06.01.2010 - Uma série de assaltos tem assustado as comunidades católicas e evangélicas do extremo Sul do Piauí. Desde o mês de outubro uma quadrilha age na região de forma sistemática, criando pânico entre os fiéis. Mais de 5 cidades já foram alvo dos bandidos até agora.

Nossa equipe foi procurada pelo pastor Area Leão, da Igreja Batista de Bom Jesus (632km de Teresina), que relatou o que tem acontecido. “Os assaltantes tem seguido uma linha geográfica e, de acordo com as investigações da Polícia, os modos operantes são os mesmos. Geralmente, eles atuam na madrugada e retiram o miolo da fechadura das portas. Agem de forma muito rápida e não deixam qualquer pista”, disse. O pastor acompanha o trabalho dos policiais e tem visitado outros municípios que foram vitimados pelas ações.

Registros de ações semelhantes já ocorreram em igrejas evagélicas nas de cidades de Colônia e Redenção do Gurguéia, Gilbués, Corrente e nas localidades São Gonçalo e Santa Marta. As igrejas católicas de Parnaguá e Cajazeiras também passaram pela mesma situação.

Segundo o pastor, em Bom Jesus foram levados R$ 7 mil reais em equipamentos. “Há pouco tempo, tínhamos feito um investimento considerável na igreja. Compramos um teclado novo, que custou R$ 3 mil, um baixo, caixas e mesa de som. Tudo foi levado”, conta. O assalto aconteceu no dia 7 de novembro e, desde então, mais cidades foram assaltadas. Da Assembleia de Deus, em Redenção, foram levados mais de R$ 20 mil reais.

A Polícia acredita que os bandidos aproveitam do isolamento das cidades para agirem em cadeia. Arêa Leão aproveita para fazer um apelo nesse sentido e pede que as autoridades competentes se responsabilizem. “O dinheiro que as igrejas têm, independente se católica ou evangélica, provém de doações dos fiéis. Levamos muito tempo para conseguir tudo isso e realizar as melhorias e, de repente, vem alguém e leva tudo. Então, quero pedir atenção da Secretaria de Segurança para o Sul do Piauí e alertar as outras igrejas também, que fiquem atentas pois o crime organizado está agindo”.

Os assaltos acontecem em um intervalo de uma semana a 15 dias. A Polícia dos municípios trabalha de forma conjunta, mas ainda não tem pistas sobre o paradeiro dos assaltantes, apenas a suspeita de que há mais de um veículo envolvido e que eles seriam aproximadamente 4.

Fonte: Cidadeverde