10.08.2009 - “Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: chefes do povo e anciãos, hoje estamos sendo interrogados por termos feito o bem a um enfermo e pelo modo como foi curado. Ficai, pois, sabendo todos vós e todo o povo de Israel: se este homem está curado diante de vós, é por meio do nome de Jesus Cristo, o Nazareno, que vós crucificastes e que Deus ressuscitou dos mortos. Este é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que se tornou a pedra angular. Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado á humanidade pelo qual devamos ser salvos (Atos 4,8-12)”.
O general americano Lew Wallace (1827-1905) encontrou-se com Colonel Ingersoll, conhecido ateísta, durante uma viagem de trem. A conversa entre ambos abrangeu os mais diversos assuntos, inclusive a “tolice” do cristianismo. Ingersoll desafiou Wallace, dizendo: “Você é um homem inteligente e bem instruído. Por que não escreve um livro provando que o cristianismo não passa de tolice e que Jesus Cristo jamais existiu? Com certeza será um sucesso!”
Wallace dedicou-se com entusiasmo à produção da obra.
Ele ficou fascinado com a possibilidade de se tornar famoso.
E durante anos coletou material para o seu livro.
Ele já estava no quarto capítulo quando, como se atingido por um raio, ele chegou à conclusão de que Jesus Cristo realmente existira.
Ele foi até mesmo convencido de que Jesus era mais que um simples personagem histórico. Aos cinqüenta anos de idade, Wallace caiu de joelhos pela primeira vez na vida para orar. Ele pediu a Jesus Cristo, o Filho de Deus, que o salvasse e entregou toda a sua vida a Ele.
Então ele decidiu reescrever os quatro capítulos de seu livro. O resultado foi a conhecidíssima obra Ben-Hur, mais tarde transformado em filme – sucesso mundial de bilheteria. Desta forma o general Wallace tornou-se num impressionante exemplo de uma conversão radical à fé em Jesus Cristo.
Os segredos de Deus não podem ser discernidos pelo olho humano nem decifrados pelo processo comum de raciocínio, mas são distinguidos pelos olhos do coração, que o próprio Deus precisa iluminar. (Leia Efésios 1,17-20). (1).
O MAIOR DE TODOS OS LÍDERES
“Cristo é a maior força espiritual que o homem até hoje conheceu. Ele é o exemplo mais nobre de quem deseja dar tudo sem nada pedir. Vejo em Cristo o supremo modelo: manifestou, como nenhum espírito, a vontade de Deus. Ele é todo amor”.
Mahatma Gandhi (1869-1948)
Estadista, pensador e líder espiritual indiano
Ao longo da História da Humanidade, sabemos que sempre houve líderes políticos e religiosos como Alexandre Magno, Caio Júlio César, Gêngis Kham, Henrique XVIII, Napoleão Bonaparte, Adolf Hitler, Joseph Stalin, Mao Tse-Tung, Jim Jones, Osama Bin Laden e outros. As multidões os seguiam, e alguns deles as exploravam e assassinavam muitos de seus próprios seguidores e conterrâneos.
Com Nosso Senhor Jesus Cristo, que é ‘TODO AMOR’; tudo é radicalmente diferente.
Ele não veio para que os seres humanos O servissem, mas para servi-los e dar Sua própria vida em resgate deles. Jesus não os escravizou, mas o libertou. Foi o único que pôde encarar Seus amigos e inimigos e lhes perguntar: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (João 8,46).
O que diferencia o Senhor Jesus dos líderes humanos é que Ele é o Filho de Deus. E demonstrou isso com poderosas provas: transformou água em vinho, acalmou a tempestade, curou enfermos e ressuscitou mortos. Só o Filho de Deus podia executar tais milagres.
Foi Pôncio Pilatos que afirmou: “Não encontro crime algum nele” (João 19,4-6).
A vida de Cristo foi fazer só o bem e libertar a todos os que estavam dominados pelo diabo (Atos 10,38).
No entanto, as autoridades judaicas e romanas não compreenderam e O desprezaram; e exatamente por dar testemunho de ser o Filho de Deus, acabaram crucificando-O.
De fato Ele morreu, mas por Sua própria vontade. Disse: “Dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou” (João10,17.18). Sim, O bom Pastor deu Sua vida pelas ovelhas, ou seja, pelos seres humanos que O receberam pela fé como Salvador pessoal. Ele é o único Salvador. Quem confia nEle e o segue escolhe o melhor condutor e está no caminho para alcançar o mais glorioso objetivo: a glória de Deus (2).
Muitos líderes políticos e religiosos dominados pelo diabo escravizaram seus subordinados com ideologias mortíferas.
Disse Adolf Hitler: “Torne a mentira grande, simplifique-a, continue afirmando-a, e eventualmente todos acreditarão nela” (3).
O diabo é o pai da mentira e seus seguidores são mentirosos assassinos (Jo 8,44).
Jesus Cristo é a verdade e a sua palavra é a verdade (Jo 8,31.32; 14,6). Daí o Nazareno é o maior líder perfeito que já existiu na face da terra.
È dever de todo verdadeiro cristão anunciar Jesus Cristo como o único absoluto de libertação das almas do império diabólico e toda a sua cultura de morte.
Sem Jesus Cristo, nada é justo e sem felicidade eterna.
QUEM É JESUS CRISTO?
Jesus Cristo é o Filho único do Pai, que o Pai enviou ao mundo: “Eis como se manifestou o amor de Deus entre nós: Deus enviou o seu Filho Único ao mundo para que vivêssemos por meio dele. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas Ele nos amou e nos enviou seu Filho como vítima de expiação por nossos pecados” (1 Jo 4,9-10).
Assim a Igreja crê que Jesus é o “nosso grande Deus e Salvador” (Tt 2,13). “Subsistindo na condição de Deus, não pretendeu reter para si o ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si próprio, assumindo a condição de escravo, tornando-se semelhante ao homem. Apresentando-se como simples homem humilhou-se, feito obediente até a morte, até a morte de cruz” (Fl 2,6-8).
Com efeito, “quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, que nasceu de uma mulher e sujeito à Lei (de Moisés) para pagar pela liberdade daqueles que estão sujeitos à Lei, para que nos seja dado ser filhos adotivos” (Gl 4,4-5).
Jesus Cristo é o Verbo, isto é, a Palavra ativa e criadora de Deus. “Ele estava em Deus e era Deus e se fez carne e habitou entre nós e nós vimos a sua glória, glória como do Filho Único do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jô 1,1.14).
Portanto, Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, uma só Pessoa divina, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.
Esse é o mistério que nos foi revelado (Rm 16,25) e que se chama “mistério da Encarnação”: “Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio na CARNE é de Deus” (1 Jo 4,2). (4).
Ninguém melhor respondeu quem é Jesus do que São Pedro Apóstolo em duas ocasiões: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” (Mt 16,16). “Senhor, a quem
iremos?. “Só tu tens as palavras de vida eterna e nós cremos e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”. (Jo 6,67-69).
Depois desta afirmação, creio que não exista na História da Igreja uma frase sobre Cristo tão colossal e tão abissal como dita pelo Patriarca dos monges do Ocidente, São Bento de Núrsia (480-547): “Nada absolutamente prefiram a Cristo. Que Ele nos conduza juntos para a vida eterna” (RB 72,11.12).
CONCLUSÃO
Jesus Cristo é:
Mais vivo do que a vida.
Mais sábio do que a sabedoria.
Mais poderoso que todo o poder.
Mais rico do que toda a riqueza.
Mais nobre do que a nobreza.
Mais belo do que a beleza.
Mais opulento do que a arte.
Maior do que a infinidade do Universo.
Mais eterno do que a eternidade.
Seu amor e sua ressurreição são as causas da nossa imortalidade no paraíso da eterna felicidade.
Pe. Inácio José do Vale
Pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo
Professor de História da Igreja
Faculdade de Teologia de Volta Redonda
e-mail: [email protected]
NOTAS E BIBLIOGRAFIA
(1) Jesus: Nossa Única Chance! Depósito de Literatura Cristã, São Paulo, 2007.
(2) Calendário Devocional Boa Semente de 2009.
(3) Revista Holocausto de 2006, p.95.
(4) Catecismo Católico Bíblico da Loyola, 2009.
ROHDEN, Huberto. Org. Mahatma Gandhi – O Apóstolo da Não Violência, São Paulo: Martin Claret, 2005.
BLAINEY, Geoffrey. Uma Breve História do Mundo, São Paulo: Fundamento Educacional, 2008.