Cardeal Rouco defende que não se nega a nenhum concebido seu direito a nascer


18.05.2009 - MADRI.- O Cardeal Arcebispo de Madri, Antonio María Rouco Varela, presidiu a solene Eucaristia em honra ao padroeiro de Madri, São Isidro Lavrador, onde defendeu durante a homilia que não se nega a nenhum concebido seu direito a nascer.

Do mesmo modo, durante a missa, Rouco Varela evocou a figura do santo, recordando que representa a figura "de um desses Santos cuja atualidade permanece viçosa na história".

"Seu estilo de viver o Evangelho iluminou-o sempre, fossem quais fossem as encruzilhadas históricas, sobre tudo as mais dramáticas pelas que atravessou a Igreja e o povo madrilenho", assinalou o Cardeal Arcebispo, ao tempo que acrescentou que lhe revogando "limpava-se sem defeito o caminho da recuperação pessoal, familiar e social que em cada momento se necessitava".

Neste sentido, explicou que também São Isidro "mostra a via inequívoca por onde se deve dirigir a reflexão sobre a situação do atual momento de Madri e da Espanha", e assim, "como têm que se orientar e conduzir os projetos e a renovação da vida cristã na Igreja e na sociedade".
Recordando a figura do santo, destacou de maneira especial "seu amor aos pobres". "Na mesa da família de São Isidro Lavrador e de Santa María da Cabeça havia todos os dias do ano um prato disposto para o necessitado que batesse na porta de sua casa", explicou Rouco Varela.

O cardeal afirmou que se impedem que nasçam as crianças, "a mesa comum da família humana irá ficando sem filhos, até terminar vazia". Por isso, pediu que "não se negue a nenhum concebido de mulher o direito a nascer", e que "deixar nascer os filhos é o primeiro e fundamental dever do amor ao próximo, do amor ao mais necessitado".

"Se não se respeitar escrupulosamente o direito de todo ser humano à vida, desde a sua concepção até sua morte natural, ficaremos sem o fundamento ético imprescindível para poder edificar uma ordem social e jurídica, digno de ser chamado e considerado, humano, justo e solidário", assegurou.

Por outra parte, da figura de São Isidro ressaltou que era "um homem de oração, um homem de Deus", e assegurou que terá que permanecer na oração, que é a "chave certeira" para descobrir o segredo interior da vida de São Isidro: vida entregue ao amor incondicional da família, dos vizinhos, dos pobres de qualquer homem e irmão".

Assim, assinalou que o significado atual de São Isidro "passa pelo caminho que ele nos assinala para sermos homens de bem", em uma situação em que tantas famílias "sofrem as conseqüências das crises matrimoniais e familiares e do desemprego". "Necessitam-se os esforços de todos e são necessários todos os esforços para sair da crise", afirmou.

"Esforços técnicos e humanos para aliviar dores e angústias de tantos irmãos e fazer que renasça de novo a esperança são imprescindíveis", sem esquecer os "esforços morais e espirituais, quer dizer, a necessidade da conversão interior das consciências, o retorno a Deus e Àquele que nos enviou, Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador", concluiu.

Fonte: ACI


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