20.08.2009 - Na China o futuro do aborto já chegou: estudantes tem 50% de desconto para abortar. Assim. Fácil. É só querer. E se essa triste realidade de um país no qual o cristianismo não teve tantos avanços choca, o que dizer do mundo ocidental de cultura cristã que aos poucos vai se deixando seduzir pelo discurso da banalização da vida?
O recorte acima é um anúncio – com os telefones para contato devidamente retirados da publicação aqui… – que circula na cidade de Chongqing. A peça foi notícia no site Shanghaiist, no qual se pode ler o anúncio em inglês. Aqui vai a tradução:
As estudantes são o nosso futuro, mas quando algo acontece a elas, quem irá protegê-las e ajudá-las? O Hospital da Mulher de Chongqing Huaxi deu início ao Mês de Cuidado às Estudantes, durante o qual as garotas que buscam um aborto poderão ganhar 50% de desconto se mostrarem sua carteira de estudante. Oferecemos abortos com as técnicas cirúrgicas mais avançadas do mundo, que não causam elasticamento (no seu útero), nem machucam. É rápido e logo após você poderá fazer o que quiser, sem comprometer seus estudos ou seu trabalho.”
O Governo Chinês informa que ocorrem 13 milhões de aborto por ano no país. Um aborto na China custa cerca de 600 yuan, ou US$88.
Fonte: http://diasimdiatambem.wordpress.com/
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Lembrando...
Abortos seletivos provocam desequilírbio de sexos na China
10.04.2009 - Muitas mulheres chinesas abortam quando estão grávidas de uma menina por causa do estrito controle de natalidade e isso provoca um excesso no número de homens no país mais populoso do mundo, onde, no fim de 2005, havia 32 milhões de homens a mais que mulheres, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira.
A pesquisa, publicada pelo British Medical Journal (BMJ), dá argumentos às pessoas que sustentam que a tradicional preferência dos chineses pelos filhos homens gera uma dura concorrência entre homens que não querem ficar solteiros.
Em 2005, nasceram 1,1 milhão de meninos a mais que meninas. Os pesquisadores da Universidade de Zhejiang (China) e da University College de Londres veem nisso uma consequência dos abortos seletivos como resposta ao controle de natalidade, que desde finais dos anos 70 impõem um filho por mulher, com raras exceções.
Os pesquisadores acreditam que reforçar a repressão dos abortos seletivos pode contribuir para reequilibrar a tendência.
A média mundial parece ser de 103 a 107 nascimentos de meninos para cada 100 meninas.
A pesquisa na China mostra um desequilíbrio em todas as faixas etárias, exceto a de 15 a 19 anos. A diferença mais acentuada se dá entre os meninos de 1 a 4 anos, com 124 meninos para cada 100 meninas.
Somente duas províncias (Tibet e Xinjiang, ambas com importantes minorias étnicas e com as normas mais permissivas em termos de natalidade) têm uma média normal; em outras províncias, como Jiangxi e Henan, a relação chega a 140 meninos por 100 meninas.
A política do filho único impõe multas e corte benefícios de famílias que a transgridem. Mas, nos últimos anos, foi flexibilizada, permitindo em algumas províncias o nascimento de um segundo filho quando o primeiro é menina. Em algumas poucas regiões, é permitido inclusive o terceiro filho.
A pesquisa foi realizada com base em dados de um minicenso de 2005 com 1% da população chinesa. O estudo usou uma mostra de 4,764 milhões de pessoas de menos de 20 anos.
Fonte: Último Segundo notícias