12.05.2009 - O Museu do Holocausto de Jerusalém expressou desapontamento com o conteúdo do discurso do papa Bento XVI, que homenageou nesta segunda-feira (11) os seis milhões de judeus mortos durante o nazismo .
“O discurso foi lindo, mas acho que perdeu uma grande oportunidade: não lembrou que os que cometeram este massacre foram os alemães”, disse à imprensa o rabino Meir Lau, sobrevivente do genocídio e presidente do Conselho Diretor da instituição.
Ao fim da cerimônia, Lau, que acompanhou o líder católico, disse que, “ao contrário de João Paulo II, Bento XVI não falou do assassinato, mas da morte de judeus, o que não é o mesmo”.
Além disso, o rabino lamentou não ter ouvido um “arrependimento” da parte de Bento XVI, que “também não mencionou o número de seis milhões” de judeus mortos, apesar de ter feito isso em discurso prévio.
No entanto, Lau elogiou a taxativa condenação feita pelo papa do Holocausto e do antissemitismo.
No discurso, o líder católico pediu que “nunca mais um horror similar” ao Holocausto “possa desonrar a humanidade”.
“Que os nomes destas vítimas jamais sejam esquecidos, que os sofrimentos jamais sejam negados, esquecidos ou diminuídos. Que todas as pessoas de boa vontade vigiem para erradicar do coração do homem qualquer coisa que leve a tragédias similares a esta”, disse, após homenagear os mortos no Holocausto.
O museu foi a segunda parada de Bento XVI em Israel, país ao qual chegou após uma visita à Jordânia, primeira escala da peregrinação pela Terra Santa, que começou na sexta-feira.
Fonte: G1
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Bento XVI defende verdade histórica sobre Pio XII e sua ajuda aos judeus
18.09.2008 - VATICANO.- Ao receber aos participantes em um simpósio sobre a figura e a ação pastoral e humanitária de Pio XII, o Papa Bento XVI fez votos para que se conheça “a verdade histórica” sobre este Pontífice, superem-se “todos os prejuízos” e se reconheça seu trabalho a favor dos judeus perseguidos durante o regime nazista.
Desde Castelgandolfo, o Santo Padre expressou sua esperança em “que este ano em que se comemora o 50 aniversário da morte de Pio XII ofereça a oportunidade de promover estudos mais profundos sobre vários aspectos de sua pessoa e de sua atividade, para conhecer a verdade histórica, superando todos os preconceitos restantes”.
Nestes anos, indicou, “se ecreveu e se disseram muitas coisas sobre ele nestes cinco decênios, mas não sempre se enfocaram corretamente os diferentes aspectos de sua multiforme ação pastoral”.
Se referindo ao simpósio promovido pela “Pave the Way Foundation”, o Pontífice destacou que seu objetivo “foi precisamente encher algumas destas lacunas mediante uma análise documentada sobre muitas de suas intervenções, sobre tudo aquelas a favor dos judeus, que naqueles anos eram perseguidos em toda a Europa de acordo com o plano criminal dos que queriam eliminá-los da face da terra”.
Bento XVI sublinhou que “quando se estuda sem preconceitos ideológicos a nobre figura deste Papa se aprecia a sabedoria humana e a intensidade pastoral que o guiaram em seu longo ministério, e de modo particular na organização das ajudas ao povo judeu”.
Graças à documentação recolhida e aos “testemunhos creditados”, o simpósio, continuou, “oferece à opinião pública a possibilidade de conhecer melhor o que Pio XII realizou a favor dos judeus perseguidos pelos regimes nazista e fascista”.
O Papa pôs de relevo que nos trabalhos do simpósio tinham destacado “as numerosas intervenções realizadas secreta e silenciosamente, precisamente porque dadas as situações concretas daquele difícil momento histórico, solo dessa maneira era possível evitar o pior e salvar ao maior número possível de judeus”.
A “valente e paterna dedicação” do Pontífice “foi reconhecida e apreciada durante e depois da terrível guerra mundial por comunidades e personalidades judias, que manifestaram sua gratidão pelo que tinha feito por eles”, lembrou.
O Santo Padre deu as graças a “Pave the Way Foundation” pela constante ação em promover as relações e o diálogo entre as religiões, de modo que ofereçam um testemunho de paz, de caridade e de reconciliação”.
Fonte: ACI
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Secretário do Vaticano diz: o Papa Pio XII foi vítima de uma lenda negra que o acusa falsamente
05.06.2007 - O secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Tarcisio Bertone, declarou nesta terça-feira que o papa Pio XII foi "vítima de uma lenda negra" que o acusa "falsamente" de ter sido insensível ao holocausto judeu durante o nazismo.
O cardeal italiano interveio durante um lançamento, em Roma, de um livro sobre Pio XII, cujo processo de beatificação acaba de avançar no Vaticano, apesar da polêmica sobre seu suposto "silêncio" diante do extermínio dos judeus.
"O Papa que guiou a Igreja nos anos terríveis da Segunda Guerra Mundial e depois, durante a guerra fria, é vítima de uma 'lenda negra'", declarou Bertone.
Esta "lenda negra... descreve falsamente Pacelli (nome civil de Pio XII) como indulgente com o nazismo e insensível à sorte das vítimas das perseguições" e "quer reduzir todo o seu pontificado à questão de supostos 'silêncios'", lamentou.
Pio XII, que foi Papa entre 1939 e 1958, agiu discretamente e viveu "um grande e grave drama interior" sobre a melhor atitude a tomar para não agravar o sofrimento das vítimas das perseguições, disse Bertone.
A congregação da causa dos santos aprovou, em 8 de maio, uma declaração sobre as "virtudes" de Pio XII, etapa decisiva para a beatificação deste polêmico papa.
Na seqüência, o Papa atual, Bento XVI, é quem deve se pronunciar sobre o processo, ao qual falta o reconhecimento de um milagre atribuído ao falecido para se concretizar.
Esta não é a primeira vez que o cardeal Bertone se pronuncia a favor de Pio XII. Em 24 de janeiro, ele estimou que ele deve ser considerado "um justo", título atribuído pelo instituto israelense Yad Vashem aos que salvaram os judeus do extermínio nazista.
Vários historiadores consideram que Pio XII esteve entre os primeiros informados sobre a implantação da "solução final" e que sua intervenção não esteve à altura da ameaça.
Fonte: UOL notícias
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Novo livro relata como o Papa Pio XII salvou a vida a milhares de judeus
03.10.2008 - ROMA .- O livro Pio XII. A verdade te fará livre da religiosa italo-americana e perita em literatura Margherita Marchione chegou às livrarias italianas com ocasião do 50 aniversário da morte do Papa Eugenio Pacelli, que se celebrará em 9 de outubro.
Através de testemunhos diretos, documentos e fotografias, a obra reabilita a figura de Pio XII e demonstra seu compromisso ativo a favor do povo judeu durante a Segunda guerra mundial.
Em declarações, Marchione ressaltou a necessidade de “dizer a verdade” aproxima o trabalho que levou a cabo a Igreja católica sob o papado de Pio XII para defender e salvar aos judeus da perseguição nazista.
“Só em Roma foram salvos 5.000 hebreus” que viveram escondidos em monastérios, Igrejas e inclusive dentro do Vaticano, explicou Marchione, que pertence à Congregação das Mestras Filipinas, em cujos conventos de Roma se esconderam 114 judeus.
Através deste livro, Marchione se propõe eliminar as sombras que revistam rodear a figura de Pio XII, que foi criticado por ter guardado silêncio ante os abusos e atrocidades perpetradas pelo Nazismo.
A obra demonstra que esta suspeita não se apóia em nenhum “método de investigação histórica objetiva e bem documentada” e é mas bem “filha do preconceito e de uma análise precipitada e superficial”, conforme assinalou em um comunicado a editorial do Vaticano, que se encarregou que publicar o livro.
“Em realidade, Pio XII salvou a vida a milhares e milhares de hebreus e perseguidos. Muitos edifícios eclesiásticos, incluída sua residência de Castel Gandolfo, foram transformados em lugares de acolhida e de refúgio. Tudo se desenvolveu não só graças a seu consenso mas também, sobre tudo, segundo as ordens” de Pio XII, detalha a nota.
O Vaticano sempre defendeu a posição mantida pelo Papa, quem preferiu “manter a máxima reserva e trabalhar em silencio para evitar assim sangrentas represálias e o recrudescimento” da violência.
De fato, a posição de neutralidade mantida pelo Papa Pacelli foi só “aparente”, já que seusdiscursos com respeito ao nazismo foram “claros, nunca ambíguos” tal e como demonstram “a encíclica ‘Summi Pontificatus’ que publicou em 1939 ou a mensagem radiofónica que pronunciou com ocasião do Natal de 1942”, acrescenta o comunicado.
O livro de Marchione conta com uma apresentação do Cardeal Secretário de estado do Vaticano, Tarcisio Bertone, em que o número dois do Vaticano considera de “fundamental importância” lembrar o trabalho desempenhado por Pio XII para salvar aos judeus.
Fonte: ACI