Dom Sgreccia: Defesa da vida não é preceito religioso, e sim um direito inviolável


20.05.2009 - O Presidente Emérito da Pontifícia Academia para a Vida, Dom Elio Sgreccia, assinalou que "os temas sobre os quais o mundo católico tenta dar sua contribuição são temas não definidos como preceitos religiosos; são temas que têm que ver com os direitos fundamentais do homem, como o direito à vida e seu respeito, os direitos que têm que ver com a unidade do matrimônio e da família".

O Prelado responde assim ao Presidente do Parlamento italiano, Gianfranco Casini, quem afirmou que "o Parlamento deve fazer leis que não sejam orientadas por preceitos religiosos". Em sua resposta, Dom Sgreccia precisa além que estes temas "não são preceitos religiosos, mas sim estão inscritos na natureza humana, são defendidos com a razão e estão inscritos ademais na Constituição".

Ao responder às perguntas do Apcom, o Presidente Emérito recorda que "os católicos não procuram nunca que se façam leis apoiadas unicamente em preceitos religiosos, como ir a Missa, por exemplo. Estes temas sobre os que se discute são todos qualificáveis como direitos fundamentais das pessoas".

Entretanto, precisa logo o Bispo, "o fato de que sejam os católicos os que defendem (estes direitos invioláveis como o direito à vida) não faz que estejam menos carregados de valor humano ou que a defesa dos católicos tenha uma racionalidade menor. A fé nos conforta na argumentação racional, mas não substitui nunca a razão humana".

Depois de exortar "à calma e a ponderação", o Prelado comenta que as tensões que se experimentam na cena política com respeito a estes temas fundamentais "obscurece às vezes a claridade nacional e se deve à paixão política, à excessiva polêmica dos partidos, aos que o mundo da Igreja não quer acrescentar razões para a ruptura. Mas esta conflitividade, não deve fazer de algum modo que se tenha uma consideração menor sobre a gravidade das questões da bioética".

Finalmente o Presidente Emérito da Pontifícia Academia para a Vida precisa que "não se devem elevar cercas ante os católicos porque temos todas as cartas como deve ser para defender a família contra a eutanásia ou contra a gravidade do aborto".

Fonte: ACI


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