23.12.2009 - “Se aqueles que são admitidos como membros não são ordenados a abjurar por quaisquer palavras as doutrinas Católicas, esta omissão, muito longe de ser adversa aos desígnios dos Maçons é mais útil para os seus propósitos. Primeiro, deste modo eles facilmente enganam os ingênuos e os incautos, e podem induzir um número muito maior a se tornarem membros. Novamente, como todos que se oferecem são recebidos qualquer que possa ser sua forma de religião, eles deste modo ensinam o grande erro desta época – que uma consideração por religião deveria ser tida como assunto indiferente, e que todas as religiões são semelhantes. Este modo de raciocinar é calculado para trazer a ruína de todas as formas de religião, e especialmente da religião Católica, que, como é a única que é verdadeira, não pode, sem grande injustiça, ser considerada como meramente igual às outras religiões.”
(Papa Leão XIII, Humanum Genus, 16; 20 de abril de 1884)
Está aí mais um motivo pelo qual a Igreja não pode, de modo algum, permitir que se tente conciliar a sua doutrina com a praga maçônica. O verdadeiro católico deve obediência a essas leis da Igreja. Aquele que não submete a sua fé em Cristo à autoridade da Sé Católica não pode ser chamado de católico. Aquele que cria seus dogmas particulares, já dizia o saudoso Gustavo Corção, não é católico, mas sim protestante. A Igreja, como guardiã da Verdade de Cristo, não pode permitir que a ‘ditadura do relativismo’ – segundo a qual se afirma que a verdade, de fato, não existe e tudo que é dito por todas as religiões não passa de opinião – infiltre-se na mentalidade dos seus fiéis. Por isso exorta veementemente os católicos a se afastarem das associações maçônicas, visíveis promotoras desses princípios que trazem “a ruína de todas as formas de religião”.
Na maçonaria, com efeito, as religiões todas são igualadas ao mesmo patamar. Não existe religião melhor nem pior. Todas são iguais. E aí vai se constituindo cada vez mais aquela idéia falsa de que toda religião leva a Deus, como se a verdade estivesse em todos os lugares e não existisse nenhuma distinção entre catolicismo, protestantismo, espiritismo, islamismo ou judaísmo… É a real ruína da religião. Esse pensamento vai ainda contra um ensinamento claro de Jesus Cristo, contido no Evangelho de São João: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14, 6). Você é cristão? Então crê nisso. Você é maçom? Então crê que existem muitos caminhos que conduzem ao Pai e que todos podem se salvar, mesmo comungando de princípios diferentes daqueles expostos por Jesus Cristo. Está observando aí a contradição?
Mas os teimosos insistem em tentar conciliar o inconciliável. Não vêem que dentro da doutrina da Igreja há uma uniformidade de pensamento totalmente ameaçada pelos princípios e conceitos da maçonaria. Não vêem que a comunhão com toda e qualquer espécie de pensamento relativista exclui o fiel automaticamente da comunhão com Deus e com a Igreja. Pois bem, que possam compreender que ser católico implica em responsabilidades ideológicas gravíssimas. E que sigam aquela sempre atual exortação do apóstolo São Paulo: “Eu não quero que tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo tempo do cálice do Senhor e do cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios” (1 Cor 10, 20-21).
Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!
Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/