Artigo de Everth Queiroz Oliveira: A verdade da vida


 07.07.2009 - O momento da conversão é agora. É hoje o dia em que devemos mudar a nossa conduta. Não existe amanhã para aqueles que querem ter uma vida fiel a Deus, pois estes sabem que a morte é certa e pode chegar a qualquer momento. Ao mesmo tempo, ao som das palavras de Jesus: “Vigiai porque não sabeis a hora em que virá o Senhor” (Mt 24,42), devemos estar sempre preparados para aquele dia, para a ocasião em que nos despediremos do nosso corpo para ir de encontro a Deus.

Sabemos que ir de encontro a Deus depende, sobretudo da nossa cooperação. Não podemos ir ao céu se a nossa conduta for pecaminosa e, consequentemente, for fechada à graça de Deus. Ora, a misericórdia de Deus é infinita, mas precisa da livre aceitação de cada indivíduo. Essa “aceitação” só é possível através da fé e das boas atitudes. Só assim podemos de fato alcançar o Reino de Deus e viver ao Seu lado eternamente.

Do contrário, se caso estivermos fechados à graça de Deus e, de tal modo, à Sua misericórdia, não podemos nos salvar. Ou seja, se estivermos em pecado e não nos arrependermos de tê-lo praticado, podemos perder a nossa salvação e sermos condenados a um eterno tormento de fogo e de tristeza, de ódio e de rancor: o inferno. Pergunta-se se a misericórdia de Deus seria capaz de mandar alguém a esse lago de fogo e enxofre. Mas não é a misericórdia de Deus quem manda as pessoas ao inferno. São elas mesmas. Que ninguém se engane: se formos condenados, é porque não aceitamos a vontade de Deus e não a pomos em prática na nossa vida.

No mundo em que vivemos, em que a Igreja Católica, sustento e firmamento da verdade, anuncia constantemente Jesus Cristo aos povos, é quase que impossível pensar em pessoas que não conhecem a Deus ou que nunca ouviram falar do seu amor restaurador, da sua misericórdia infinita. O homem só se afasta de todos esses bens se deixa de adorar a Deus e proclamá-Lo seu salvador e criador. Assim, é lógico pensar que ele, como já vivendo afastado de Deus na terra, continuaria afastado do seu amor durante a vida pós-morte.

Mas infelizmente as pessoas não querem enxergar a verdade e criam para si falsas doutrinas, que ensinam o que elas querem, e não o que convém na verdade em Jesus Cristo. Querem agradar aos homens e não a Deus. E inventam então religiões light, que dizem que o inferno não existe e que quando morrermos seremos felizes e não precisamos nos preocupar. Essa ideologia pagã infelizmente se infiltrou na cabeça de muitos leigos e sacerdotes, constituindo o que o Papa Paulo VI chamou de “fumaça de Satanás”.

Ora essa, quantas vezes Jesus Cristo falou da geena, do fogo que não se apaga, destinado ao demônio e aos seus anjos? E ao mesmo tempo quantas vezes disse que só vão para o céu aqueles que cumprirem sua Palavra e seguirem uma vida de santidade? Mas a verdade é dura demais para ser aceita por todos. E aí inventam fábulas para poderem ter uma vida mais fácil, sem nenhum desafio ou nenhuma dificuldade. Mas que não se enganem: a verdade é imutável. Ela é a mesma independente do que você acha ou não. Dizer que o inferno não existe é querer inventar uma história para que não se precise mudar de conduta e não se precise enfrentar os desafios que nos propõe a vida cristã!

Porque aos que crêem na verdade e sabem que existe o céu e o inferno, as honras e os tormentos, não há saída: ou se muda de conduta ou a pessoa se condena. Não entra na cabeça das pessoas que o que elas fizerem aqui na terra as levará ou ao céu ou ao inferno? Se pensássemos incessantemente nisso, não teríamos mais nada o que fazer do que ter uma vida santa e irrepreensível aos olhos do Pai… Santo Afonso de Maria Ligório exclamava preocupado:

Que loucura extrema, não pensar em ajustar as contas da alma e não aplicar os meios necessários para alcançar uma boa morte, sabendo que temos de morrer, que depois da morte nos está reservada uma eternidade de gozo ou de tormento, e que desse ponto depende o sermos para sempre felizes ou desgraçados!

E é realmente uma extrema loucura não mudar de conduta sabendo que existem reservados para nós dois caminhos: um de alegria ou outro de tristeza. E, meu Deus, é um caminho eterno! È para sempre! Ou seremos para sempre felizes ou seremos para sempre desgraçados. Ou seremos eternamente agraciados por Deus ou seremos eternamente condenados longe de Deus. E o homem não pensa nisso…

Aliás, prefere seguir uma mentira. É mais cômodo.

Contudo, esse comodismo, assim como todos os bens perecíveis desse mundo, passa…  Mas a verdade, essa fica eternamente. Ela pode até doer, pode machucar, pode ferir, mas nos deixa esclarecidos e capazes de mudar o futuro. Convertamo-nos pois, hoje! É agora a hora. E que Deus tenha misericórdia de todas as almas que estão afastadas da verdade.

Graça e paz.

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