17.06.2009 - O impacto de uma mudança climática já é sentido ao longo dos Estados Unidos, como a mudança no padrão de migração das borboletas no oeste e as tempestades mais fortes no meio-oeste e leste do país, de acordo com um estudo do governo publicado na terça-feira.
Até mesmo se o país der passos significantes para diminuir as emissões de gases que retêm calor, o impacto do aquecimento global deve se tornar mais severo nos próximos anos, diz o relatório, afetando fazendas e florestas, litorais e planícies, abastecimento de água e energia, meios de transporte e a saúde humana.
O estudo foi preparado pelo Programa de Pesquisa em Mudança Global dos Estados Unidos, um empreendimento científico conjunto de 13 agências federais e da Casa Branca. Segundo uma lei de 1990, o grupo deve relatar a cada 10 anos os impactos causados pela natureza e pelo homem no meio ambiente. O atual estudo, que começou na administração George W. Bush, se baseia nas descobertas do ano 2000.
O estudo, revisado pelo Gabinete de Políticas de Ciência e Tecnologia da Casa Branca, será publicado no site www.globalchange.gov/usimpacts.
Alguns dos efeitos vistos hoje e citados no relatório são familiares, como tempestades tropicais mais fortes e erosão das costas litorâneas causadas pelo derretimento de gelo ártico. O estudo também cita um aumento na seca do sudoeste e ondas de calor mais intensas no nordeste, resultantes das concentrações crescentes na atmosfera de dióxido de carbono e outros gases que alteram o clima.
Acúmulo reduzido de gelo nas montanhas significa derretimentos precoces e menores volumes de fluxos de água ao longo do oeste e do noroeste, reduzindo as ofertas de água residencial e agrícola, os habitats para a desova de peixes e a geração de energia hidroelétrica, descobriu o estudo.
Mas a velocidade e a gravidade desses efeitos no futuro são expressas com menos certeza no relatório e dependerão, até certo ponto, da rapidez com que os Estados Unidos e outras nações agirem para reduzir as emissões.
"O que nós gostaríamos que as pessoas assimilassem é que a mudança climática está acontecendo agora e está, de fato, começando a afetar nossas vidas", afirma Thomas R. Karl, diretor do Centro Nacional de Dados Climáticos da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica e o principal autor do relatório. "Não está acontecendo apenas nas regiões árticas, mas está começando a aparecer nos nossos próprios jardins."
Karl afirmou que, a menos que o país aja logo para reduzir as emissões e se adaptar aos efeitos inevitáveis de uma mudança climática, os custos serão severos.
"Nosso destino está realmente em nossas mãos", ele disse. "O tamanho desses impactos é significantemente menor com controles apropriados".
Karl contou que a seção do relatório de 188 páginas que mais gerou discussão e incerteza entre as agências foi a que trata dos impactos na saúde humana. O estudo declarou que a elevação das temperaturas médias causaria mais doenças e mortes relacionadas ao calor, acompanhadas de alguma redução das mortes causadas por frio extremo.
O estudo também mostrou que as temperaturas mais altas combinadas à poluição do ar causariam maior incidência de asma e outros problemas respiratórios.
Michael C. MacCracken, o líder do estudo de 2000 e o principal revisor externo do estudo atual, afirmou em uma mensagem de e-mail que o novo relatório é um panorama útil do atual estado da ciência do clima nos Estados Unidos, mas "não há muita novidade..."
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
ONU: mudança climática será pior do que o previsto
06.03.2007 - Um novo relatório, que será publicado em maio, diz que os efeitos da mudança climática serão ainda mais graves do que os que as Nações Unidas tinham previsto, segundo antecipou nesta terça-feira um alto funcionário do órgão. O diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, assegurou em Brasília que "as conseqüências da mudança climática são mais sérias do que achávamos até agora".
Steiner explicou que a impressão ficará refletida nas conclusões de um novo relatório da ONU, que analisará a questão-chave da mudança climática. Diante das novas provas dos efeitos da mudança climática, "a reação terá de ser muito mais significativa", afirmou Steiner.
"Temos de construir um consenso para dar uma resposta multilateral às mudanças causadas pelo efeito estufa", afirmou o diretor do Pnuma durante uma conferência sobre "Os desafios do desenvolvimento sustentável e as respostas do sistema multilateral", realizada nesta terça-feira em Brasília.
A ONU publicou em fevereiro um relatório que detalhava os efeitos catastróficos que a mudança climática ocasionará a curto prazo, entre os quais se destaca o desaparecimento das neves perpétuas do monte Kilimanjaro em menos de 15 anos e a elevação da temperatura da Terra em até 5°C para o ano 2100.
Fonte: Terra notícias
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Profecia de Nossa Senhora de La Salette, aparição na França em 1846, reconhecida pela Igrreja em 1851.
"As estações serão mudadas, a terra não produzirá senão maus frutos, os astros perderão os seus movimentos regulares, a lua não refletirá senão uma luz avermelhada; a água e o fogo causarão ao globo terrestre movimentos convulsivos e horríveis terremotos, que farão tragar montanhas, cidades..."