Artigo de Everth Queiroz Oliveira: Incoerentes máximas de um mundo louco


18.12.2009 - “A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina” (1 Cor 1, 18).

Conhecemos muito bem a história dos cristãos. Eles se sacrificaram bastante para conseguir a liberdade de exercer seus preceitos religiosos sem serem perseguidos por grupos ou governantes. Durante muito tempo a Igreja teve a graça de evangelizar os povos e fez isso com americanos, africanos, europeus, asiáticos, enfim, levou as Palavras de Cristo a todo o mundo e todo o mundo já conhece o Cristo. Sua imagem faz parte da nossa cultura. A sua história se incorporou à nossa sociedade. A sua vida se tornou modelo para muitos. A cultura do povo – em especial da porção ocidental – se “cristianizou”, incorporou elementos da tradição cristã.

No entanto, apesar de já estarmos habituados ao cristianismo – o que não significa necessariamente que devamos professar a fé cristã – há uma onda que se espalha assombrosamente por todo o mundo. Denomino-a “cristofobia”. Os governos, movidos por um laicismo exacerbado, andam rejeitando toda e qualquer representação religiosa, especialmente a cristã, não se importando se essa tem aspecto cultural e histórico… É preciso eliminar tudo aquilo que diz respeito à religião. Incompreensível atitude que revela a crise moral que o nosso mundo vive ultimamente. Hoje, por exemplo, tivemos mais dois exemplos claros dessa cristofobia que se espalha pelo mundo.

- A primeira notícia é ofensiva: Cartaz com José e a Virgem na cama gera protestos na Nova Zelândia. E esse cartaz está em um outdoor do lado de fora de uma igreja anglicana. “O vigário Glynn Cardy disse que o objetivo do cartaz era satirizar a interpretação literal da concepção de Cristo”.

Satirizar a única interpretação da concepção de Cristo, porque não existe nenhum outro documento histórico que conteste a realidade bíblica de que Jesus nasceu pela força do Espírito Santo de Deus e não pela fecundação, como normalmente acontece com pessoas normais. O cartaz não é só satírico. É desrespeitoso e sobretudo arrogante, pois tenta humanizar a figura de uma pessoa que era também divina: Jesus Cristo.

O engraçado é observar que a igreja anglicana, que também diz professar sua fé em Cristo Salvador, se mostra totalmente traidora às palavras do Evangelho. Assim como Judas, ela dá o seu beijo venenoso, virando as costas para a verdade das Escrituras e deixando bem claro que a unidade apostólica e evangélica é encontrada somente na Igreja Católica.

Mas a porta-voz da Diocese Católica de Auckland, lugar onde aconteceu o triste ocorrido, respondeu às ofensas: “Nossa tradição cristã de 2 mil anos diz que Maria permanece virgem e Jesus é filho de Deus (…). Um cartaz como esse é inapropriado e desrespeitoso”. E acrescentou: “Confrontar crianças e famílias com o conceito, com um outdoor na rua, é completamente irresponsável e desnecessário”. Sim, é dever nosso se manifestar quando ofendem a nossa fé e nossa religião. Se as autoridades não movem um dedo sequer quando a moral religiosa é ofendida, então é nosso dever defendê-La. Não vamos aceitar essa ofensa aos nossos princípios! Não, não nos calaremos, porque enquanto houver nem que seja um só católico nesse mundo essa fé será constantemente defendida por homens de boa vontade, que amam a Igreja e morrem por Ela.

- A segunda notícia é mais do que lamentável. É absurda. Menino é afastado de escola após fazer desenho de Jesus. Ofender a religião vale, pichar muros de templos religiosos é moralmente aceitável, fazer piadinhas ofensivas à Virgem Maria ou erguer um cartaz blasfemando contra sua virgindade é permitido, mas desenhar a Cruz dá suspensão? Ah, por favor! Isso é o cúmulo do absurdo. É uma INCOERÊNCIA deplorável, que deixa cada vez mais claro o quanto a democracia reina nesse mundo marcado pelo secularismo exacerbado e pela anti-religiosidade.

Diz a notícia: “A criança, que ficou traumatizada com o episódio, será transferida para outra escola após avaliação médica”. Caros leitores, vocês sabem por que essa criança ficou traumatizada? Porque foi reprimida pelo simples fato de ter desenhado a Cruz de Nosso Senhor, símbolo cultural e religioso presente em todo o mundo e conhecido por praticamente todos os homens… Só há uma frase que pode retratar de modo fiel essa notícia. E ela é bíblica: “A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina” (1 Cor 1, 18).

Sim. Louco. É o único adjetivo que podemos usar para caracterizar essas notícias absurdas e incoerentes. A ofensa à religião é sinônimo de sabedoria e inteligência. É aceitável. Uma manifestação pública de fé é sinônimo de atraso, de “ameaça à liberdade”… É altamente condenável.

Não tente compreender essas atitudes promíscuas. Não vale apena tentar entender as máximas desse mundo louco.

Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!

Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/


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