06.01.2010 - O Cardeal Miloslav Vlk, que atua como Arcebispo de Praga desde 1991, advertiu em uma entrevista que “se a Europa não mudar a sua atitude em relação às suas próprias raízes, ela será islamizada.”
“A Europa tem negado as suas raízes cristãs das quais teve origem e que pode dar-lhe forças para se defender do perigo de ser conquistada pelos muçulmanos, que, na realidade, já vem acontecendo gradualmente,” disse o prelado. Os muçulmanos “preenchem facilmente o espaço vago criado, uma vez que os europeus esvaziam sistematicamente o conteúdo cristão de suas vidas.”
“Ao final da Idade Média e no início da idade moderna, o Islã deixou de conquistar a Europa com armas. Naquela época os cristãos os venceram”, acrescentou. “Hoje em dia, quando a luta é feita com armas espirituais, de que a Europa carece, ao passo que os muçulmanos estão perfeitamente armados, a queda da Europa está se aproximando.”
Ao denunciar o “ambiente pagão” da Europa e “o estilo de vida ateísta,” o Cardeal Vlk disse que “Nem o mercado livre nem a liberdade sem responsabilidade é forte o bastante para formar a base da sociedade. Nem mesmo a democracia sozinha é a panacéia, exceto se estiver encravada em Deus.”
A imprensa checa especula que o Papa Bento nomeará um sucessor para o cardeal de 77 dentro de poucos dias.
Fonte: Catholic Culture / http://fratresinunum.com
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Lembrando...
Islamismo cresce entre os jovens na periferia de São Paulo
13.04.2008 - São Paulo - "São 15h45. Está na hora da oração da tarde", avisa Honeré Al-Amin Oadq, de 31 anos, interrompendo a entrevista. Ele se levanta, pede licença e vai apressado ao banheiro. Lava as mãos, em seguida a boca, barba e orelha, umedece os cabelos e entra no amplo salão central de uma mesquita em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Ajoelhado, ora por cerca de cinco minutos. O ritual é repetido cinco vezes por dia.
Honeré nasceu pobre, na periferia de Diadema. Na adolescência, entrou para o movimento negro e integrou um grupo de rap até se converter ao Islã. Atualmente, dedica-se a anunciar a fé nas palavras do profeta Maomé no Centro de Divulgação do Islã para a América Latina (CDIAL). "Hoje, não canto mais, mas muitos jovens usam os meios que têm, a sua arte, para divulgar o Islã. Já vi vários entrando em uma mesquita para conhecer o islamismo apenas por ter ouvido falar em um show, uma letra de música."
A conversão de jovens da periferia de São Paulo ainda não tem as mesmas dimensões das observadas nos guetos das grandes cidades dos Estados Unidos ou da França - onde cerca de 1.600 pessoas se convertem à religião por ano. Mas já foi parar até em um informe sobre a liberdade religiosa no Brasil, feito pela Embaixada dos Estados Unidos. "As conversões ao islamismo aumentaram recentemente entre os cidadãos não árabes. Há 52 mesquitas, centros religiosos islâmicos e associações islâmicas", diz o texto.
O islamismo é a religião que mais cresce no mundo atualmente - e no Brasil não é diferente. O problema é quantificar o fenômeno. O Vaticano anunciou na semana retrasada que, pela primeira vez na história, o número de muçulmanos ultrapassou o de católicos no mundo. Islâmicos somam 1,3 bilhão de seguidores ante 1,13 bi de católicos. O crescimento se deve basicamente às taxas de natalidade, mais altas em países islâmicos. No Brasil, há mais de 27 mil seguidores de Alá, segundo o Censo de 2000. Mas líderes religiosos acreditam que o número de fiéis é subestimado no País.
"O dado oficial que temos é o do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas é difícil calcular o número de muçulmanos convertidos, uma vez que a conversão ao Islã é muito pouco formalizada, e as comunidades muçulmanas apresentam, em geral, baixo nível de organização", afirma o xeque Armando Hussein, ex-presidente religioso da Mesquita Brasil, a mais tradicional de São Paulo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo (UOL notícias)