18.11.2009 - O número de suicídios no Exército americano já ultrapassou neste ano os níveis recorde de todo o ano passado, dado que levou ao chefe do Estado-Maior das Forças Armadas qualificou como uma tendência "horrível".
Segundo números proporcionados pelo Pentágono, desde janeiro deste ano, 140 soldados ativos se suicidaram, além de 71 da reserva e da Guarda Nacional.
Nos doze meses do ano passado o número total de suicídios foi de 197 entre soldados ativos e reservistas.
"Isto é horrível. Não quero de nenhuma maneira diminuir importância a estes números", assinalou o general Peter Chiarelli aos jornalistas.
O chefe do Estado-Maior acrescentou que embora os números parecem haver declinado nos últimos meses, o Exército está tentando determinar a razão dos suicídios.
"Ainda não encontramos vinculação com alguma causa que tenha importância estatística e que nos permita prever de maneira efetiva o comportamento humano. A realidade é que não há uma resposta simples para cada suicídio", assinalou.
Segundo alguns especialistas em assuntos de Defesa, alguns suicídios militares se devem ao transtorno pós-traumático causado pelo desdobramento dos soldados em conflitos no exterior, como os do Iraque e Afeganistão.
No entanto, Chiarelli manifestou que há novos números estatísticos que mostram um aumento dos suicídios entre soldados jovens que nunca participaram de uma missão de combate.
O alto comando militar assinalou que, além do aumento dos suicídios, se advertiu um aumento no número de soldados que consomem uma maior quantidade de fármacos e álcool após seu retorno das zonas de combate.
No entanto, indicou sua esperança que se mantenha a tendência de baixa advertida nos últimos meses.
"Acho que finalmente vemos que se está progredindo. A tendência geral, com exceção de um par de meses, foi a diminuição", disse.
O militar atribuiu essa redução às medidas tomadas pelas autoridades militares para educar aos oficiais e soldados sobre o problema.
Fonte: Terra notícias
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Lembrando também...
Japão supera 30 mil suicídios pelo nono ano consecutivo
07.06.2007 - O Japão superou em 2006 a marca de 30 mil suicídios, pelo nono ano consecutivo, com um aumento dos casos de adolescentes e uma redução das causas econômicas ou trabalhistas, informou hoje a Agência Nacional de Polícia (NPA).
No total, 32.155 pessoas se mataram no ano passado no Japão, o país industrializado com o maior número de mortes voluntárias por ano segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O número é 1,2% inferior ao de 2005 graças, em parte, à redução no número de casos por motivos econômicos, que baixou 10%, até 6.969. A recuperação econômica japonesa explica a tendência, segundo a agência "Kyodo".
No entanto, a incidência dos suicídios entre os estudantes aumentou 2,9% em 2006, com 25 casos a mais, totalizando 886 mortes.
É o pior número desde 1978, quando foi feito o primeiro relatório.
Os dados mostram que por trás de muitos casos de suicídios de adolescentes existem situações de assédio escolar.
No entanto, uma saúde deficiente é a principal motivação em mais da metade dos suicídios japoneses. Em seguida vêm os problemas econômicos, de família e profissionais.
O perfil do suicida médio no Japão é um homem de cerca de 60 anos, em 34,6% dos casos, com problemas de saúde e que costuma deixar uma nota explicando as razões da sua decisão.
Segundo a NPA, 70% dos suicidas são homens e 32,5% deles optam por escrever uma nota de despedida antes de morrer.
O maior número de suicídio acontece entre os desempregados, seguidos pelos assalariados, e em terceiro lugar pelos autônomos.
O Governo japonês anunciou em 27 abril uma estratégia nacional para reduzir em 20% a taxa anual de suicídios até 2016, evitando 5 mil mortes por ano.
Uma proposta de lei apresentada por um grupo de trabalho do Parlamento foi aprovada, criando medidas preventivas como as aplicadas no Reino Unido e Finlândia, segundo a "Kyodo".
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
Onda de suicídios em montadoras de carros preocupa a França
01.08.2007 - Uma onda de suícidios de funcionários do grupo PSA, que reúne as montadoras Peugeot-Citroën, ameaça colocar em xeque as condições de trabalho nas empresas privadas da França. O país acaba de eleger como presidente Nicolas Sarkozy, que tem fortes ligações com o setor empresarial.
Desde o começo do ano, seis funcionários da PSA, cinco deles da mesma unidade, a Mulhouse, em Haut-Rhin, suicidaram-se. O caso mais recente aconteceu em 16 de julho, quando um empregado enforcou-se nas dependências da fábrica. A investigação policial concluiu, segundo os jornais "Le Monde" e "Le Figaro", que tratou-se de um suicídio motivado por "questões pessoais".
No entanto, no primeiro caso registrado este ano e relacionado à PSA, o funcionário que se matou deixou uma carta denunciando a "pressão moral" a que era submetido no trabalho. Ele trabalhava numa unidade da PSA denominada Charleville-Mézières, em Ardennes.
Os outros casos de suicídio este ano ocorreram em abril (um, dentro da PSA em Mulhouse) e maio (três funcionários da Mulhouse, todos em suas respectivas casas).
A instalação de Mulhouse fabrica o Citroën C4 e os Peugeot 206 e 308, e tem cerca de 10,5 mil empregados. As idades dos suicidas estão na faixa dos 30 aos 60 anos. O último deles, o que morreu em 16 de julho, tinha 55 anos, 29 deles como empregado da PSA.
Reações
A PSA reagiu aos casos de suicídios de funcionários pela voz de seu diretor-presidente, Christian Streiff, quando ele apresentou os resultados do grupo, na semana passada.
"A mídia e várias partes ouvidas pela imprensa, como sindicatos, médicos e psicólogos, quiseram estabelecer uma ligação estreita entre trabalho e suicídio. Mas o primeiro não é isoladamente a causa do segundo", disse Streiff.
Internamente, a PSA decidiu enfrentar a situação determinando que seus gerentes alertem a direção sobre quaisquer sinais suspeitos vindos de empregados. A imprensa francesa chegou a divulgar que o grupo temia que o suicídio de alguns "contagiasse" os demais empregados.
O conservador Le Figaro ouviu um psiquiatra, Didier Cremniter, do serviço de urgência de Paris, que afirmou: "As epidemias de suicídios existem, de fato, e a aparição desse tipo de conduta gera o risco de arrastar outros a comportamentos extremos". Para ele, indivíduos mais frágeis e que se sintam "desprotegidos" no local de trabalho podem ser levados ao sucídio.
O sindicalismo francês, comandado pela CGT (associada à esquerda), culpa as condições de trabalho, a redução do número de empregos e também a implantação de metas e métodos de gestão empresarial que podem causar uma pressão maior sobre os empregados.
De sua parte, o governo da França manifestou "preocupação" com a série de suicídios na indústria automobilística, por meio de seu ministro do Trabalho, Xavier Bertrand.
Durante a campanha eleitoral, na qual derrotou a socialista Ségolène Royal, o presidente Sarkozy prometeu não tocar na semana de trabalho de 35 horas, mas afirmou que as leis deveriam ser flexibilizadas para que quem desejasse trabalhar mais, para aumentar seus ganhos, pudesse fazê-lo. O próprio Sarkozy disse que, na prática, isso já acontecia no país - certamente referindo-se ao setor privado.
Números altos
Não se pode perder de vista, no entanto, que o suicídio não é exatamente uma raridade na França - muito ao contrário: ele é a principal causa não natural de mortes no país entre as pessoas na faixa de 25 a 34 anos, superando os homicídios e mesmo os acidentes de trânsito.
As autoridades de saúde estimam que, anualmente, há 155 mil tentativas de suicídio no país. Cerca de 11 mil delas resultam em morte.
Fonte: UOL notícias
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Nota do Portal Anjo, www.portalanjo.com
Nos Dez Mandamentos, encontramos um que diz: “Não matarás” (Ex 20,13). É certo que a expressão negativa enfática de não matar se refere às mais variadas formas que levam à morte. Dentre elas, lembramos do assassinato, da eutanásia e do aborto. O suicídio também é considerado como a quebra desse mandamento, tendo em vista que significa autodestruição, ou negação da própria vida. O termo se origina do latim sui, que quer dizer a si mesmo, e caedere que significa cortar, matar.