentimos em relação a eles, “mesmo se não expressarmos verbalmente nossos sentimentos”. Ou seja, se você está bravo, não adianta falar manso porque o cachorro e a criança vão notar. Ela ainda afirma que, tanto no treinamento de cachorros como na educação dos filhos, três princípios são fundamentais: determinação, respeito e segurança.
Para o Encantador de Cães, o essencial é mostrar quem
está no comando. Pais perdidos adoram essa ideia
Assim como Brenna, a educadora inglesa Judy Reith começou a ver o programa por causa de seu cachorro – no caso dela, um terrier chamado Ollie. Agora, Judy usa as mesmas técnicas ensinadas pelo treinador Millan em seus três filhos de 18, 15 e 10 anos, entre elas a imposição de limites. “Os pais querem se tornar amigos dos filhos porque raramente os veem. Mas às vezes é preciso ser impopular e impor regras”, diz Judy. Nem todo mundo, claro, concorda que crianças e cachorros merecem a mesma pedagogia. O psicanalista inglês Aric Sigman, autor do livro The spoilt generation (Geração de mimados), diz que é “ridículo” pensar em educar filhos como cães. Ele até consegue traçar um paralelo entre o modo como alguns mamíferos tratam seus filhotes e a maneira com que as mulheres cuidam de seus bebês – mas as semelhanças terminam aí.
Sigman e outros especialistas suspeitam que os pais perderam tanta autoridade sobre os filhos que ficaram totalmente sem referências sobre seu comportamento – e por isso agarram qualquer tipo de receita, por mais maluca que seja. O psicanalista inglês também aponta outra explicação para a falta de controle desses pais: o desaparecimento da hierarquia familiar. Sem noção de autoridade, as crianças passaram a desrespeitar as mais elementares regras caseiras. É aí que entra o charme eficiente de Cesar Millan. Ao tratar com animais de inteligência inferior – os cachorros –, ele adota procedimentos simples e diretos, que tentam fixar na mente limitada dos cães uma única percepção essencial: quem manda neles. A produtora americana de televisão Jenny Hope diz que adota as lições de Millan tanto para o cachorro da família, Heide, como para seu filho Rowan, de 3 anos. “As crianças adoram limites, assim como os cachorros”, diz ela. É possível que também adorem biscoitos de cachorro, banhos mensais e um cantinho no chão da cozinha para dormir apenas quando tiverem vontade – mas os pais que cederem a essas predileções poderão ter problemas com o Juizado de Menores.
Para os especialistas, o fascínio das famílias por soluções fáceis para seus problemas educacionais é consequência de vários fenômenos: pais que geram tardiamente seus filhos, redução no número de crianças nas famílias, aumento no número de pais que criam seus filhos sozinhos e, finalmente, pai e mãe que trabalham fora e delegam a educação de seus filhos a terceiros, às vezes por tempo integral. Por chegarem cansados do trabalho e por ter pouco tempo de lazer com os filhos, eles sentem-se constrangidos em punir as crianças quando os limites são ultrapassados. Ou então procuram recompensá-las com presentes pelo tempo em que não estiveram com elas. A psicoterapeuta Brenna Hicks diz que esse sistema de recompensas não funciona com as crianças – nem serve para os cães.
Autora do romance I don’t know how she does it (Eu não sei como ela faz), cujo tema é o estresse da maternidade moderna, a escritora americana Allison Pearson tem outra explicação para a dificuldade dos pais com as crianças. “Somos de uma geração em que a obediência era inimiga do amor. Não queríamos que nossos filhos tivessem medo da gente.” Resgatar a autoridade não significa, como muita gente imagina, ser menos doce, sensível ou amoroso em relação à criança. Allison diz que há uma lição a ser aprendida com os adestradores: “Diferentemente de pais modernos, os treinadores de cães não acreditam que a disciplina seja uma coisa ruim”. (fim)
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Retrato daquilo que a educação moderna faz às nossas crianças
07.12.2007 - A criancinha quer um Playstation. A gente dá. Queridinha!... E o pai pensa: - Eu não tinha isso quando pequeno e quero dar aos meus filhos tudo o que não tive. Papai coruja!
A criancinha quer estrangular o gatinho e a gente deixa. Que gracinha!... Depois mais tarde ela vai querer fazer a mesma coisa com os coleguinhas... E com os paizinhos!...
A criancinha, outra, tem uma mãe sem tempo para ela, e um pai menos ainda. Aí eles arrumam um cachorrinho pra criança, que passa a trocar o amor de mãe pelo amor do cão. E o pai que não tem tempo fica feliz quando o filho ama o bicho, não percebendo que muitas vezes ele é um pai lixo. E a mãe o que é? Será que mãe é?
A criancinha berra porque não quer comer sopa e a mãe troca por chocolates. E pensam: - Quando eu era pequeno minha mãe me dava uns tapas... Ou me deixava sem comer! E eu não quero que meu filho sofra o que eu sofri!
A criancinha quer bife e batatas fritas, hamburgers, pizzas, coca cola em litros porque os coleguinhas da turma também comem isso... Depois ela incha feito um balão e os pais precisam procurar o nutricionista e o psicólogo. E fisioterapeuta!
A criancinha desata num berreiro no restaurante, e a mãe faz de conta que criança é assim mesmo, e quem estiver incomodado que se retire. No fim ela baterá os pés na frente dos estranhos, mostrará a língua aos pais, e fará deles uns bonécos. Quando deviam é dar-lhe, na hora, uns petelécos!
Agora a criancinha – filha de pais sem tempo – vai para os infantários e mais tarde para os centros de tempos livres depois da escola (para não andar na rua). E os pais ficam contentes, tão contentes que depois de saírem dos empregos ainda vão para o café conversar com amigos… e esquecem de ir buscar a criancinha, que fica entregue a estranhos até à hora de fechar. Os seus olhos vêem com tristeza, cada coleguinha que sai na companhia de sua mãe.
A criancinha agora começa a não ter mais tempo de ser criança. Começam a exigir dela os cursinhos, as academias, os cursos de línguas, os esportes competitivos. Porque ela tem que ser tudo aquilo que o pai ou a mãe não conseguiram ser na vida. Investimento no futuro dele... e os pais continuam felizes… pensando que estão a fazer muito pelo seu filho, dentro dos conceitos modernos. E fazem da vida de alguns um inferno!
Manter a criancianha exige mais dinheiro. E também agora precisam de trabalhar mais…ou acabam por se encher de dívidas, porque o dinheiro não chega para tantas coisas… E o tempo para passar com a criancinha acaba por ser ainda menor, dividido entre o trabalho e o cansaço. Mas não faz mal! A criancinha tem amiguinhos, ou tem o cachorrinho e passa o tempo com eles… E com os amiguinhos aprende muitas coisas… nem os pais imaginam quantas! E quantas coisas que nunca deveriam ver, nem aprender... Desliga a TV, diz a moderna psicologia! Que satanás não contraria!
A criancinha cresce, mas na Igreja não aparece. Porque o pai também não vai! Mas tem que ter uma religião, porque ser ateu pega mal! Tudo pelo social! Então a levam para a catequese. Na marra! E ali ela dorme de tédio porque em casa a mãe nem lhe ensinou ainda fazer o sinal da cruz. Nunca lhe falou do amor de Jesus! Acaso uma criança a quem se dá tudo, sente que precisa de Deus? Ela sempre odiará a Missa, porque foi dormir já de madrugada, pois ficou no MSN e está cansada. Eis aí o começo de um cristão de fachada. Ou um católico de nada! Filho de pais nada!
A criancinha, noutra família, é mais liberal. E o pai diz: acho que devemos deixar ele crescer para escolher a religião que quer seguir. E a tal criancinha então jamais irá achar a religião correta, porque sempre foi deixada agir tortamente. Nunca poderá encontrar o que não tem, nem colher o que não lhe foi semeado. O máximo que ela encontrará para estacionar é um seita, onde Deus não está. Pobres pais dementes, quantas contas terão de dar a Deus! Certamente!
A criancinha vai no cursinho, mas em troca quer camisas da “adidas” e tênis da “nike”, porque todas as criancinhas devem usar isso hoje – tem que ser o mais caro que há do mercado - senão se envergonham de si mesmas. Mal sabem eles que deste momento em diante elas já estão se envergonhando também dos seus pais. E cada dia irão exigir mais e mais! Pobres pais! Pais? Onde? Me responde!
A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde e a gente deixa, porque ela precisa aprender a selecionar os programas. Ai passam o comando da TV a ela, e ela passa a comandar também os pais. Para evitar algumas brigas, quando a mãe quer ver a novela e a criancinha quer ver outro programa, colocam-lhe a televisão no quarto, porque assim já toda a família fica descansada. (Mas podem estes pais ficar descansados?) A criancinha vai assitir exatamente ao que os pais não aprovam! E assiste até de madrugada, porque já se manda! Daí não quer levantar para ir a escola! E porque não dormiu o suficiente, aprende mal.
Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projeto de homem ou vaga idéia de mulher. Falo ainda em projeto, porque na verdade se trata de uma já planta estragada... Vamos adiante...
A criancinha vai para a escola, e lá briga com os coleguinhas. Então a gente sempre defende ela diante dos outros, e nunca aceita que ela seja culpada. Bem, assim os pais cumprem a primeira regra do criminoso: se queres fazer de teu filho um bandido, dá tudo o que ele quer, nunca acredites que ele é culpado, e bate em quem disser o contrário.
A criancinha cresce a ver todas as suas vontades satisfeitas, e nesta altura já comanda os destinos do lar. É exigente, mandona, preguiçosa, e vive reclamando que nada está bom. E o pai e a mãe baixam a cabeça, porque não querem confusão. O pai, de calção, vai para o jornal e a mãe para a novela da televisão. E a criancinha passa por eles de nariz empinado. Classifica-os de antiquados… ignorantes… quadrados… e coisas assim. Quando não pióres!
Então a criancinha vai ter com os amiguinhos que sabem mais e aconselham melhor, principalmente os mais velhos e mais experientes… Aí começa ela própria a fazer experiências que não conta a ninguém. Mas se ainda anda na catequese, (por hábito, para fazer a vontade à avó ou porque tem lá alguns amigos), também vai a Comunhão, porque “isto não faz mal e ninguém tem nada com a vida dela”. É o que responde se alguém lhe diz que se deve confessar primeiro. E assim começam os sacrilégios.
É então que a criancinha, já mais crescida, e mais ousada, começa a pedir mesada. Aí gente dá mesada mensal, depois semanal, depois diária… E no fim ela está gastando já metade do orçamento doméstico, em bares, bugigangas e quinquilharias. Ou então com tatuagens piercings e outros modismos horrendos e deploráveis. Então pintam a figura do diabo em seu corpo, e o diabo pinta o sete com a alma eles. Tudo normal! Afinal, todo mundo usa... E abusa... E se lambusa!
A criancinha é meninhinha, e desde pequena é bonitinha. Então a mãe corujinha começa por vesti-la com saias bem curtinhas. Desde pequena a menininha é preparada para seduzir, para atrair, e para trair, e não pra ser mulher de honra e devalor, que nada! Que horror! Quem usa saia longa e calça larga é uma mulher quadrada. Menininha moderna tem usar calça apertada, tem que andar de perna arreganhada, tem que mostrar meio seio para a homarada, senão fica titia, e encalhada. E a pobre alma começa a ser manchada! E a mãe corujinha acha que com isso não tem nada! Que mãe de fachada!
A criancinha é menininho, e o pai, gordo e borracho, quer fazer do filho um macho. E macho tem é que fazer macheza, e safadeza, tem que bater nos outros com certeza, e lhe ensinam a jamais ficar por baixo. Nunca ser capacho! E a criancinha vira petulante, ergue o rompante.. Ou então se não consegue dar conta do recado, vira efeminado... E vai sofrer pela vida afora, feito um condenado! Quem é o culpado?
A criancinha já estuda. Como ela é meio preguiçosa, a gente dá presentes e prêmios a ela, para que alcance média escolar. Mais adiante ela exigirá roupa da moda e carrro do ano, enquanto vive de noitadas, festas, bebidas, sexo... e nem por isso passa de ano. E assim vai, anoa a nao! E os pais vão empurrando com a barriga, para ver se ela se ajeita na vida. Puxou ao pai, dizem... Que foi criado no mesmo tipo de escola… Escola? Ou coisa pra criar gente ruim da bola?
A criancinha, entregue aos seus desejos tirânicos, sem referência, sem limites, inicia um processo de independência, independente dos pais. Ai, ai! Suja e não limpa, estraga e não mais arruma, tranca-se no quarto diante do computador e ali espera que lhe coloquem a comida na boca. Comos e fosse um doutor! E mãe aceita isso, que horror! E então a mãe pensa que ele está estudando, e ele está sim... Se deliciando em videos de pornografia, e em papos furados no MSN mania. E assim é todo o dia! E a criancinha aprende a ficar vadia, e vazia!
A criancinha agora está cheia de direitos. Deve estudar para “ser alguém na vida”. E quem estuda não deve trabalhar, isso está no “estatuto da criança”, e cadeia para o pai que dá pequenas tarefas aos filhos, para a mãe que lhe manda arrumar a cama, limpar os tênis... E aí a menina cresce pensando que a escrava da mãe é que lhe deve lavar as calcinhas. E assim também faz a filha da vizinha! E assim todas as amiguinhas! Que ao invez de brincarem de bonequinha, estão aprendendo a beijar e a ficar... Quando deviam é apanhar!
E o menino que se acha um grande diz: a mãe que se dane! Tenho mãe? Mãe só serve pra proibir e reclamar... Só sabe fazer cara zangada… Um saco os meus pais! E volta para junto dos amiguinhos que são mais divertidos. E se divertem juntos aprendendo como serem jovens atrevidos! E pervertidos!
A criancinha chegou ao colégio, e continua sua escalada. Agride os professores e faz pouco caso deles, por qualquer coisa vai à diretoria se queixar dos professores, tumultua a classe, não faz a tarefas diárias e quer ganhar tudo no grito. Como faz em casa! Em casa a mãe pede, grita, mas fica por isso mesmo, porque “este menino não tem jeito”. E a mãe vai lá na escola tirar satisfação do professor, xingar da diretora, porque não quer que ralhem com o seu filho e muito menos que seja castigado, porque pode ficar traumatizado e “não educou seu filho para coisas tais”... Educou? Acho que esta mãe caducou!
A criancinha, menininho, ainda não está completo: Responde a torto e a direito, manda a mãe calar a boca, emburra quando o pai a enfrenta, faz pouco caso dos tios e dos avós e não aceita que a contradigam em nada. Bem, está quase pronto o protótipo do futuro vadio, que vai chegar aos 30 anos, em casa, sem emprego, e sem brio, porque basta gritar alto e ganha tudo. A mãe lhe dá tudo, sem um pio!
A criancinha agora já se acha adulta, e aprende que “ficar” é bom. Bom, ficar com apenas 10 anos, a cada vez menos. E começam a se beijar e se acariciar desde o primeiro dia, é assim que ensina a moderna psicologia: é proibido probir! E quando a professora de psicologia manda os meninos de 5ª Série irem ao banheiro se masturbar, os outros irão achar que é um boa. O pai ficará orgulhoso do filho que “já é homem”, e a mãe irá começar a colocar camisinhas na bolsinha da filhinha, “por causa da AIDS”... Não por causa da futura barriguinha... Que cresceu porque falhou... a camisinha! E é por isso que no Brasil temos aí umas 700 mil criancinhas... já mamãezinhas...
A criancinha, neste estágio chega o tempo de provar de tudo e provar-se. Mesmo entre os mais abonados é comum os que roubam sem precisar, logram os outros, penduram as contas na lanchonete e fogem sem pagar... Bem só falta agora provar as drogas, porque o cigarro já vem de um tempo. E da maconha ao crak é um passo. E dali para a cadeia outro! E sem estardalhaço! E a vida da família se foi para o espaço!
A criancinha então se viciou, porque os pais não foram ver em que companhias más ela andava. Não ligavam nada quando ela saia, nem quando ela voltava de madrugada. Se voltava! E ao pai nem sabia! Então ela começa a ultrapassar a mesada na compra de drogas, bebidas, e começa a roubar coisas de dentro de casa para sustentar o vício. E o Pai pergunta: onde é que eu errei meu Deus? Ou diz assim: Deus, porque tu permites isso comigo? Um não mereço este castigo! Não meu amigo?
A criancinha, finalmente conseguiu se formar na universidade, mesmo que aos trancos e barrancos. Algumas nem o chegam a conseguir e vão moendo anos e dinheiro, enquanto gastam o tempo em faltas às aulas, que substituem por passeatas e noitadas. Aí, quando chega a hora do emprego, ela diz que isso tá difícil, que o mercado não tem vagas. E fica em casa deitada durante o dia, coitada, descansando... Para a próxima noitada. Ou esperando que o emprego caia do Céu? Às vezes lhe arrumam um concurso público, e ela consegue uma mamata de “assessor”... Meu filho está colocado na vida, diz o pai justificado! Mas este menininho, acostumado a tão “boa vida” ficará muito tempo no empreguinho se lhe exigem trabalho e competência, onde é preciso dar duro e conviver com as ambições dos outros?...
Bem, esta é a psicologia da educação, dos educadores que fazem congressos, para estudar como nós pais devemos educar as criancinhas. E lá decidem que o pai que bater numa criança deve ir para a cadeia. Que a mãe que proibe os filhos de ir a todas as festas deve ser enquadrada, e que é mãe quadrada. E a quadrada da mãe achará mesmo que está fora do esquadro! E até sentirá remorsos se algum dia tentou enquadrar o filho. Filho? Ou uma criatura mal acabada? Um nada?
Este é então o quadro que contemplamos pelas nossas ruas, o quadro que as famílias escondem, mais ou menos envergonhadas ou desesperadas, porque afinal, aos 30 anos a criancinha ainda é criancinha, em tudo dependente dos papais, sem futuro à vista, a não ser que enverede pelo futuro da vida criminosa, para conseguir sobreviver quando ficar sem pais que a sustentem.
Esta é a educação que de educação apenas tem o nome, a educação que torna as nossas crianças uns futuros inúteis, e no presente uns pobres órfãos de pais vivos!... E de seus filhos cativos!
Educação que não leva para Deus, é uma educação sem Deus. Educação que não visa transformar as crianças em jovens responsáveis, as meninas em esposas dedicadas e os jovens rapazes em homens de fibra, pais de família, honestos e trabalhadores, é uma educação baseada na doutrina de satanás.
E parabéns aos pais e mães de fé, de fibra, de coragem, que não permitem que seus filhos se tornem nestes moleques irresponsáveis de hoje, e os deixam seguir na escola da Xuxa e da novela Malhação.
Parabéns aos valentes pais, que desde cedo levam os filhos para Deus. Que os ensinam a rezar, e rezam juntos, em família. Estes fazem eco na família de Nazaré, e que nunca será abalada, porque reza unida.
Parabéns aos pais que desde cedo educam seus filhos na moral e nos mandamentos, não se importando com o que os outros digam ou pensem, nem quando se obrigam a dar uns tapinhas corretivos em seus pequenos. Todo jovem deve ser educado no limite e na dureza. Não na rebeldia e na moleza!
Educação mole, é escola de filhos bananas! E sacanas! Pai ausente, mãe que só consente, filhos atrevidos e desobedientes! Pai presente, mãe presente, filhos amorosos, bons e obedientes.
Por Arnaldo & cia
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