Artigo de Everth Queiroz Oliveira: Católicos de fé


 29.06.2009 - Quantos de nós, iludidos pelos caminhos do mundo, perdemos não só o sentido da vida, mas a nossa própria salvação, que Jesus a todos quis dar por meio de sua Paixão e Morte? Quantas pessoas, não tendo conhecimento da verdade que salva e dá a vida, mancham seu corpo e sua alma com pecados mortais e que só conduzem ao abismo infernal da solidão e da amargura? Meu Deus, será que ninguém percebe que o que fizermos aqui nessa terra nos levará eternamente ou ao céu ou ao inferno e que, se não confiarmos na infinita misericórdia do Criador para que possa perdoar nossas faltas, seremos condenados?

Nesse contexto, Santo Afonso de Ligório tem palavras que considero perfeitas. Diz ele: “Que loucura extrema, não pensar em ajustar as contas da alma e não aplicar os meios necessários para alcançar uma boa morte, sabendo que temos de morrer, que depois da morte nos está reservada uma eternidade de gozo ou de tormento, e que desse ponto depende o sermos para sempre felizes ou desgraçados!” Parece, meus irmãos, que muitas pessoas ainda não entenderam isso. E o pior não é isso: muitos católicos estão se deixando enganar, confiando nas palavras falazes de lobos em pele de cordeiro que se desintegraram da Igreja e agora pregam rebeldia e desobediência às leis de Deus!

Isso é lamentável porque justamente aqueles que precisavam se fortalecer na fé para confirmar os outros irmãos, estão se deixando levar pelos ares malignos de doutrinas perversas, que só sabem ensinar a mentira e o ódio! Os católicos do nosso país – por incrível que pareça – não crêem em tudo o que ensina a Santa Madre Igreja. Ora, e isso é exemplo de católico a se seguir? As estatísticas dizem que mais da metade dos brasileiros são católicos, mas, quando observa-se tanta violência, tanta falta de fé, tanta omissão de amor e caridade, então, vê-se que os católicos brasileiros não se preocupam nenhum pouco em seguir a doutrina da Igreja.

E isso não é só no Brasil, mas em muitos lugares do mundo. Tanto é verdade que o Papa Pio XI, na Encíclica Divini Redemptoris, proclamou sabiamente:

43. Até mesmo em países católicos, demasiados são os que são católicos quase só de nome; demasiados, aqueles que, seguindo embora mais ou menos fielmente as práticas mais essenciais da religião que se ufanam de professar, não se preocupam de melhor a conhecer, nem de adquirir convicções, mais íntimas e profundas, e menos ainda de fazer que ao verniz exterior corresponda o interno esplendor de uma consciência reta e pura, que sente e cumpre todos os seus deveres sob o olhar de Deus. Sabemos quanto o Divino Salvador aborrece esta vã e falaz exterioridade, Ele que queria que todos adorassem o Pai “em espírito e verdade” (Jo 4, 23). Quem não vive verdadeira e sinceramente segundo a fé que professa, não poderá hoje, que tão violento sopra o vento da luta e da perseguição, resistir por muito tempo, mas será miseravelmente submergido por este novo dilúvio que ameaça o mundo; e assim, enquanto se prepara por si mesmo a própria ruína, exporá também ao ludibrio o nome cristão.

O Papa estava certo. E se naquele tempo, ainda antes da segunda metade do século XX, a “coisa” já estava desse jeito, imaginem hoje! Meus irmãos, precisamos ser católicos firmes na fé, pessoas que não têm medo de professar a santidade da Santa Sé, de Jesus Cristo e de dizer: Eu vivo por Jesus, eu vivo por minha Igreja, eu vivo pela minha vocação. Só assim, caríssimos, poderemos trilhar o caminho do céu, que o Filho tanto nos ensinou e mostrou que seria difícil até mesmo almejar. Se a porta é estreita, é porque a seleção será rigorosa. Façamos nossa parte como cristãos. Sejamos santos, porque o Senhor, nosso Deus, é santo.

Graça e paz.

Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/

 


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