25.05.2009 - A mãe da menina Gabriela Nunes de Araújo, 8 anos, que foi assassinada na terça-feira em um assalto no condomínio de luxo onde morava, em Rio Claro, interior de São Paulo, falou pela primeira vez após a tragédia. "Isso não é um ser humano, é um monstro e não merece ficar solto", desabafou ela, referindo-se ao assassino, em entrevista ao Fantástico neste domingo.
Gabriela foi assassinada por um jovem de 17 anos que já tinha cometido um outro crime na cidade, mas havia sido libertado pela Justiça. Ele e um comparsa, 18 anos, pularam o muro do condomínio de luxo por volta das 21h, invadiram a residência e renderam a menina, a irmã gêmea e a babá. O alarme da casa disparou e o adolescente deu um tiro na cabeça de Gabriela antes de fugir. Segundo a polícia, o jovem, que está em um abrigo para menores infratores, confessou ter atirado quando teria se assustado com o barulho do alarme.
"Eu sempre brincava com ela, que ela era um presente que Papai do Céu me deu. Mas eu não imaginava que esse presente ia durar tão pouco tempo", lamentou a mãe ao telejornal. Ela também falou também sobre a decisão da família de doar os órgãos da menina - coração, fígado, rins, pâncreas, pulmões e córneas. "Se ela pudesse decidir, a decisão dela seria essa (doar os órgãos)", afirmou a mãe.
O menino Ricardo Lopes de Melo, 6 anos, foi quem recebeu o fígado de Gabriela. "Essa dor vai ser apaziguada só com o tempo, mas é um conforto, sim, você ver outra criança poder sorrir, como minha filha sempre sorriu", disse a mãe da menina.
Redação Terra
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
"Ouvi a palavra do Senhor, filhos de Israel! Porque o Senhor está em litígio com os habitantes da terra. Não há sinceridade nem bondade, nem conhecimento de Deus na terra. Juram falso, assassinam, roubam, cometem adultério, usam de violência e acumulam homicídio sobre homicídio. Por isso, a terra está de luto e todos os seus habitantes perecem; os animais selvagens, as aves do céu, e até mesmo os peixes do mar desaparecem." (Os 4, 1-3)