Banalização da sexualidade promove pílula do dia seguinte, adverte Dom Goic


 26.06.2009 - SANTIAGO.- O Presidente da Conferência Episcopal Chilena (CECh), Dom Alejandro Goic Karmelic, explicou que a promiscuidade e a frivolidade sexual da sociedade atual, mal-entendidas por alguns como sinal de "progresso", fizeram que surja a oferta maciça da pílula do dia seguinte; como uma negação da responsabilidade das pessoas.

Em um artigo publicado hoje no jornal El Mercúrio titulado "Acolher e Promover a Vida" no que trata o tema da pílula do dia seguinte depois da proibição que promulgou a Controladoria Geral da República para distribuí-la no país, o Prelado faz uma reflexão de como no último século se foi desvinculando a sexualidade humana das realidades "nas quais encontra seu sentido e a converteu em um fim em si mesma".

Primeiro, explica, "a desvinculou do matrimônio, pois se disse que não era necessário casar-se para praticar o sexo; bastava amando-se. Depois a separou da procriação, pois se podia praticar o sexo e evitar os filhos, já que foi dito que o amor do casal não tinha que projetar-se necessariamente nos filhos. Finalmente, desconectou-se a sexualidade do amor, dizendo que o amor compromete à pessoa, enquanto que o sexo ocasional e descomprometido favorece a criatividade e o desfrute do corpo".

"Há pessoas –questionou– às quais isto lhes pareceu um grande sinal da liberdade e do progresso".

Depois de precisar que "essas idéias favoreceram a promiscuidade sexual e, com o tempo, aumentaram as gravidezes precoces e os abortos", Dom Goic descreve que "pretendeu-se atalhar estas situações oferecendo como solução os preservativos, com grande desdobramento publicitário. Mas com isto se favoreceram mais ainda a promiscuidade e a frivolidade nas relações sexuais. Portanto, quiseram 'avançar' outro pouco, e surge assim a oferta maciça da 'pílula do dia seguinte".

Para o Bispo da Rancagua, "desde o ponto de vista ético, só o feito de que existam dados que mostrem que é provável que esta 'pílula' tenha um efeito 'interceptivo' ou abortivo faz que seja inadmissível seu uso para quem respeita a vida dos seres humanos".

A seguir destaca que "a dignidade das pessoas exige que a sociedade proteja a quem não pode exercer a autonomia, como é o caso do ser humano antes de sua implantação. O uso das fórmulas que tendem a desfigurar esta realidade não deve confundir-nos”.

"Por nossa parte, frente ao país, assumimos hoje a defesa dessa vida inocente com a mesma força que o fizemos ontem, em outras circunstâncias, por fidelidade em nosso seguimento de Cristo", conclui.

Fonte: ACI


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