Homem que atirou no Museu do Holocausto era socialista que odiava o Cristianismo, os conservadores e os judeus


 19.06.2009 - WASHINGTON — As loucuras online do homem que atirou e matou um guarda de segurança no Museu Memorial do Holocausto de Washington em 10 de junho mostram que ele não se encaixa na descrição de “direitista” ou extremista “cristão conservador” que vem sendo dada nos grandes meios de comunicação desde o tiroteio.

Num de seus muitos artigos cheios de ódio, o atirador James von Brunn, de 88 anos, escreveu: “O Cristianismo e o Holocausto são embustes. O ‘Cristianismo’ destruiu a civilização romana. A ‘Religião do Holocausto’ está destruindo a civilização ocidental”. Entre si, ele disse, eles destruíram a “reserva genética ariana”.

Ele escreveu: “O socialismo representa o futuro do Ocidente”.

Antes de ser detido, von Brunn, um supremacista branco e neonazista, matou Stephen T. Johns, um guarda de segurança de 39 anos no museu. Von Brunn era muito conhecido das autoridades federais por seu longo histórico de violência e radicais opiniões anti-semitas.

Von Brunn entrou no Museu Memorial do Holocausto no National Mall de Washington carregando um rifle de calibre 22 e atirou em Johns a queima roupa. Ele está em condição crítica depois de levar tiros de dois outros guardas de segurança e está enfrentando acusações de assassinato e violações de armas. O FBI também está investigando possíveis acusações de direitos civis e crimes de ódio.

Von Brunn escreveu que ele cria que o Cristianismo é uma seita criada por São Paulo e proliferada por judeus. O conjunto de “conceitos, doutrinas e ensinos perigosos, imbecis e muitas vezes traiçoeiros destruiu o Império Romano e encharcou o solo da Europa de sangue ariano durante quase 2000 anos!”

Os meios de comunicação noticiosos de tendência esquerdista atacaram o tiroteio culpando a proliferação de “ódio” e “discórdia” provocados pelo conservadorismo político e religioso do governo Bush. Especialistas rapidamente ligaram o tiroteio no Museu do Holocausto ao assassinato de George Tiller, o aborteiro que abortava bebês no último mês de gestação, como evidência do tipo de “extremismo direitista” identificado como ameaça à segurança nacional num relatório governamental de abril preparado pelo Ministério de Segurança Nacional.

Michelle Kraus, num editorial no jornal Huffington Post, escreveu: “O ódio está fora do controle nos anos pós-Bush”.

“Os anos Bush”, escreveu Kraus, “ainda nos afetam. Eles são os mestres da mensagem que se infiltrou profundamente na sociedade com sementes de medo e ódio… Todas as questões mais importantes que os EUA defrontam foram manchadas pelas mensagens polarizadas — quer sejam leis para tratar de crises climáticas, proliferação nuclear, paz no Oriente Médio, pesquisas e tratamento com células-tronco, direitos reprodutivos para as mulheres, reforma da saúde pública ou casamento gay”.

Martin Sieff escreveu para a UPI: “O ataque de von Brunn veio não muito depois que um médico que realizava abortos em bebês de nove meses foi morto em Wichita, Kansas, alegadamente por um homem com convicções anti-aborto… É irônico que o FBI, o Ministério de Segurança Nacional e sua ministra Janet Napolitano tenham todos sido muito criticados por um relatório interno que enumerava o extremismo direitista como uma fonte provável de violência terrorista”.

Mas os esforços da esquerda para pintar von Brunn como um “extremista direitista” ignoram a evidência de que o atirador não era um “conservador”, mas se proclamava como socialista “ariano” que odiava o Cristianismo e a classe política conservadora dos EUA e também os judeus. Ben Johnson, o editor geral da Revista FrontPage, observou que as próprias loucuras de internet de von Brunn contra os cristãos e os “neo-cons” são parte de uma conspiração judaica para minar a raça branca.

O fanatismo racista confuso de von Brunn e suas opiniões carregadas de conspirações desafiam racionais classificações políticas, disse Ben Smith, escrevendo no site Politico. Smith observou que depois do tiroteio, dois agentes do FBI visitaram os escritórios do Weekly Standard, uma revista política conservadora popular nos EUA, e disseram para os funcionários que o endereço da revista havia sido achado num pedaço de papel ligado a von Brunn, e perguntaram se o Standard havia recebido ameaças.

Smith escreve que as “raízes supremacistas brancas de von Brunn o colocam sob a categoria de um ‘extremista direitista’, mas a essência de suas opiniões… são radicais demais para se encaixar numa classificação política convencional”.

Traduzido por Julio Severo.

Fonte: Life site Nws / Julio Severo


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