11.12.2009 - O Arcebispo de Valência, Dom Carlos Osoro, insiste em sua carta desta semana a que os cristãos se convertam em "crucifixos viventes" ante as "tentativas" de retirar estes símbolos, depois da proposição aprovada na semana passada no Congresso dos Deputados de tirar os crucifixos dos centros escolares.
Assim, na missiva, diz aos fiéis da diocese que "quando se tenta abandonar, censurar ou desprezar os sinais do amor cristão" eles "devem ser portadores de Cristo", conforme informou o Arcebispado em um comunicado.
"Os cristãos não temos outra fortaleza mais que a que vem do Crucifixo, e que deve ser nossa pacífica armadura, a armadura de Deus mesmo", destaca Dom Osoro. Neste sentido, precisa que este símbolo cristão é "o único tesouro que vocês têm, a única propriedade".
Deste modo, o Arcebispo anima os fiéis a que "em todos os lugares onde habitem dêem a conhecer cristo" e pede que sejam "cruzes luminosas, crucifixos viventes", causando em quem trate com vocês "o mesmo respeito, os mesmos sentimentos, as mesmas idéias que um crucifixo".
Para Dom Osoro, "esta é a hora dos discípulos de Cristo" e, por isso, os urgiu a que, "sem vergonha de nenhum tipo, dêem a conhecer que são cristãos, levando em seu peito o Crucifixo e vivendo conforme a essa cruz que é sinal do amor que tudo pode".
Na carta, o Arcebispo de Valência considera que, "para muitas pessoas, tirar os Crucifixos da vida pública significa aceitar uma engenharia destruidora da configuração cristã do Ocidente e é obvio da Espanha, e pretende impor uma nova pseudo-religião à medida".
Além disso, no escrito titulado "Sejamos cruzes luminosas, crucifixos viventes", Dom Osoro expressa que em Jesus Cristo crucificado "encontra-se a descrição mais bela do amor ao próximo que transformou a história da humanidade" e acrescenta que "dois mil anos depois, segue sendo escândalo, mas é salvação para os homens", destaca.
O Arcebispo se pergunta "por que pretendem obrigar a retirar a Cruz que é expressão do amor apaixonado de Deus pelo homem, manifestado em Jesus Cristo". Neste ponto, Dom Osoro explica em sua carta que Jesus "amava os discípulos, as crianças, os pobres, os doentes, os pecadores, todos os homens" e "demonstra que amando, faz crescer e devolve dignidade e esperança".
Do mesmo modo, dirige-se expressamente a quem quer retirar o crucifixo. "Se alguém me leva em conta, peço que antes de tirar um Crucifixo, aproxime-se de Jesus Cristo com coração singelo. Verá como sai transformado deste encontro e com capacidade e graça para ser alguém que começa a viver de outra maneira e a relacionar-se com outros de outra maneira", sustenta.
Dom Osoro assegura que o mundo "precisa acreditar no amor de Deus, necessita do Crucifixo", por isso, conforme sublinha, "urge voltar a proclamar o Evangelho do amor de Deus em Cristo Jesus" porque "se os discípulos não o fazem serão como os homens que colocam a luz debaixo do alqueire e defraudarão a esperança do mundo".
Fonte: ACI