09.07.2009 - Já falei aqui explicitamente sobre o mal que Harry Potter traz às nossas crianças. Mas não quiseram acreditar. Pelo contrário, ousaram em duvidar disso e dizer que o filme não tem nada demais, é cheio de amor, de lições de caridade e outras coisas que não significam que o livro deva ser aprovado pela sã consciência cristã. E não pode mesmo porque é um livro satânico e podem falar, condenar, me apedrejar, estou pouco me importando com o que disseram ou deixaram de falar. Estou aqui para falar não ao que agrada ao público fanático dessa saga maligna, mas o que convém, ou seja, a verdade, afinal, “se ainda quisesse agradar aos homens, não seria servo de Cristo” (Gl 1,10).
E a verdade, graças a Deus, não é revelada somente por mim, que busco a cada dia ser servo de Cristo, mas também pela Folha Online que, em uma das suas notícias, declarou que “a cada lançamento de Harry Potter, cresce o número de crianças e de adultos interessados em aprender bruxaria”. Vejam: não fui eu quem falei, mas Tânia Gori, dona de uma escola de esoterismo na região do ABC paulista. E se isso é realmente verdade – que foi o que expus aqui quando escrevi Harry Potter – perigo para os cristãos – então evidencia-se ainda mais que Harry Potter não é cristão, porque o cristianismo condena severamente as práticas de bruxaria e esoterismo. É o que a Bíblia afirma: “Não praticareis a adivinhação nem a magia” (Lv 19,26). “Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou â invocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas práticas, e é por causa dessas abominações que o Senhor, teu Deus, expulsa diante de ti essas nações” (Dt 18,10-12). E o que o Catecismo proclama: ADIVINHAÇÃO E MAGIA 2115. Deus pode revelar o futuro aos seus profetas ou a outros santos. Mas a atitude certa do cristão consiste em pôr-se com confiança nas mãos da Providência, em tudo quanto se refere ao futuro, e em pôr de parte toda a curiosidade malsã a tal propósito. A imprevidência, no entanto, pode constituir uma falta de responsabilidade. 2116. Todas as formas de adivinhação devem ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas supostamente «reveladoras» do futuro. A consulta dos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e de sortes, os fenômenos de vidência, o recurso aos “médiuns”, tudo isso encerra uma vontade de dominar o tempo, a história e, finalmente, os homens, ao mesmo tempo que é um desejo de conluio com os poderes ocultos. Todas essas práticas estão em contradição com a honra e o respeito, penetrados de temor amoroso, que devemos a Deus e só a Ele. 2117. Todas as práticas de magia ou de feitiçaria, pelas quais se pretende domesticar os poderes ocultos para os pôr ao seu serviço e obter um poder sobrenatural sobre o próximo – ainda que seja para lhe obter a saúde – são gravemente contrárias à virtude de religião. Tais práticas são ainda mais condenáveis quando acompanhadas da intenção de fazer mal a outrem ou quando recorrem à intervenção dos demônios. O uso de amuletos também é repreensível. O espiritismo implica muitas vezes práticas divinatórias ou mágicas; por isso, a Igreja adverte os fiéis para que se acautelem dele. O recurso às medicinas ditas tradicionais não legitima nem a invocação dos poderes malignos, nem a exploração da credulidade alheia. Esclarecida a doutrina da Igreja sobre a bruxaria, correlacionada essa maldita apostasia da fé com a obra maligna chamada Harry Potter, resta-nos dizer:Miserere nobis, Domine! E tende compaixão daqueles que não aceitam a Tua verdade! Graça e paz.