05.06.2009 - Um asteroide de pouco mais de um quilômetro de diâmetro estaria a caminho da Terra e poderia colidir com o planeta em 21 de março de 2014, segundo astrônomos da agência britânica responsável pelo monitoramento de objetos potencialmente perigosos para o planeta. Mas, ao menos na estatística, não parece ser o fim do mundo --a chance de uma colisão catastrófica é de apenas uma em 250 mil.
Chamado de 2003 QQ47, o asteroide se aproxima da Terra a uma velocidade de 32 km/s, o equivalente a 115 mil km/h. Com 1,2 quilômetro de diâmetro, ele tem um décimo da massa do meteorito que, acredita-se, levou à morte dos dinossauros há 65 milhões de anos.
O 2003 QQ47 será monitorado de perto pelas agências espaciais do hemisfério norte nos próximos dois meses. Segundo os astrônomos, as chances de impacto podem cair ainda mais conforme mais dados forem coletados. O alerta foi emitido pelo órgão depois que o asteroide foi avistado pela primeira vez, no Novo México (EUA).
O impacto de um corpo celeste dessas dimensões seria equivalente à explosão de 20 milhões de bombas atômicas semelhantes às lançadas pelos Estados Unidos contra Hiroshima há quase 60 anos, segundo um porta-voz do Centro de Informação sobre Objetos Próximos à Terra, no Reino Unido.
Asteroides como o 2003 QQ47 são pedaços de pedra que restaram após a formação do Sistema Solar, há 4,5 bilhões de anos. A maioria deles orbita o Sol em um cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, a uma distância segura da Terra. Mas a influência gravitacional de planetas gigantes como Júpiter pode arrancar estes objetos de suas órbitas originais e lançá-los no espaço.
No site do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (agência espacial norte-americana), há um simulador que mostra as órbitas da Terra e do asteroide no decorrer do tempo.
Com agências internacionais - Folha online
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Lembrando...
Cientistas pedem plano para desviar asteróide da Terra
18.02.2007 - Apófis, de 140 metros, pode atingir nosso planeta em 13 de fevereiro de 2036. Ex-astronautas pedem que ONU assuma responsabilidade pela defesa da Terra.
Um grupo de cientistas e astronautas pediu ação das Nações Unidas contra o asteróide Apófis, que vai chegar muito perto da Terra em 2036. Eles acreditam que a organização deve ser responsável por uma missão para afastar o perigo.
As chances do Apófis, que tem cerca de 140 metros, atingir a Terra em 13 de fevereiro de 2036 é de uma em 45 mil (a chance de ganhar sozinho na Mega-Sena, para efeito de comparação, é de uma em 50 milhões). Segundo a Nasa, o tamanho do estrago que ele poderia fazer depende do ângulo do impacto e do material do asteróide. É possível que ele seja capaz de destruir totalmente uma cidade.
A possibilidade já assusta e o Congresso dos Estados Unidos pediu recentemente que a Nasa melhore seu programa de busca de asteróides que podem passar perto demais do nosso planeta. A expectativa é que a iniciativa encontre centenas, ou até mesmo milhares, de ameaças vindas do espaço.
Para o ex-astronauta Rusty Schweickart, que voou na Apollo 9 em 1969, o problema não se resume ao Apófis e a busca de uma solução não deve ficar só na mão dos Estados Unidos. “Todos os países correm risco. Precisamos criar princípios gerais sobre como lidar com esse assunto”, disse ele durante uma exposição na reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), que ocorre nos Estados Unidos.
Na próxima semana, Schweickart deve apresentar na ONU idéias de planos para o desenvolvimento de uma resposta a asteróides. Um grupo de ex-astronautas e cosmonautas, a Associação de Exploradores Espaciais, planeja entregar uma proposta formal às Nações Unidas em 2009. Para isso, organiza uma série de encontros já a partir deste ano.
Por enquanto, a possibilidade de defesa da Terra que parece ter mais apoio é o envio de uma nave que usaria a gravidade para alterar o curso do asteróide. Para desviar o Apófis, seriam necessários 12 dias “empurrando”. Quanto mais cedo a missão for enviada, mais fácil fica. O custo seria de US$ 300 milhões.
Fonte: Globo.com
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"O segundo anjo tocou. Caiu então no mar como que grande montanha, ardendo em fogo, e transformou-se em sangue uma terça parte do mar," (Ap 8,8)