25.10.2009 - O arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, afirmou neste domingo, que as dependências do Santuário de Nossa Senhora da Penha, na Zona Norte, têm sido utilizadas por traficantes de drogas para monitorar a movimentação de policiais nas comunidades, como O DIA mostrou sexta-feira. A declaração ocorreu durante a procissão da 374ª Festa de Nossa Senhora da Penha:
“Quando existem alguns problemas, eles usam a torre para ver quem está chegando. Esses fatos acontecem em todos os lugares, não só em igrejas. Faz parte dessa guerra urbana. A preocupação é de todos, e a Igreja não está isenta disso”.
Dom Orani afirma que já comunicou às autoridades sobre o uso das torres:
“Como cidadão, a gente também tem o direito de reclamar. Não é novidade nem para o governo do estado e nem para o municipal”.
A Festa da Penha é tradicional na comunidade católica do Rio, mas a guerra travada nos últimos dias em comunidades próximas à igreja, como na Vila Cruzeiro, fez com que muitos devotos não comparecessem à cerimônia. A missa solene foi acompanhada por cerca de 200 pessoas.
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
Bandidos armados que controlam favela dão ultimato a paróquia no Rio de Janeiro
02.04.2009 - RIO DE JANEIRO .- O grupo armado que controla uma conhecida “favela” da cidade brasileira de Rio de Janeiro deu esta semana um “ultimato” à Arquidiocese para que fechem uma paróquia e seus centros de ajuda comunitária porque o pároco se nega a pagar a extorsão exigida pelos delinqüentes.
Os delinqüentes armados, que constituem uma verdadeira força paramilitar, controlam a “Associação de Vizinhos de Rio das Pedras”, no bairro carioca de Jacarepaguá, onde funciona a Paróquia Nossa Senhora de Loreto.
O presidente da associação de vizinhos, conhecido como “Beto Bomba”, líder de uma tropa que no bairro disputa o poder aos narcotraficantes, deu um ultimato ao Pe. Luis Antonio, pároco de Nossa Senhora de Loreto, para abandonar o prédio de apenas 150 metros quadrados antes de 5 de maio.
“Não sei os motivos do ultimato, mas a verdade a igreja não faz acordos com estes grupos”, disse o Pe. Luis Antonio; quem assinalou que não pensa abandonar a paróquia nem os centros comunitários.
Segundo o jornal “O Dia”, tropas paramilitares controlam mais de 500 comunidades em Rio de Janeiro com o argumento de combater em forma ilegal aos narcotraficantes. Como resultado da grave corrupção da Polícia Federal, estes grupos armados que impõem ordem em territórios até agora dominados por narcotraficantes, foram originalmente bem-vindos nos bairros mais pobres; até que montaram um sistema de extorsão e pagamento de serviços básicos aos vizinhos em troca de suposta proteção.
“Os vigilantes se converteram em uma nova forma de intolerável abuso”, assinalou o Pe. Luis Antonio.
Fonte: ACI