Artigo de Everth Queiroz Oliveira: A Igreja e o mundo


 24.06.2009 - Apedrejada, perseguida, injuriada pelo mundo de hoje, a Santa Igreja é “um sinal [de] (…) contradições” (Lc 2,34). Ela, como Corpo de Cristo, anunciadora do Evangelho, nunca deixou de ser um incômodo para aqueles que buscaram maquinar projetos diabólicos contra a humanidade. É sinal profético para a sociedade hoje. E todos aqueles que buscam corromper o mundo não o conseguem graças à força que a Santa Sé ainda exerce na mentalidade humana. Se o mundo até hoje não foi completamente ao abismo, é graças ao trabalho e ao empenho dessa Mãe chamada Igreja. Ela, durante 20 séculos, permaneceu firme. Resistiu a ataques de impérios, de classes sociais, de ciência, de comunismo, de capitalismo, enfim, de toda sorte de potestades.

A perseguição da Igreja pelo Império Romano foi o primeiro período de perseguição vivido pela Igreja na história e um dos mais violentos. Roma pagã perseguiu duramente a Igreja Católica, martirizando santos e matando todos os fiéis cristãos daquele tempo. Mas, a Igreja aí teve também sua primeira vitória. Constantino, imperador, converteu-se ao cristianismo e legalizou a religião como oficial no Império. Daí em diante a Igreja gozou de um grande período de paz. A Alta Idade Média quase não foi marcada por uma grande ameaça à Igreja, talvez pelo grande empenho da Santa Sé em combater as heresias que iam contra o que pregava Jesus Cristo, talvez pela aceitação que grande parte teve em aceitar os dogmas de fé que propunham a Mãe Igreja naquele tempo.

Assim, a Igreja vivia seus anos dourados, tempos bons, em que o homem, de um modo geral, estava totalmente ligado a Deus, vivendo por Ele, com Ele e n’Ele. Não havia tantas dificuldades para que existisse paz em meio à sociedade. O ambiente medieval era muito melhor do que o ambiente que vivemos hoje. E por quê? Uma vez que o homem tinha uma fé firme em Deus e praticava as corretas atitudes, não havia problema em conviver com os outros. Assim, a Idade Média foi, como um todo, um período mais pacífico. Um dos – digamos – únicos problemas realmente enfrentados pela Igreja nesse tempo foi a questão do islamismo. Os muçulmanos representaram a ameaça medieval para o Ocidente cristão. Foi esse conflito – Islão vs. Cristianismo – que posteriormente motivou a ocorrência das Cruzadas.

Com a Baixa Idade Média e a tomada do Mar Mediterrâneo pelos turcos otomanos, abriu-se formalmente o que chamamos de Idade Moderna. Ascendia então uma nova classe social: a burguesia que, na prática constante da usura, acabou levando a sociedade a um modelo econômico que passou a ser denominado de capitalismo. Esse, praticado de maneira excessiva, foi criando o banditismo social. Com o renascimento cultural e urbano, a Igreja começou a perder fiéis para a falta de fé que cultivava a burguesia que, na busca de favorecer os seus interesses, não pensava nem mais em Deus. O mundo começou a regredir. E daí em diante não parou mais. E por quê? Porque o mundo fechou os ouvidos à voz da Igreja.

Mas ela não se calou. Não se importou com o que fizeram na Revolução Francesa, quando mataram mais de 17000 religiosos e nem desanimou quando Lutero, na Reforma Protestante, provocou o que tornar-se-ia um dos maiores cismas da história. Ela solucionou os problemas do mundo moderno não por meio da violência, mas da evangelização. E conseguiu, mesmo em um mundo sufocado pela racionalismo exacerbado, promover Jesus Cristo, caminho, verdade e vida. No século XX, o mundo experimentou as maiores dores que já pôde suportar. O crescimento do comunismo na URSS e os ataques à Igreja e a 1ª Guerra Mundial; o surgimento do nazi-fascismo e a 2ª Guerra Mundial. Mas mesmo assim a Igreja não parou.

Apontou, por meio da Divini Redemptoris, os erros do comunismo contra a fé e, por meio das encíclicas do Papa Pio XI e XII respectivamente, denúncias ao totalitarismo nazista e fascista. No entanto, nem com as desgraças o mundo aprendeu. Não aprendeu que é hora de se voltar para a Igreja; não aprendeu que é hora de renunciar às más atitudes e aos maus pensamentos e voltar a pensar em Jesus Cristo, na vida, na fé. O mundo cai cada vez mais num abismo que não tem fim. Até onde vamos chegar só Deus sabe. Mas, quanto ao julgamento dos homens, não é preciso nem ser Deus para saber que o Juízo Final será devastador. A condenação virá para grande parte da humanidade.

Será que estamos entre os que virão a ser salvos ou entre os que serão condenados? Para responder a essa pergunta, temos duas escolhas a fazer: ou cruzamos os braços e esperamos a situação piorar ou nós agimos e nós empenhamos para melhorarmos a nossa conduta. Qual das duas atitudes iremos tomar?

Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/

 


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